Capítulo III

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Diante dos meus olhos o imenso azul das águas do atlântico quebrava a insana e amarga viagem sobre o velho espanhol, o, madre de Dios

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Diante dos meus olhos o imenso azul das águas do atlântico quebrava a insana e amarga viagem sobre o velho espanhol, o, madre de Dios. Quando no horizonte contemplei o nascer do sol arrepie da cabeça aos pés, visto que sua meiga e simpática beleza havia alegremente sido elevada a um grau sem precedentes, daria minha vida para viver e reviver essa magica cena eternamente. A linda mulher que se debruçava toda inocente sobre a proa do antigo navio despertou paixões outrora até aquele vago momento, desconhecida.

— É uma linda visão senhorita. — Disse enquanto me aproximava lentamente, em minhas mãos, duas taças e uma garrafa de vinho português. — Aceita?

— Obrigada. — Pronunciou e com os olhos o vômito fazia se presente. — A companhia já me embebedou, Sr. George sem coração.

— Que gentileza a sua, milady.

— Estarei em minha cabine, afinal também é vossa cabine. — Enfatizou sobre o andar de uma princesa. 

Uma fera, contudo, uma fera domável embora ainda demonstra ser indomável. O sombrio das trevas corrompeu a última faísca de luz e nos céus a lua em seu máximo esplendor tornou-se a dona dos setes mares tendo em sua singela e eterna companhia as distantes e fantasiosas constelações. O vinho presente na velha garrafa já não me satisfazia e as irreverentes, risada dos marujos gradualmente constrangiam esse ser de negritude e amargura.

Adoraria morrer e me alegraria se uma vez nessa tola vida minhas vontades pudessem ao menos em partes ser realizadas. O sono que tanto almejei, este, não viera e a vontade de viver já não existia e como a morte embora desejada esta não conquistada bastou-me aceitar esse desprezo do destino. Felicidade e amor verdadeiro e tais prazeres da carne não foram planejados para esse homem, aceito e alegro-me em ser a besta que todos proclamam, afinal creio ser essa a vontade do Senhor.

— O capitão almeja passar a noite em claros?

— Tenha uma boa noite, Sr. Laitano.

— Com sua licença, capitão, mas acredito que esta bebida será melhor que esse vulgar vinho burguês. — Ele retirou-se e deixou-me como presente a bebida dos piratas, o velho e tradicional rum.

Ao nada retribui minha mais pura e brava resposta, com respeito, uma boa e graciosa gargalhada. Ele está louco, outra resposta não existe. Melhor! A bebida já lhe causa um tenso devaneio. Nenhuma nem outra, eu apenas admirava o fracasso a qual havia me convertido.

Eles são bárbaros e se declaram os donos da lei, meu querido e celebre primo Edward Jones novamente ceifando em busca de meus erros. O nobre e honrável primo Jones tendo como prazer a preciosa e invencível marinha britânica temida e com glória na captura dessa condenada e mortal alma denominada por minha eterna amante como George sem coração.

Idiota, mil vezes idiotas os súditos cavalheiros de vossa majestade, Jorge IV. Eu, o proclamo como um velho que assim como vosso pai terá apenas os livros como recordação, pois, cabe aos piratas e aos homens ser a aventura e o sangue de vossos mares manchados pelo sangue de muitas almas inocentes.

Açúcar: A vingança do barão/ Livro 2 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora