Capítulo 3

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Autora Narrando

Demorou alguns dias para Ambre aceitar que estava em amor doce, após seu desmaio, ela acabou tendo que passar um tempo no hospital sob observação constante, foi tempo suficiente para ela pensar. Até agora, ela achou provas suficientes para se desesperar, como isso poderia ser possível?

Ela morreu, isso é fato, mas renascer sendo a personagem de um jogo é irreal. O pior de tudo isso era que ela realmente é Ambre, ela lembrava de como era antes de recuperar a memória, uma criança insuportável. Agora ela estava aqui sem saber o que fazer da vida dela, tudo que ela fizer vai resultar em uma mudança no jogo, ou ela só estava sendo dramática.

Ela só era a irmã de um dos paqueras, independente do que ela fizer, não vai mudar a história, ela era insignificante quando se tratava da história principal. O que Ambre realmente estava sentida, era o fato de que ela era uma das antagonistas, algumas ações da Ambre cannon resultaram na aproximação da docete e do paquera.

Todo esse problema estava deixando Ambre com uma terrível dor de cabeça, ela precisava de um calmante agora. A loira estava em seu quarto fazendo as tarefas atrasadas da escola, ela tinha sido liberada do hospital no dia anterior, eles declararam que ela não tinha nada de mais, por isso não adiantava prender ela lá sem ter nada. Batidas na porta tiraram Ambre de seus pensamentos, ela encarou a porta esperando a pessoa entrar.

— Ambre, trouxe alguns lanches para você. Precisa de ajuda com a tarefa ? – Perguntou Adelaide assim que entrou no quarto rosa.

— Ah! Obrigada, já estava começando a ficar com fome. – Falou Ambre com alegria genuína, as tarefas eram fáceis, mas ela estava com preguiça.

Adelaide tinha trazido algumas besteiras, um potinho de sorvete e alguns salgadinhos. Ambre não demorou muito para pegar o sorvete, era de frutas vermelhas.

— A senhora sabe que eu acabei de sair do hospital, né? Seria saudável me dar sorvete logo após minha liberação? Sabe, eu estou só comentando, esse sorvete está muito gostoso. – Disse Ambre dando segunda colherada no sorvete, Adelaide arregalou os olhos percebendo o ponto da filha.

— Ambre cospe esse sorvete agora. – Falou Adelaide tentando tirar o sorvete da mão da loira, Ambre ficou em pé em cima da cama.

— Você me deu, você que lute. – Falou com um sorriso sapeca, ela pegou outra colherada de sorvete e botou na boca, logo estremeceu quando percebeu que a colherada era muito grande. — Aaahh cérebro congelado!

— Isso é castigo de Deus por ter desobedecido sua mãe. – Falou Adelaide finalmente tirando o potinho da mão da loira, a mais velha viu que faltava apenas mais um pouco para ficar vazio.

— Nhe nhe nhe, deixava eu pelo menos terminar o potinho todo. Achei uma desonra não terminar o sorvete. – Resmungou Ambre dando alguns pulos na cama antes de sentar, no mesmo momento ela pegou um saco de batata frita.

— Eu deveria ter trazido alguma fruta, olha quantas calorias você está comendo. – Falou Adelaide com outro salgadinho na mão, ela logo suspirou.

Ambre apenas cantarolou fingindo não ouvir, comendo as batatas ela ganhou energia suficiente para terminar as atividades. Adelaide apenas sentou na ponta da cama e a observou, Ambre teve a certeza de que a mulher a estava avaliando. Ela sabia que todo mundo naquela família estava preocupado com ela em nível alarmante, já que ela virou uma pessoa totalmente diferente de um dia para o outro.

Mas não era culpa dela, estar armada com 15 anos a mais de experiencia era uma mudança e tanto, fora o fato dela saber que estava em um jogo. Parando para pensar, ela não se incomodava em estar aqui, o jogo não era violento e ela não corre risco de vida. E ser a Ambre não parece tão ruim assim, ela não era ruim, não tinha uma paixão no castiel, e era uma irmã bem mais agradável agora, tinha tudo para dar certo.

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