ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ғᴏᴜʀ

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Já era manhã, Jeongguk se encontrava limpando a casa e retirando as inúmeras garrafas das mais diferenciadas bebidas da sala de estar

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Já era manhã, Jeongguk se encontrava limpando a casa e retirando as inúmeras garrafas das mais diferenciadas bebidas da sala de estar.

O garotinho vestia um short uma blusa branca cujo ficava enorme em seu corpinho pequeno. Seus cabelos negros estavam começando a ficar um pouco maiores.
Seus braços e pernas se encontravam cheios de hematomas de diversas cores.

Estava com dor, mas tinha plena consciência das consequências de não organizar a casa.

Não. Seu pai não estava em casa. Havia saído no dia anterior e até agora não voltora – não que o garoto quisesse o homem em casa, muito pelo contrário.

Suspirou aliviado ao ter terminado de organizar a residência.
Não demorou muito para subir as escadas indo em direção ao seu quarto, logo tomando um banho.
Suas costas ainda ardiam por conta dos ferimentos, porém era uma dor suportável.

Já vestido, Jeongguk foi em direção à cozinha preparando algo para comer – não que estivesse com fome, era somente para não desmaiar de fraqueza como costumava acontecer frequentemente.

Os olhinhos de jabuticaba do moreninho observavam o relógio da cozinha.

02 : 11 pm.

Suspirou cansado. Sabia que seu progenitor ficaria fora por mais algumas noites – como costumava acontecer algumas vezes.

Porém, estava aliviado.

Teria paz por algum tempo.

Novamente foi em direção ao seu quarto pegando um de seus mais novos livros para ler.
Já havia feito as tarefas de sua escola e por ser uma tarde tranquila de sábado, nada era melhor do que um bom livro para o garoto.

___

Já era segunda. Jeongguk permanecia sozinho naquela casa.
Não era algo ruim, afinal ele tinha paz, porém não é como se todos os seus demônios tivessem dado uma pausa.
Nas noites de sábado e domingo, teve fortes crises de choro e é claro, só piorou quando escutou o primeiro trovão ecoar no céu.

No momento, já se encontrava pronto para a escola e o tempo era mais que o suficiente para chegar no horário.

Pegou sua mochila e uma barrinha de cereal, embora soubesse que estava mentindo para si mesmo que a comeria.

~вrєαкs τiмє~

A escola havia sido como todos os outros dias. Era sempre a mesma coisa e isso desgastava o garoto de madeixas negras.
Os olhares dos alunos em si queimavam. Os cochichos ao seu respeito só pioravam as coisas.

Gguk entendia que tudo isso era pelo fato de estar sempre com roupas cumpridas e largas – sempre escondendo seu corpo. E por nunca falar com ninguém, nenhum dos alunos de fato já ouviu a voz do garoto. Apenas os professores tinham o privilégio de ouvir o tom suave e doce da mesma.

O caminho para a casa de seus pesadelos foi tranquilo. Embora sua mente estivesse muito longe da realidade.

Jeongguk se encontrava na cozinha, ao abrir os armários – quase vazios, soltou um suspiro.
Tinha consciência de que seu pai gastava quase todo o dinheiro que ganhava com bebidas, jogos, mulheres e drogas.

Sabia que as poucas roupas que tinha eram por causa de sua tia, que mandava uma certa quantia de dinheiro para o garoto.

O Jeon mais novo sabia que se quisesse continuar vivo, teria de ser por conta própria – não que seu progenitor alguma vez já tivera cuidado de si.

Precisava começar a se sustentar sozinho. Tinha o sonho de terminar a escola e fugir para bem longe das garras de seu pai. Começaria uma faculdade e então, pela primeira vez viveria. Porém, tinha medo. Tinha medo do que aconteceria à si mesmo caso tentasse fugir.

Mas por agora, Jeongguk iria arrumar um emprego.

мαякє∂ ѕσυℓ ~ kth + jjk + mygOnde histórias criam vida. Descubra agora