ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ᴛʜʀᴇᴇ

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Pavor

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Pavor.
Era o que se apoderava de todo o corpo do menino. Seu coração batia rapidamente – parecia ter corrido uma maratona – suas mãos tremiam e sua pele era gélida.
O moreninho sabia exatamente o que lhe aguardava.

Droga ! Maldita hora em que seu professor resolveu chamar seu pai para uma conversa.

Jeongguk sempre foi um ótimo aluno, suas notas eram altas. Era o aluno exemplar... ele tinha que ser.

Porém, por conta das noites mal dormidas, havia tido sua primeira nota vermelha e é claro que isso não iria passar despercebido pelo seu progenitor.

A feição do homem ao sair da sala do professor já dizia tudo, mas seu olhar direcionando ao garoto, fazia tudo parecer ainda pior.

— Seu imprestável ! — esbravejou parando no meio do caminho para casa — A próxima vez que me chamarem na escola pelas suas notas estarem baixas, eu juro por Deus, eu te mato !

O moreninho sentiu o corpo arrepiar, afinal, não sabia até que ponto aquelas palavras não passavam de simples ameaças.

O Jeon mais novo em nenhum momento ousou olhar nos olhos do homem. Sempre de cabeça baixa e encolhido com o tom de voz usado pelo mais velho.

— Só me faz passar vergonha ! — o desprezo era nítido na voz — Venha, em casa resolvemos isso.
Estavam no meio da rua, mas o Sr.Jeon não parecia se importar com esse detalhe.

" Em casa resolvemos isso "

Esta era a frase que ocupava a cabecinha do garoto que se encontrava parado no meio da sala de estar. Mil e uma ideias terríveis eram criadas por sua imaginação – que nessas horas, era sua inimiga mortal.

Sim, ele já se encontrava dentro da casa onde seus pesadelos mais terríveis ganhavam vida.

O cômodo estava completamente silencioso, mas é claro que durou pouco...

— MAS QUE MERDA, MOLEQUE ! — se vira para o menino — VOCÊ É UM INÚTIL MESMO ! NEM PARA FAZER A PORRA DE UMA PROVA VOCÊ SERVE ! — respirou fundo puxando os cabelos para trás — Escute bem, se isso se repetir novamente, eu te mando para conhecer o inferno mais cedo.

Mal sabia o homem que Jeongguk já estava nele e tendo a experiência de conviver com o próprio diabo.

— Você sabe o que irá acontecer agora, não sabe ? — pergunta recebendo apenas um aceno com a cabeça como resposta — RESPONDA SEU MERDINHA !

— S-sim, eu sei senhor.

— De joelhos, AGORA ! — a ordem foi obedecida sem contestar.

Jeon mais velho se agachou em frente ao garoto segurando seu rosto com brutalidade, forçando os olhinhos de jabuticaba o encarar.

— Tire a blusa ! — receoso, o obedeceu. — Por que eu vou fazer isso ?

— Porque eu mereço.

— Isso mesmo.

O rosto do moreninho foi solto brutalmente.
Jeongguk podia ouvir o som do cinto do homem sendo retirado. Seus olhos se fecharam com força, já se preparando para o que aconteceria.

— Isso é pela vergonha que me fez passar. — a fivela de ferro foi em direção à pele do menino.

— Isso é pela nota baixa. — o ato se repetiu novamente.

— Isso é pela sua mãe. — mais uma vez a pele do garoto foi machucada.

O processo se repetiu por um tempo, que parecia horas na cabecinha do mais novo. Aquilo ardia, o ferro cortava sua pele. Queria gritar, chorar, mas não podia... Afinal, ele merecia.

— E isso é por você ter nascido. — pela força usada, as costas do menino estavam com alguns cortes pequenos e havia um pouco de sangue presente.

— Tsc, patético.
É a última frase dita ao garotinho. O homem saiu pela porta o deixando sozinho e completamente ferido.

Suas costas ardiam como o inferno. Se levantou de maneira mais lenta possível e com o pouco de forças que ainda tinha subiu para o seu quarto.
Respirou fundo tomando coragem para tomar banho.

Retirou suas vestes, deixando sua pele exposta à nudez. Encarou seu reflexo.

— Você é um inútil mesmo ! — uma lágrima caiu — Eu deveria morrer de uma vez...

Observou seu corpo – coisa que evitava ao máximo fazer. Não gostava de si mesmo, não havia nada que lhe agradava. Sua autoestima sempre fora muita baixa e os comentários de seu pai não ajudavam em nada.

Em poucos minutos, adentrou o chuveiro. A água ao entrar em contato com os ferimentos fazia tudo ficar pior.
Sem ao menos notar, lágrimas caíam. O choro se tornou mais alto, chorou pela sua mãe, chorou pelo amor que nunca teria e principalmente... Ele chorou por ele mesmo.

Estava cansado. Passou anos sofrendo nas mãos daquele que deveria o proteger do mundo.
Havia sua tia, mas esta morava longe e estava sempre ocupada. Embora sempre fora doce e carinhosa nas poucas vezes que se viram.

Já pensou inúmeras vezes em contar à ela o que estava acontecendo, mas não tinha coragem. Em sua cabecinha, a mulher concordaria com as atitudes do Sr. Jeon.

Ele estava sozinho.
Incapaz de tentar mudar sua realidade. Aceitou seu destino, não era digno de nada belo, não era digno de amor, carinho ou algo do tipo. Não merecia ser feliz.
Sua mãe estava morta por sua causa, não merecia ser feliz, não quando retirou a vida da mulher mais importante na vida de seu pai.

Já vestido, se sentou na janela de seu quarto observado o céu.

— Me desculpe, omma... E-eu não queria. — uma solitária lágrima caiu.
Uma brisa suave veio ao seu encontro e, se ele não estivesse tão mergulhado em sua dor e culpa, poderia ter ouvido um pequeno sussurro dizendo eu te amo, meu bebê.

~♡~

Oiie, tudo bem ?
Eu só queria pedir perdão caso a fanfic não esteja ficando boa ou esteja confusa.
Na minha cabeça, a fanfic está horrível e eu sou muito insegura a respeito dessas coisas kkk.
Espero que estejam gostando e que se divirtam.

Com carinho, Moon.

мαякє∂ ѕσυℓ ~ kth + jjk + mygOnde histórias criam vida. Descubra agora