Depois de, em um curto período viverem intensamente um grande amor, a sonhada felicidade que viria com o casamento se tornou um pesadelo para Heriberto e Victoria. Ela está às voltas com a justiça enfrentando um processo movido por sua filha Fernand...
Esperamos dez anos pela estreia de Triunfo do Amor e hoje, 16 de novembro, a novela chega ao Brasil. 🥳🎉 Para comemorar vou presentear vocês co uma pequena maratona de quatro capítulos dessa fic. Espero que gostem e desfrutem dela tanto quanto eu tenho desfrutado de escrever. Não se esqueçam de votar e comentar, façam a alegria dessa escritora. 📝🥺❤️
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*** Victoria se sentia completamente envolvida pela calidez do contato com o homem a quem ela já não sabia e nem queria resistir. Mais do que isso, desejava e se desesperava para satisfazer essa paixão monumental que a consumia. E cada detalhe importava, a suíte medianamente iluminada, o ensurdecedor silêncio da noite, a languidez que o banho tíbio deixara em seu corpo e aquele tórrido desejo que a conduzia ao pleno caminho da libido.
Em meio ao irrefreável sabor daqueles beijos, por um instante, ela pensou em porque tinha demorado tanto em ceder à doçura da paixão. Por que não tinha se entregado antes, por que havia perdido tanta vida sem viver o amor e sua plenitude? Por que agora tinha que se ver numa situação que jamais se imaginou: enredada em uma história que não tinha como terminar bem?
— Porque você me esperava. — Disse Heriberto mais uma vez lendo seus pensamentos. — Seu desejo e seu amor eram para ser só meus, unicamente meus.
— Você não é real, não é? Você não está aqui. — Disse ela tomada pela cruel realidade que não tinha a menor condição de competir com suas doces fantasias.
— Aonde quer que você vá, eu sempre estarei com você. — Ele disse com a voz terna com aquele timbre que sempre a deixava magnetizada por suas palavras acariciando seu rosto e ajeitando seus cabelos detrás da orelha. — Eu estou aí dentro de você, arraigado até a raiz. Esse amor é inabalável e, apesar de tudo, você sabe.
Os olhos de Victoria se inundaram de emoção perdendo-se no encantador olhar de Heriberto enquanto ela foi vendo o quarto novamente se ampliando ao redor dela e o desespero tomar conta de seus sentimentos ao perceber que por mais uma longa noite estaria rodeada unicamente pela sufocante solidão daquela suíte.
*** Bernarda saiu do quarto de Heriberto possessa. Ainda não sabia o que ia fazer, mas, com certeza não ia deixar barato a insubordinação do marido. O medo que ele sentia de que ela machucasse Victoria e a quem ela amava era a única coisa que o mantinha em sua casa, pois efetivamente, desde que se casaram estavam cada vez mais distantes.
Por um tempo foi suficiente para ela o simples fato de tê-lo como marido. O fato de ter vencido Victoria lhe davam alguma alegria. Mas, quanto mais o tempo passava, mais inexorável parecia o amor dele por Victoria e, depois de três meses, ela estava muito próxima de seu limite. Ao passar pelo escritório teve a impressão de ouvir a janela batendo e a porta entreaberta lhe chamou atenção.
Ao entrar no escritório, ali estava Heriberto parado na janela, distraído, aparentemente observando o céu, muito, muito distante daquela casa.
— Eu estava te procurando, sua mãe ligou. Pediu que você ligasse para ela. — Disse Bernarda atraindo a atenção de Heriberto.
