14 - Um motivo pra lutar

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*** Ainda que tentasse não demonstrar, Victoria vibrou por dentro

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Ainda que tentasse não demonstrar, Victoria vibrou por dentro. Apesar de ainda serem tímidas e sutis, nos últimos dias, Heriberto vinha conseguindo lhe dar provas de poder recuperar sua confiança. Mas, aquilo que ele lhe propunha era um grande passo para finalmente se livrar daquela megera. Se seu plano desse certo, seria uma maneira não só de ela recuperar seu noivo, sua filha, mas também sua empresa. Tudo que as manipulações de Bernarda tinham lhe roubado impiedosamente.

E então? Você está disposta? Posso colocar esse plano em prática apesar de que ele representa riscos para você e para os que você ama? Ele indagou ainda inseguro. No fundo ele sabia que o passo corajoso tinha que partir unicamente dele já que poucas coisas intimidavam a Victoria.

Não tenha dúvidas! Afirmou ela claramente empolgada. Eu não quero perder mais nada, nem mesmo um minuto sequer por causa de Bernarda. Não há nada que eu queira mais do que ver essa mulher na cadeia ainda que, para isso, tenhamos que correr alguns riscos. Seus olhos brilhavam.

Eu já disse que amo sua coragem? Ele se aproximou dela e acariciou seus cabelos sorrindo. Que você seja tão valente e destemida são das características que eu mais amo em você, meu amor. O que me faz ter certeza do quão única você é. Declarou-se levando-a às nuvens.

O beijo foi inevitável e tinha gosto de esperança. Pela primeira vez sentiam que poderiam sair vitoriosos daquele labirinto cheio de minas e armadilhas arquitetado pela perspicaz inimiga de Victoria. Seguiram falando sobre a ideia que Heriberto havia tido para acuar Bernarda e livrarem-se dela por completo de uma vez. Conforme a tarde foi passando e o dia foi se encerrando eles sabiam que precisavam familiarizarem-se com a ingrata ideia de que teriam que se despedir mais uma vez e, tomara que fosse a última.

Decidiram tomar banho juntos para alongar o máximo possível o tempo que tinham, pois sabiam quão pungente era a ausência da pessoa amada nas longas noites em que obrigatoriamente haviam estado distantes nos últimos meses. Cada segundo era extremamente valioso e, por vezes, eram absolutamente tudo o que tinham por pouco que pudesse parecer.

Ao entrar no banheiro do apartamento de Luiz, Victoria estranhou os cheiros dos produtos masculinos do lugar e teve uma sensação tão forte de náuseas que chegou a ficar um pouco tonta. Saiu rapidamente do banheiro alarmando a Heriberto que conhecia bem as reações do corpo de Victoria e aqueles sintomas. Ela foi até a sala, vestiu suas roupas bem rápido e se sentou tentando recuperar o ar que lhe faltava.

Você está bem? O que você está sentindo, quer que eu te examine? Indagou Heriberto de roupão preocupado com ela.

Estou, não é nada. Só fiquei um pouco tonta, enjoada. Explicou ela tentando não levantar suspeitas. Apesar de ser uma exímia negociadora, era muito difícil mentir ou omitir a verdade quando se tratava daquele homem que mexia tanto com ela e com suas defesas. Provavelmente a comida não me caiu bem.

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