Capítulo IX

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Era uma linda e velha casa construída sobre os vales verdejantes seu clima gélido no início das manhãs logo dava passagem para um calor meigo e gostoso, difícil era não se apaixonar com a visão proporcionada tendo o vale cercado por lindas e belas...

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Era uma linda e velha casa construída sobre os vales verdejantes seu clima gélido no início das manhãs logo dava passagem para um calor meigo e gostoso, difícil era não se apaixonar com a visão proporcionada tendo o vale cercado por lindas e belas montanhas, enfim, para um aventureiro sobre uma mula ou a cavalo diria que uma cordilheira se erguia e escondia no seio do vale uma linda e talvez desabitada casa.

Se essa encantadora casa era desabitada aqui reina o mistério, mas flores adocicavam o ar ao seu redor, flores perfeitas e de todas as cores e tamanhos, uma fragrância de paixão emanava no ar digo com autoridade. Caro amigo hoje sou apenas um mero observador e com gentileza narro essa passagem, pois, infelizmente o amor para uns é tortura para outros que não podem provar de belo e precioso sentimento.

Aquela casinha no meio nada testemunhou o mais lindo e verdadeiro amor de um homem e uma mulher. Na fria e estrelada noite anterior eles chegaram a cavalo e rindo como dois jovens apaixonados, eles eram recém casados e tudo em suas vidas, refletia como rosas, a vida era doce e seus sentimentos, puro como o mel, transparente como o açúcar. Ele respirava amor, ela vivenciava paixão, afinal, ele fora o primeiro e único homem da jovem donzela, embora este já fosse viúvo buscava nessa tímida e linda senhorita, agora senhora, uma chance para recomeçar e não reviver os erros de outrora.

— Não tens o luxo da Europa, mas tens o meu amor. — Disse todo sorridente. — Acredito que já pode me beijar. — Salientou entre um breve beiço.

— Não sei se estou apropriada para cometer tamanho pecado, senhor. — Ela forçou um tímido comportamento que abrilhantou os olhos do jovem senhor, melhor imperador.

— Se permites! — Ele se aproximou e fixou seus olhos no azul enfeitiçador que detinha o poder de cegar um mero mortal, para alguns, um presente dos deuses da saudosa Grécia.

Um beijo que tocou no mais profundo abismo da alma e como faísca alimentou uma explosão de calor por ambos os corpos que a velha lareira se tornou obsoleta diante de tamanha paixão. A roupa que cobria vossos corpos teve que ser tirada, mas, com delicadeza, entre carinhos e leves beijos ambos admiravam a ternura que pairava entre eles. A cama com lençóis brancos fora propositalmente preparada, horas antes de vossa chegada, em seus braços, ele conduziu a garota e a deitou, e abençoou com seu amor.

As estrelas tentaram espiar; algumas se apertaram na fresta da janela, mas as flores não permitiram e sobre as flores uma leve cortina azulada permitiu que a visão não fosse plena, porém a lua brincou e tentou se esconder, ciúmes para o sol, mas as nuvens não deixaram e toda emburrada por não ver seu amado sol teve que brilhar através de um vermelho carmesim. Tanto na terra como no céu todos se amavam e cada dois era um.

— Bom-dia, querida flor da manhã. — Disse Pedro todo alegre. — Para a imperatriz do Brasil. — Em suas mãos uma bandeja com frutas e ao lado como companhia um ramo de rosas-silvestres.

— Seria esse meu café da manhã, senhor? — Perguntou ainda a sonolenta a jovem Amélia. — Se for digo que terei que recusar.

— Por qual motivo? — Ele ficou imóvel e por um breve segundo estava sem reação. — Alguma coisa não lhe agrada? O que deseja e logo irei buscar.

— No momento, Sr. Imperador, desejo cheirar o perfume dessa linda rosa que trouxesse. — Acrescentou a tímida Amélia abrindo um sorriso em sua face.

Açúcar: A vingança do barão/ Livro 2 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora