O que tá acontecendo?

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Estamos todos na sala, meu irmão, meu pai e minha mãe no sofá e eu estou jogada no chão da sala assistido tv quando alguém toca a campainha, fico esperando uma boa pessoa ir atender mas ninguém levanta. A campainha toca de novo.

- Filha atende. - Minha mãe diz me olhando com cara de pidana.

- Não o Ryan atende. - Digo fazendo a mesma cara olhando para o Ryan.

- Tá! - Ele diz se levantando, realmente estou conseguindo adrestar o meu irmão, eu sou foda.

- Oi Ryan a Kath tá ai? - Jeremy diz ainda na porta.

Ele não responde só faz um sinal para eles irem conversar lá fora, provavelmente para que eu não escuta-se, o que não deu certo porque dava para escutar tudo o que eles falavam.

- É ela mesmo? - Ryan diz em um tom preocupado.

- Vou ter certeza hoje! - Jeremy responde enquanto abre a porta. - Olá senhor e senhora Parker, Kath temos que ir já estão nos esperando.

- Olá Jeremy, antes de vocês irem podemos falar com ela? - Meu pai diz com um pouco de nervosismo na voz.

- Claro, Kath te espero lá fora.

- Quem disse que eu vou com você? E qual é a dessa conversa? Papo estranho! - Cansei de ficar de fora da conversa.

- Filha senta aqui. - Minha mãe diz dando um lugar entre ela e meu pai no sofá.

Isso está parecendo com quando descobriram sobre a minha expulsão, que medo.

- Filha você sabe que eu e a Lilian a amamos, não sabe? - Meu pai diz em uma tom de voz triste e algumas lágrimas escorriam do seu rosto, o que realmente me deixou preocupada.

- Claro que sei! - Eu disse abraçando os dois, quase chorando.

Não me julgue, não é todo dia que meus pais falam que me amam, pensando bem a última vez que eles me falaram isso foi quando eu tinha uns 10 anos.

- Amor precisamos que você escute com atenção agora tá. - Minha mãe diz se soltando dos meus braços e limpando as lágrimas que escorriam freneticamente do seu rosto.

- Pode falar mãe.

- Steven... fala você porque... eu não... consigo. - Minha mãe falava entre um soluço e outro.

- Filha preciso te contar que na verdade você... pode não ser nossa filha biologica.

Nesse momento eu entro em choque, as pessoas que desde sempre eu chamo de pais... podem simplesmente não ser.

- Eu sei que isso deve ser difícil de absorver, mas não é a única revelação que temos pra você. - Meu pai ou Steven, sei lá como devo chama-lo, diz.

- Como assim vocês podem não ser meus pais, eu tenho fotos com vocês de quando eu ainda era um bebê. - Sai um pouco do meu estado de choque, mas não completemante.

- Não podemos dizer mais nada, o Jeremy vai leva-la até umas pessoas que vão te esplicar todos os detalhes. Só quero que saiba que mesmo se eu não for sua mãe biológica eu sempre irei te considerar uma filha, eu te amo e não quero que você se esqueça disso. - Ela se aproxima e me abraça muito forte.

- Gente odeio atrapalhar mas tenho que levar a Kath agora. - Jeremy diz se levantando do sofá.

- Independente de qualquer coisa vocês sempre vão ser meus pais. - Digo me levantando do sofá e ficando ao lado de Jeremy.

Quando me virei vi que Ryan chorava feito uma criança abraçado com uma almofada, isso me deixou triste e a única reação que tive foi correr até lá e abraça-lo.

- Calma Ryan eu não morri, só vou dar uma volta com o seu amigo tarado. - Eu disse tentando colocar um sorriso no meu irmão.

- Promete? - Ele diz vulnerável, nem parece o mesmo que me tacou um balde de água na cara.

- Prometo. - Não sei nem o que eu prometi mas ok. Me levanto e olho em volta e vejo todos chorando e grito. - CARAMBA TÁ PARECENDO QUE EU ESTOU INDO MORRER, PAREM DE CHORAR EU VOU VOLTAR DAQUI A POUCO.

Estou fechando a porta mas ainda ouço meu irmão dizer bem baixinho.

- Essa é a Kath, nem chorando para de ser louca.

Sorri com o que ele disse, entro no carro de Jeremy que já estava ligado.

Ele sai com o carro e o silêncio reina, até ele para umas duas ruas depois da minha e vira para mim.

- Se era tão perto nos poderiamos vir andando.

- Nós ainda não chegamos eu só quero pedir desculpa.

- Pelo que?

- Por ter me comportado como um idiota todo esse tempo. - Ele se vira novamente para frente e segue com o carro.

- Hoje pelo geito é o dia de ninguém responder minhas perguntas, mas vou tentar assim mesmo. Por que você sempre me trata tão mal?

- Não sei. Só sei que nunca fui tão chato com alguém antes. - Ele diz e sei lá porque começamos a rir. Deve ser o nervosismo. - Chegamos.

Ele para o carro em frente a uma casa de dois andares, no centro da cidade.

- Quem eu vim ver? - Digo já fora do carro ao lado de Jeremy.

- Você veio ver todos, e tudo. - Ele diz sorrindo.

- Desisto de tentar entender. - Digo erguendo as mãos em sinal de rendição.

Estamos indo em direção a porta da casa, até que Jeremy me segura pelo braço.

- Você está pronta? - Ele diz preocupado.

- Como posso estar pronta se não sei nem o que estou fazendo aqui. - Disse revirando os olhos.

Eu sou a chaveOnde histórias criam vida. Descubra agora