3 - Aqui estarei

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🎶 Sé que nunca me verásComo la causa de un desveloYo sé que no comprenderásQue soy el ángel de tu cuentoEntiendo que tus ojos tienen miedoDe ver a la mujer que soy por dentro 🎶Aquí Estaré - Angélica Vale

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🎶 Sé que nunca me verás
Como la causa de un desvelo
Yo sé que no comprenderás
Que soy el ángel de tu cuento
Entiendo que tus ojos tienen miedo
De ver a la mujer que soy por dentro 🎶
Aquí Estaré - Angélica Vale

***
O elevador não ficaria parado por muito tempo e Victoria sabia que tinha uma fração de segundos para tomar uma decisão num contexto em que jamais imaginou estar antes de sair para ir ao Continental. A cada instante que os olhos verdes e intensos de Heriberto permaneciam sobre ela, ela confirmava o quanto ele ainda mexia com ela. Seu mundo ficava como aquele espaço sob aquela caixa de metal em que ela estava, completamente oco e fundo por baixo de seus pés. Além disso, ele tinha razão. Tinham muitas coisas que conversar, que esclarecer, mas... ainda não estava pronta! E essa era uma realidade incontestável.

A porta do elevador fez menção de se fechar e ela reagiu indo em direção a dentro dele o que fez com que Heriberto corresse e colocasse a mão na porta ainda que aquilo fosse algo que não se devia fazer no hospital. Ele ficou parado na frente dela e ela quase podia jurar que via dor em seus olhos.

— Tudo bem! — Ele disse conformado. — Você não está pronta, eu entendo. Mas precisamos conversar sobre o que aconteceu.

Victoria não conseguia reagir, era como se estivesse envolvida por suas palavras, ele parecia saber ler seus pensamentos e isso voltava a deixá-la vulnerável, definitivamente precisava encontrar uma maneira de fugir de todo aquele imbróglio sentimental que ela se recusava a assumir.

— Eu vou ficar neste consultório, estou voltando hoje a trabalhar no Continental. Vou estar te esperando. Em qualquer dia, a qualquer hora, Victoria... Se você quiser ou precisar falar comigo, aqui estarei te esperando, não duvide em aparecer.

Ele tirou a mão da porta que se fechou levando embora a única mulher que havia entrado nele a ponto de que ele adoecesse de desejo. E agora, por culpa de Bernarda, a havia perdido depois do tanto que havia feito para conquistá-la. Voltou a seu consultório e começou a imaginar Victoria se despindo ali para ele, sem pudores, e eles se amando loucamente com toda a adrenalina de um encontro clandestino. Deus, como a desejava e ainda mais se não a podia ter!

Victoria, por sua vez, entrou em seu carro e tomou um tempo antes de conseguir se mover dali. Seu coração estava disparado, ela podia sentir a adrenalina circulando por suas veias junto com o sangue, a boca seca e aquele desejo! Estava tão magoada com Heriberto, mas sabia bem porque não podia entrar em seu consultório, não sabia resistir a ele. Perto dele, como num passe de mágica, toda a raiva, mágoa e resistência desapareciam e só restava aquele desejo. Se ele se aproximava dela, podia dizer a mentira que quisesse que ela acreditava. E já havia se dado muito mal por confiar na verdade dos olhos de um mentiroso profissional.

— Victoria, escute o que você está dizendo. — Contestou Antonieta às magoadas acusações de Victoria. — Heriberto foi padre até alguns meses atrás, você mesma me disse que acreditava ter sido a única mulher de sua vida, como agora você pode me dizer que ele é um especialista em mentir para conquistar as mulheres?

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