11 - A dor da ausência

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🎶 Aquí me tienes
Dibujando tu sonrisa en el silencio
Atrapado entre la inmensidad del tiempo
No he dejado de buscarte al despertar

Aquí me tienes
Abrazándome a la idea de que regreses
Porque pienso al diario en ti un millón de veces
Que no puedo ser la misma si no estás 🎶

Todo Lo Que Soy (feat. Alex Ubago) Maite Perroni

***Depois do banho, Fernanda encontrou Victoria no meio do seu antigo quarto da adolescência que lhes traziam tantas lembranças, algumas, na verdade, bem amargas

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Depois do banho, Fernanda encontrou Victoria no meio do seu antigo quarto da adolescência que lhes traziam tantas lembranças, algumas, na verdade, bem amargas. Emocionadas, as duas se deram as mãos e olharam nos olhos uma da outra como há tanto tempo não faziam, como precisavam muito fazer e sentiram toda a emoção por trás daquele gesto. 

— Eu sei que apesar de toda felicidade que essa notícia representa, uma mulher sempre sente um pouco de desamparo ao saber que vai ser mãe. Quero que você saiba que conta comigo quando sentir medo e desespero, filha.  — Disse Victoria com sinceridade.

Fernanda ensaiou dizer alguma coisa, mas parecia não haver palavras corretas para enfrentar aquele momento. Abraçou Victoria e desfrutou do aconchego dos braços de sua mãe. Apesar de todo distanciamento, não havia melhor pessoa para estar ao lado dela naquele momento, não havia outro lugar onde ela quisesse estar senão naquele abraço.

— Eu preparei sua cama como você sempre me pedia para fazer quando era criança. — Disse Victoria ao separar-se do abraço da filha com um sorriso de acolhimento. 

— E você quase nunca tinha tempo. — Disse a jovem com algum ressentimento. — Sempre trabalhava tanto que eu me acostumei a pegar no sono esperando seu beijo de boa noite. E... ele nunca vinha.

— Sim, ele vinha. — Victoria a conduziu a acomodar-se na cama e, depois de cobri-la, acariciou seus cabelos com ternura. — Mas, quase todas as noites tarde demais para que eu te encontrasse acordada. Eu sinto muito por toda a ausência que meu trabalho provocou, filha.

— Já passou! — Ela demonstrou uma resiliência que ambas sabiam que não existia, aquele passado ainda estava muito vivo dentro do coração de mãe e filha. — Mas obrigada por me acompanhar hoje. Eu ainda não sei o que vou fazer com essa notícia. Não estou em uma relação, sou jovem demais para ter um filho e tenho medo de ser uma mãe tão... — Se interrompeu com medo de acabar sendo dura demais com Victoria que, mal ou bem, era a única pessoa que estava ao lado dela naquele momento.

— Tão... tão ausente como eu fui. — Completou Victoria consciente das suas responsabilidades. — Durma, filha. Hoje foram muitas emoções, mas... ser mãe sempre é uma bênção e eu sei que quando digerir o primeiro impacto, você vai conseguir ver isso. E... sempre podemos não cometer os erros que nossos pais cometeram conosco com nossos filhos ou, com os outros filhos que venhamos a ter. — Divagou dando um beijo na testa dela recordando sua própria condição.

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