𝐈 𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐑𝐄𝐓𝐔𝐑𝐍 ⁞ 𝐵𝑟𝑖𝑎𝑛 𝑂'𝑐𝑜𝑛𝑛𝑒𝑟

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CAPÍTULO QUATRO
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ALYSSA APERTAVA firmemente o copo de café fumegante sobre as mãos enquanto olhava para um ponto fixo na mesa, ignorando o olhar minucioso do homem a sua frente. Ela e Brian estavam assim a vinte e cinco minutos, um silêncio constrangedor para os dois.

Ela não sabia como começar, mas sabia que ele tinha um monte de perguntas batucando vinte quatro horas por segundos em sua cabeça, e se ela o conhecia bem, aquilo estava o comendo até as entranhas.

Para ser franca, ela nem o reconhecia. Não sabia de fato nem como começariam uma conversa descente naquele exato momento, tudo que ela queria era jogar tudo para o ar e voltar para o quarto do seu filho e esperá-ló ansiosamente acordar. Mas pelo visto ela não conseguiria isso tão fácil, já que Brian nem se quer abriu a boca desde que eles.

Ela suspirou pesadamente e com toda a força que lhe restava ela encarou o homem a sua frente antes de prosseguir.

— O nome dele é Benjamin, tem sete anos, odeia escuro e ama sorvete de pistache, exatamente como você. Ele também adora consertar carros e ele é muito bom em atrair confusões para si, oque também se parece com você.

Ela soltou tudo de uma vez, não aguentava mas aquele silêncio, não conseguia suportar aquele olhar morto e confuso que ele estava lhe dando. O avaliando bem, ele não havia mudado. Ele era o mesmo cara por quem ela se apaixonará, o cara que a deixou, o cara que fugiu e partiu seu coração, o cara que lhe trazia sentimentos que ela odiava.
Era inevitável olhar para Brian sem o turbilhão de lembranças invadir sua mente enquanto estudava seu rosto.

Ela observou um sorriso minimamente ocupar seus lábios sumir tão rápido quanto apareceu, ela observou como o nariz dele se curvava  ou a meneira como a respiração baixa dos lábios saiam.

Uma agonia tomou o corpo da loira junto com uma dor que aumentou em seu peito. Ela sentiu que seus joelhos cederiam e a mandariam para o chão, ela se sentiu tão fraca naquele momento. Mas ela tinha que enfrentar isso e dizer alguma coisa, ela tinha, não só por ela, mas por Ben.

— Por... Por que ele está aqui? - ele estava curioso, a criança estava entubada e com o rosto roxo.

— Ele arrumou uma briga com um colega da escola na qual ele tinha uma rixa. O garoto com quem ele lutou na escola o espancou, o amigo de Ben disse que dois outros garotos o seguravam para que ele não pudesse revidar. - mais uma vez, sentiu lágrimas brotando nos olhos, levando um momento para enxugá-las. - O nariz está muito machucado, mas não quebrado. Ele teve uma costela quebrada e o braço torcido. Quando Marcel entrou para parar o sangramento e remover o sangue que já havia se acumulado ele pensou que ele poderia ter perfurado seu pulmão direito, e por isso ele está respirando por aparelhos.