Capítulo II

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Espanha

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Espanha

Novamente o reino da Espanha teima em assombrar-me dia e noite, acredito que seja um castigo desse infortúnio destino, todavia, dessas verdejantes terras sangue de meu sangue os campos semearam e recordo com certa alegria a derrota de meu amado e querido primo Juan Gabriel. Hoje no conforto da carruagem observo o lugar de nosso último encontro embora a companhia seja perfeita devo salientar que seu olhar de desprezo me faz desejar ainda mais sentir o toque de sua branca e quase pálida pele, tão branca que a neve dos alpes torna-se um reflexo de sua leal e gratificante pureza.

— Sabia que o silêncio me causa grande revolta, Srta. Charlotte?

Ela suspirou e mostrou-se nula diante de minha pergunta, que atrevimento e como ousa a negar-se a responder minha pergunta, uma mulher como esta que meus olhos admiram tem um valor especial, ainda mais quando o proibido deixa de ser proibido.

— Ao visto não irá responder minhas perguntas, Charlotte?

De sua boca nem uma palavra saiu, mas seus olhos responderam todas as minhas perguntas e orgulhosamente senti a revolta vindo dos mesmos na intensa e insaciável força e brutalidade de um grande exercito.

— Estou gostando de você e se continuar nesse ritmo Srta. Charlotte acredito que irei me apaixonar.

Um suspiro brotou de seu corpo e sua atenção correu para paisagem que passava sobre nós, uma grande perda de tempo, afinal, ela perde a oportunidade de conhecer um lindo e perfeito cavalheiro. Sua negação era irritante, mas cheia desse ódio mortal que sentia ela amansar a fera que sua finada mãe fez brotar em minha alma, não culpo esta senhorita que comigo, viaja, mas se deve existir um cristo que seja ela, enfim, alguém deve pagar pelos crimes de seus entes queridos.

A nostálgica cidade de Madrid seria nossa parada em tempos remotos, porém hoje nesse cinzento dia em que o sol ousa esconder-se como um rebelde nas barras de sua mãe a Vila de Alarcón, lar de nossa família, revelasse o destino perfeito dessa suave carnificina que varre o meu frio e duro peito onde antes habitava o fraco coração de um homem.

— Já chegamos, querida!

O medo sombrio dominava sua linda e suave face e no momento nem foi preciso dizer que sua presença seria melhor dentro da carruagem, ao certo, ela já sabia, a Srta. Charlotte pressentia que o mal havia chegado e infelizmente não havia intenção de afastar-se tão repentinamente de vossa presença e de seus entes queridos. Uma grande tristeza varre-me, lembro que minha família está sendo dizimada de uma maneira que só a peste pode causar estragos piores, uma lástima.

Que alegria essa vida me proporcionou e me admira saber que a velha arma herança das revoltas do império português na América do Sul na região da Guiana ainda funcionavam e, com orgulho, a fechadura do casarão centenário partiu em mil pedaços. Eu, adentrava bravamente de peito estufado vestindo a velha casaca do uniforme real britânico, as condecorações militares estavam radiantes e amostra para alertar que o homem que pisava sobre o chão daquele palácio não era qualquer um e devido a súbita presença alerto que sangue anseio por ver derramar.

Espantados, logo, se encontrava meu querido tio e sua esposa arrogante e tremendamente desprovida de beleza, entretanto a família não está completa.

Açúcar: A vingança do barão/ Livro 2 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora