Jeon Jeongguk. Um garoto de 17 anos. Já conhece perfeitamente como o mundo pode ser cruel e impiedoso.
Quando se passa por certas situações, é impossível sair ileso.
Ao longo de sua infância e início da adolescência, passou por coisas que não deseja...
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Infelizmente, Jeongguk sentira falta do desenho tarde demais.
Sentado no chão de seu quarto, se amaldiçoou mentalmente pela tamanha estupidez e falta de atenção. Porém, qualquer pensamento que pudesse continuar tendo foi interrompido com a porta da sala de estar sendo fechada com brutalidade.
Seu inferno havia voltado ao normal.
— Seu merdinha ! — proferiu Sr.Jeon já dentro do quarto do mais novo, puxando os fios escuros entre seus dedos. O odor de álcool era forte demais para o garotinho.
— Sabe por que eu sou assim ? — perguntou soltando o cabelo do outro com brutalidade — PORQUE VOCÊ TIROU ELA DE MIM, VOCÊ A MATOU !
Ódio. Era o sentimento que Sr. Jeon direcionava ao garotinho. Em sua mente completamente doentia, se Jeongguk não viesse ao mundo, a mulher que mais amou ainda estaria com o coração batendo e não enterrada à sete palmos de terra.
Toda a mágoa, raiva que sentia era descontada no mais novo – este que era inocente, mas foi criado de maneira completamente perturbadora para seu psicológico.
Agora, por mais um dia, pagava pelas consequências de algo que não tivera culpa. Mais uma vez, Sr. Jeon destruía seu psicológico, feria sua pele e marcava sua alma.
Quando Sr. Jeon se cansou, finalmente abandonou o quarto do adolescente. Este que se encontrava encolhido em um canto de seu quarto – incapaz de se mover até o seu progenitor sair do local.
Seus braços estavam doloridos, sua costela e abdômen com diversos hematomas, uma certa parte de sua coxa sangrava um pouco e em seu rosto se encontravam alguns pequenos cortes na lateral da bochecha, canto dos labios e sobrancelha.
Quando finalmente conseguiu se levantar , foi em direção ao banheiro, logo se livrando – com certa dificuldade, das roupas. A água do chuveiro indo de encontro à sua pele judiada ardia de uma maneira inexplicável.
Jeongguk colocou um pijama comprido, logo se deitando em sua cama. Havia trancado a porta de seu quarto, mas inda sim não conseguia dormir – seus pensamento pareciam querer maltratar o moreninho.
O de madeixas negras se rendeu ao cansaço exatamente às duas da manhã.
Sobre o desenho ?
Esta era a última coisa que o garotinho precisava se preocupar agora.
