Vigésimo Primeiro

1.6K 192 422
                                    

A situação em Iwagakure no Sato não poderia ser mais preocupante. Haviam perfurações grotescas nas casas, muitas delas estavam completamente destruídas e cairiam a qualquer momento. As ruas estavam esburacadas e cheias de água, completamente alagadas e lamacentas, um caos. Os cidadãos tentavam se esconder do ataque, mas a esperança apenas diminuía a cada segundo que alguém caia morto ou esmagado pelos destroços.

Iwa suplicava por socorro.

– Que merda! – um cidadão gritou para os sete ventos. – Onde ele está quando nós precisamos?

– Ele deve estar vindo, tenha fé! – ajudou uma jovem mulher a sair debaixo dos destroços que antes era um pequeno mercadinho. Estava inconsciente, mas respirava. – Ele nunca irá nos abandonar, tenho certeza disso.

O cidadão riu sem humor. Sangue escorria pelos seus dedos quebrados de tanto retirar pedras para salvar os necessitados. Se seu líder não estava aqui, restava a eles a tarefa de salvar a quem precisa. Aquela situação, no geral, era um saco.

– Uma nação sem um Kage, é isso que nós somos?! – era uma pergunta, mas soava muito como uma afirmação. Estava frustado, sem esperança. – Fomos abandonados pelo nosso Tsuchikage!

– Deidara-san foi prestar apoio a Konoha, você sabe como é a situação atual do Hokage, não sabe? – o outro cidadão dizia tão desesperado quanto. Suas palavras não faziam sentido para si mesmo. – É importante que aja a aliança entre as vilas nesse momento.

– Konoha fica com todos os créditos, mas e nós? – silêncio. – Eu sempre soube que um Kage jovem só acabaria com a nossa vila. O que o Sandaime estava pensando? É o fim de Iwa!

Reclamava a todos os presentes, inconscientes ou os que estavam de pé. Apesar das palavras grossas, os cidadãos de Iwa concordavam com seu pensamento. Como poderiam seguir em frente, manter a fé erguida, em um momento como aquele? Era como se tivessem sido abandonados, deixados de lado, incompreendidos por seu líder jovem e inexperiente.

– Cuidado!

O prédio atrás de si começou a ruir. O cidadão reclamão segurava duas crianças desacordadas no colo, então não pensou duas vezes antes de correr para longe do desabamento. No entanto, por mais rápido que fosse, não era o suficiente. Podia sentir as pedras batendo em seus calcanhares e o seu corpo, desequilibrando.

É o nosso fim...

– Ele voltou!

Eu não morri...

– Você está bem, hn?

Tsuchikage-san!

– Eu não sei o que se passa pela sua cabeça, mas tenho certeza de que não foi fácil lidar com todo esse caos enquanto eu estive fora. – o homem arregalou os olhos ao estar diante a figura de seu Tsuchikage. Olhando para baixo, deveriam estar a cerca de sete metros acima do solo. – Mas eu estou aqui para tomar conta de tudo agora. Leve as crianças e quem puder para um lugar seguro. Agradeço pela sua iniciativa, hn.

– Deidara-san, eu...

Deidara sorriu. O pássaro pousou novamente em terra apenas para deixar o cidadão e as crianças que carregava no solo em um lugar seguro. Os presentes aplaudiam e comemoravam sua volta.

– Ouvi tudo. – o cidadão engoliu em seco. – Seu Tsuchikage está aqui, hn.

O pássaro alçou voo. Por onda passava, Deidara aproveitava para criar clones de argila que salvavam todos os cidadãos em perigo. Seguiu os rastros de destruição até ver um homem musculoso parado sobre um penhasco. Grunhiu, eram as nuvens vermelhas.

ÊmuloOnde histórias criam vida. Descubra agora