ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ᴛᴡᴇɴᴛʏ-ᴏɴᴇ

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Domingo

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Domingo.
Um dos melhores ou piores dias da vida de Jeon Jeongguk. Agora, em qual das opções seu domingo se resumiria, dependia unicamente do homem cujo – infelizmente – chamava de pai.

O silêncio naquela casa era quase ensurdecedor. Jeongguk agradeceu por isso. Era o som da sua pouca liberdade. Seu progenitor não estava em casa.

Como dito anteriormente, um dos melhores ou piores dias. Hoje era um dos bons. O homem saira quando os primeiros raios solares ousaram trazer um pouco de calor à uma casa tão fria.

Provavelmente, o de madeixas negras o veria novamente somente no dia seguinte – ou até depois disso.

Sua alma comemorava – da forma que lhe era permitida, devido às circunstâncias – , enquanto o adolescente ainda despertava totalmente aliviado. Sem mais ferimentos, surras ou punições nesse domingo.
Mas ainda sim, seu corpo gritava de forma dolorosa, lembrando-o dos acontecimentos da noite anterior.

O garoto tentou se levantar – se arrependendo amargamente por isso. Haviam alguns pequenos cortes em sua costela, barriga e braços, nada muito profundo que fosse gerar uma cicatriz igual a de sua bochecha.

— Isso vai arder no banho... — murmurou baixinho, enquanto fazia uma pequena careta.

E ardeu. Queimou como nunca antes. Enquanto as gotículas de água passeavam pela pele incrivelmente pálida, seu rosto se contorcia em uma careta de dor. Alguns cortes ainda sangravam, tornando tudo ainda mais incômodo.

Jeongguk não demorou muito para terminar o banho, mas em compensação os curativos demoraram mais tempo do que o esperado.

...

O de olhos de jabuticaba estava sentado no tapete felpudo de seu quarto. Suas vestes eram largas e confortáveis – de forma que o tecido não tivesse tanto contato com os ferimentos.

Seu cabelo – por estar um pouco grandinho – caia sobre seus olhos enquanto desenhava concentrado sua mais nova obra de arte.

Desenhava um garoto, sem nome e rosto. A única coisa que poderia ser vista em sua face eram os olhos que curiosamente, refletiam uma casa em chamas.

Mas se alguém observasse mais atentamente aquela obra inacabada, veria atrás do garoto um jardim. Todas as suas flores estavam mortas, com exceção de uma. Um pequeno girassol que tentava sobreviver.

O toque de seu celular fora o único capaz de trazer o adolescente de volta a realidade. Havia um nome brilhando incessantemente na tela gélida do aparelho. Jeongguk respirou fundo antes de atender.

— Oi, tia. — se esforçou para parecer ao menos animado .

Jeongguk, meu amor, como você está?

Era notável a animação da mais velha ao ouvir a voz de seu único sobrinho. Amava o garoto, mesmo que ele ainda não conseguisse entender isso.

мαякє∂ ѕσυℓ ~ kth + jjk + mygOnde histórias criam vida. Descubra agora