9 - Todo teu

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Amores, eu estou com uns probleminhas e por isso tive que dar um tempo da escrita. Não dá pra voltar no mesmo ritmo, mas vou tentar atualizar o mais rápido possível. Espero que gostem. 💙🎀

Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar

Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Aqui - Ana Carolina

Não dá pra disfarçarEu tento aparentar frieza mas não dáÉ como uma represa pronta pra jorrarQuerendo iluminarA estrada, a casa, o quarto onde você estáAqui - Ana Carolina

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***
Heriberto costumava ser um homem extremamente tranquilo. Calmo até demais. Ele havia sido sacerdote por mais de dez anos e em todos os anos que ele ele passou no seminário antes de se ordenar padre, havia aprendido a arte da serenidade que chegava a irritar quem convivia com ele. Além disso, sua outra carreira também demandava silêncio e brandura, sem as quais lhe seriam impossíveis se concentrar em seu trabalho.

Mas nem toda sua calma e sangue frio puderam impedir que ele entrasse em pânico com aquela chamada. Se Bernarda encontrasse Victoria naquele momento, tudo iria por água abaixo e ele não podia sequer suportar a ideia de colocar Victoria em risco. Há tempos o bem estar dela havia se tornado sua prioridade.

— Marina... Diga que eu ainda estou com a paciente, que eu já vou falar com ela. — Ele respondeu pálido, transparente como um papel. Engoliu em seco e encarou Victoria que o mirava com desaprovação. — Não permita que ela entre, de nenhuma maneira! — Disse antes de desligar.

— Não pense você que eu vou me esconder dessa víbora! — Ela afirmou sem nenhuma necessidade ou intenção de esconder seu descontentamento.

— Victoria, eu sei que não é fácil, mas sejamos razoáveis, temos muito mais a ganhar se Bernarda confiar em mim e não souber do que seguramente ela vai considerar uma traição. — Disse Heriberto irritantemente racional.

— Heriberto, eu me sinto muito desconfortável depois do que aconteceu aqui, sinto que enterrei por completo minha dignidade e isso é uma situação impensável para mim... Você pensa que além de me abandonar no altar, vai me transformar em sua amante? — Ela o encarou com o olhar cravado nele daquele modo que parecia ser capaz de direcionar as palavras que sairiam de sua boca.

— Victoria... — Ele se aproximou dela e acariciou seu rosto com aquele olhar que independente de qualquer tormenta tinha a magia capaz de tranquilizá-la. — Você sabe o que significa o que aconteceu aqui... Eu pertenço unicamente a você. Como você me tem, ninguém jamais vai poder ter. Eu sou todo teu, em corpo... e alma. — Disse rumorejante antes de beijá-la e, nesse beijo, conseguir a façanha de pacificar todo o caos que sua ausência havia produzido dentro dela.

— Eu posso estar fazendo a maior loucura da minha vida. — Ela disse depois do beijo que sempre a deixava flutuando. — Mas faça as coisas como achar melhor. Disponha tudo, eu vou fazer o que você me disser.

A mesma sensaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora