5 - Acabar com ele

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***Victoria sentiu aquilo que chamam de borboletas no estômago ao ter de novo, sobre ela, os beijos, as carícias e o desejo de Heriberto

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Victoria sentiu aquilo que chamam de borboletas no estômago ao ter de novo, sobre ela, os beijos, as carícias e o desejo de Heriberto. Não queria beijá-lo ao mesmo tempo em que tudo o que queria era beijá-lo e sentir aquele vulcão de paixão que habitava dentro dela explodir outra vez depois de três meses adormecido.

Ela já conhecida aquela batalha interna que seu coração sempre travava com relação a Heriberto e estava acostumada a perdê-la, mas, ao mesmo tempo, desde o momento em que confirmara aquela gravidez, suas prioridades mudaram. Agora, entre as coisas que desejava estava se dar bem com Fernanda e agir racionalmente antes que passionalmente com relação precisamente às suas paixões.

Com uma força que duvidou possuir ela o afastou e se segurou para não jogar-se de vez nos braços dele sem nenhuma culpa ou pudor porque isso era precisamente o que ela desejava com a alma. Olhou para ele, a boca um pouco manchada por seu batom, os cabelos desgrenhados e o espírito visivelmente agitado evidente por seus olhos. Como se tudo fosse absolutamente igual a antes e nada tivesse mudado. Mas tinha! Tudo tinha mudado e não era um beijo que ia fazê-la esquecer-se disso.

— Não! — Afirmou aparentemente segura. — Você é um homem casado com minha maior inimiga e eu não vou me submeter a... isso. — Estremeceu ao, por um instante, vislumbrar tudo o que poderiam viver à despeito de Bernarda.

— Não falemos de Bernarda, Victoria. Eu sei... tenho certeza que você sentiu absolutamente o mesmo que eu aqui, nesse beijo. — Ele não conseguia disfarçar a felicidade que sentia por havê-la beijado outra vez.

— Não foi por isso que eu vim. — Ruborizou ao pensar que tampouco lamentava aquele beijo. Estranhamente, ele lhe fizera muito bem. — Eu só queria esclarecer tudo, como você me prometeu fazê-lo. Então não me venha com isso de que não vamos falar de Bernarda porque eu não sou idiota, Heriberto. Exijo que fazemos sobre tudo o que eu queira esclarecer ou então eu vou embora agora mesmo!

Heriberto deu um risinho de canto de boca. Era ela. A velha Victoria altiva distribuindo ordens e exigências sem nenhum temor de que sua autoridade fosse questionada. E, ali naquele consultório, não seria. Não por ele.

— Eu só queria te dizer para... tomar cuidado. — Ele disse passando a mão pelos cabelos ansioso por tudo o que acabara de acontecer. — Você precisa tomar cuidado com quem você confia.

— Entendi. Então, você me abandona numa delegacia para se casar com Bernarda de Iturbide, me instiga a vir aqui insinuando que esclarecerá as coisas e tudo que me diz é para tomar cuidado depois de me beijar? — Ela se aproximou dele já completamente segura de si. — Pois eu exijo mais! Muito mais do que isso Heriberto! Exijo que você me diga porque fez isso.

— Eu não posso! — Exclamou ele fazendo um grande esforço para não soltar toda a verdade imediatamente. — Para seu próprio bem eu não posso te dizer muito, Victoria. É só que, Osvaldo morreu, você está praticamente sendo descartada como suspeita de sua morte, mas... você já parou para pensar que quem fez isso pode estar por aí, à solta, colocando em risco à você e... a outras pessoas? Que tudo o que vem acontecendo está interligado com essa morte e seus suspeitos?

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