2 - Infelizes Para Sempre

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"Você não sabe nada sobre mim!", Tedros vociferou e bateu com o
travesseiro embolorado no rosto de sua princesa.
Agatha tossiu e depois revidou, batendo nele com outro travesseiro e
lançando-o de encontro à moldura preta da cama enquanto penas voavam por todo lado e o encobriam. Reaper saltou no rosto de Tedros, tentando comer as penas.
"Eu sei até demais sobre você, esse é o problema!", Agatha rugiu e agarrou a
bandagem mal feita colocada ao redor do colarinho azul do príncipe. Tedros
afastou-a, e Agatha o empurrou de volta antes que ele se atracasse com Reaper e
jogasse o gato na cabeça dela. A garota se abaixou e Reaper entrou voando no
banheiro, sacudindo as patas enrugadas antes de aterrissar de cabeça dentro do vaso sanitário.
"Se você me conhecesse, saberia que faço as coisas do meu jeito", Tedros
bufou, ajustando os cordões da camisa.
"Você jogou meu gato em cima mim porque estou tentando salvá-lo de ter
gangrena?", Agatha berrou, pulando de pé.

"Esse gato é o Satanás", Tedros chiou, observando Reaper tentar sair do vasoe escorregando de volta para dentro

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"Esse gato é o Satanás", Tedros chiou, observando Reaper tentar sair do vaso
e escorregando de volta para dentro. "E, se você me conhecesse, saberia que
detesto gatos."
"Sem dúvida, você é o tipo de pessoa que gosta de cães, seres babões, sem
graça e, agora que estou reparando, muito parecidos com você!"
Tedros lançou-a um olhar raivoso.
"Vamos começar com ofensas por causa de uma atadura?"
"Três semanas se passaram e não está sarando, Tedros", Agatha pressionou,
pegando Reaper e o secando com a manga da roupa. "Vai infeccionar se eu não
cuidar..."
"Talvez o tratamento seja diferente em cemitérios, mas, de onde eu vim, uma
atadura resolve."
"Uma atadura que parece ter sido feita por uma criança de 2 anos de
idade?", Agatha debochou.
"Tente ser ferida com sua própria espada enquanto está desaparecendo",
disse Tedros. "Tem sorte por eu estar vivo... mais um segundo e ele teria acabado comigo..."
"Mais um segundo e eu teria me lembrado do gorila que você é e o teria
deixado para trás."
"Como se você pudesse encontrar algum menino melhor que eu nessa
ratoeira de cidade."
"A essa altura, eu trocaria você por um pouquinho de espaço e silêncio..."
"Eu a trocaria por uma refeição decente e um banho morno!"
Agatha o encarou, com Reaper tremendo em seus braços. Por fim, Tedros suspirou, parecendo envergonhado. Ele tirou a camisa, abriu os braços e se sentou na cama.
"Vai fundo, princesa."
Durante os dez minutos seguintes, nenhum dos dois falou, enquanto Agatha limpava o corte de oito centímetros no tórax de seu príncipe com óleo de rosa, aveleira de bruxa e uma pitada de peônia branca do carrinho de poções de ervas de sua mãe. Pensar em como Tedros adquiriu o ferimento, tão perto do coração,
fez Agatha sentir um frio na barriga e ela se obrigou a focar na tarefa. Não
precisava pensar nisso — já que os pesadelos horrendos já cumpriam bem essa função. O Diretor da Escola rejuvenescendo... sorrindo para Tedros amarrado a uma árvore... os olhos faiscando em vermelho ao apunhalá-lo... Agatha não conseguia entender como Tedros não tinha pesadelos sobre os últimos momentos
que eles passaram na escola, mas talvez essa fosse a diferença entre um príncipe e um Leitor. Para um menino da floresta, cada dia que não acabasse em morte já seria um bom dia.
Agatha salpicou açafrão fervido no ferimento e Tedros cerrou os dentes,
contendo os gemidos baixinhos.
"Eu disse que não estava sarando..."
Tedros deu um rugido de leão e virou o rosto.
"Sua mãe me odeia. Por isso ela nunca está em casa."
"Ela está ocupada à procura de pacientes", disse Agatha, esfregando o pó amarelo. "Temos que comer, não é?"
"Então, por que ela deixa o carrinho de remédios aqui?"
A mão de Agatha parou no peito de Tedros. Ela vinha se perguntando a
mesma coisa sobre os longos sumiços da mãe. A garota apertou o ferimento com mais força e o príncipe se retraiu.
"Olha, pela última vez, ela não odeia você."
"Nós estamos presos nessa casa há três semanas, Agatha. Eu como toda a
comida dela, sou uma droga na limpeza, tenho o hábito de entupir o vaso sanitário e ela está sempre nos vendo brigar. Se ela ainda não me odeia, logo vai começar."
"Ela só acha que você é mais uma complicação para uma situação já
complicada."
"Agatha, tem uma cidade inteira lá fora que vai nos matar no ato. Não há
nada complicado nisso", Tedros argumentou. "Olha, eu farei 16 anos em um mês. Isso significa que vou assumir o trono de Camelot. O reino certamente está falido, metade das pessoas partiu e o lugar está em ruínas, mas nós mudaremos tudo isso! Lá é nosso lugar, Agatha. Por que não podemos voltar..."
"Você sabe o motivo, Tedros."
"Certo. Porque você não quer deixar sua mãe para sempre. Porque eu não
tenho mais família e você tem", ele disse, desviando o olhar. O pescoço de
Agatha ficou vermelho.
"Tedros..."
"Não precisa explicar", o príncipe sussurrou. "Se o meu pai ainda estivesse vivo, eu também jamais o deixaria."
Agatha se aproximou. Ainda assim, ele não a encarou.
"Tedros, se o seu reino precisa de você... você deve voltar", ela se forçou a
dizer.
"Eu jamais a deixaria, Agatha", o príncipe suspirou. Ele puxou um fio de sua meia suja. "Não poderia nem se quisesse. A única forma de voltar à Floresta é fazermos um pedido juntos."
Agatha ficou tensa. Ele havia pensado em deixá-la para trás? Ela engoliu em
seco e agarrou-lhe o braço.
"Eu não posso voltar, Tedros. Coisas terríveis acontecem na Floresta", ela
disse, ofegante. "Tivemos sorte de escapar..."
"Você chama isso de sorte?", o príncipe enfim olhou para ela. "Quanto tempo
conseguiremos ficar presos nesta casa, Agatha? Por quanto tempo podemos ser
prisioneiros?"
Agatha ficou tensa. Sabia que Tedros merecia respostas, mas ela não as tinha.
"Não importa onde é o seu Felizes Para Sempre, importa? Só importa com
quem você está", disse, tentando parecer esperançosa. "Um professor disse isso, um dia."
Tedros não sorriu. Agatha levantou e arrancou um pedaço de uma toalha
limpa pendurada no mastro da cama. Ele voltou a se deitar, com os braços
abertos, e ficou em silêncio enquanto Agatha enfaixava o ferimento com o pano.
"Às vezes sinto falta de Filip", ele disse, baixinho.
Agatha olhou-o, surpresa. Tedros ficou vermelho e cutucou as unhas.
"É ridículo, depois de tudo que ele fez para a gente... Ou ela... tanto faz. Eu
deveria odiá-lo... Quer dizer, odiá-la. Mas os meninos se entendem de um jeito que as garotas não conseguem. Mesmo que ele não fosse realmente um
menino", Tedros observou o rosto de Agatha. "Deixa para lá."
"Você realmente acha que não te conheço?", Agatha perguntou, magoada.
Tedros prendeu a respiração por um momento, como se pensasse se deveria
ser honesto ou mentir.
"É que... naqueles dois primeiros anos, nós buscávamos a ideia de estarmos
juntos em vez de estarmos juntos de fato. Eu tive a chance de conhecer Filip
melhor do que a você: ficando juntos do nascer ao pôr do sol, roubando costeletas de carneiro do Salão de Jantar, ou simplesmente ficando sentados no telhado, conversando... sobre nossas famílias, ou sobre do que temos medo, ou que tipo de torta gostamos. Na verdade, realmente não importa como foi o desfecho... Ele
foi meu primeiro amigo verdadeiro", Tedros não conseguia olhar para Agatha.
"Você e eu nunca nem chegamos a ser amigos. Nem apelidamos um ao outro.
Com você eram sempre momentos furtivos e a fé de que o amor seria, de
alguma forma, o suficiente. E agora, aqui estamos nós, há três semanas
entocados numa casa, sem tempo para ficarmos sozinhos nem espaço para
darmos uma volta, ou caçarmos, ou nadarmos, para depois dormirmos,
comermos, respirarmos, com a outra pessoa em volta, como se fosse um
cuidador... E ainda assim nos sentimos como estranhos. Eu nunca me senti tão
velho", ele deu uma olhada no rosto de Agatha. "Ora, vamos, você também deve
se sentir assim. Somos como dois tolos bolorentos e casados. Cada coisinha que
lhe incomoda a meu respeito deve ser ampliada mil vezes."
Agatha tentou parecer compreensiva.
"O que te incomoda em mim?"
"Ah, não vamos entrar nesse jogo", Tedros bufou, virando de bruços.
"Eu quero saber. O que eu faço que te incomoda tanto?"
Seu príncipe não respondeu. Agatha salpicou açafrão quente em suas costas.
Tedros se virou, zangado.
"Em primeiro lugar, você me trata como se eu fosse um idiota."
"Isso não é verdade..."
"Você quer saber ou não?", Tedros franziu o cenho para ela.
Agatha cruzou os braços.
"Você me trata como se eu fosse um idiota", Tedros repetiu. "Você finge
estar ocupada toda vez que tento conversar. Age como se para mim fosse fácil abrir mão da minha casa, embora seja uma princesa que deva seguir seu
príncipe. Você anda pela casa feito um elefante com esses sapatos horríveis, e
deixa o chão molhado depois de tomar banho. Nunca tenta sorrir, e se eu
questionar qualquer coisa que diz ou faz, você tem essa postura de que eu não deveria desafiá-la, porque você é tão... tão..."
"Tão o quê?", Agatha o encarou.
"Boa", disse Tedros.
"Agora é minha vez", disse Agatha. "Primeiro, você age como se fosse meu
prisioneiro, como se eu o tivesse sequestrado de seu melhor amigo, que nem sequer existe..."
"Agora você está apenas sendo maldosa..."
"Você faz com que eu me sinta culpada por trazê-lo para cá, como se eu não
devesse ter salvado a sua vida. Age como se fosse todo sensível e cavalheiro, depois diz coisas como uma princesa deve seguir seu príncipe. Você é impulsivo, você sua demais, você generaliza sobre coisas que não sabe, e sempre que derruba alguma coisa, o que é bem frequente, você culpa a minha casa, em vez de você mesmo..."
"Esse lugar mal tem espaço para andar..."
"Você está acostumado a viver num castelo! Com várias alas e salões de
tronos e empregadinhas bonitas", Agatha disparou. "Pois muito bem, você não está num castelo, ó, principesco... nós estamos na vida real. Você já imaginou que talvez eu esteja gastando todo meu tempo me preocupando em nos manter vivos? Pensou que eu talvez esteja tentando encontrar um jeito de fazer com que o nosso final feliz seja realmente feliz, e é por isso que não estou passando o tempo todo como uma palhaça, nem tendo conversas profundas tomando cappuccino? Claro que não, porque você é Tedros de Camelot, o menino mais bonito da Floresta, e Deus me livre que ele se sinta velho!"
Tedros deu um sorriso.
"Sou tão bonito assim, é?"
"Até Sophie é mais tolerável que você!", Agatha gritou num travesseiro. "E
ela tentou me matar! Duas vezes!"
"Então, vá para a Floresta e pegue sua Sophie de volta!", Tedros retrucou.
"Por que você não vai e pega seu Filip de volta!?", Agatha rugiu.
Então, bem devagar, os dois coraram em silêncio, percebendo que estavam
falando da mesma pessoa.
Tedros sentou-se ao lado de sua princesa e passou os braços ao seu redor.
Tentando não chorar, Agatha cedeu ao abraço apertado e afetuoso e sussurrou:
"O que aconteceu com a gente?"
Na ocasião em que salvou Tedros do Diretor da Escola, Agatha achou que
havia encontrado o caminho para sair de seu conto de fadas, escapado da morte, salvado seu príncipe e deixado a Floresta para trás, com a amiga mentirosa e traidora lá dentro. Enquanto se agarrava ao verdadeiro amor, cercada pela luz branca entre os mundos, Agatha respirava o alívio do Para Sempre. Ela finalmente tinha Tedros... Tedros, que a amava tanto quanto ela a ele... Tedros, cujos beijos ela ainda podia sentir... Tedros, que a faria feliz para sempre...
Agatha bateu de cara numa parede de terra.
Confusa, abriu os olhos na escuridão e seu corpo estava sobre o corpo de seu
príncipe, no cemitério de Gavaldon. Num instante, lembrou-se de tudo o que
deixara para trás nesse pequeno vilarejo: uma promessa rompida a Stefan de trazer sua filha de volta para casa, a ameaça dos Anciões de matá-la, as histórias de bruxas que um dia foram queimadas na praça... Relaxe. Esse é o nosso final feliz, ela tranquilizava a si mesma, acalmando a respiração. Não pode acontecer
mais nada de mal.
Agatha estreitou os olhos e viu o pico de um telhado no alto de uma montanha
nevada em forma de chapéu de bruxa. Seu coração se enchera ao pensar em
estar em casa de uma vez por todas, de ver o rosto eufórico da mãe... Ela olhou
para baixo, para seu príncipe, com um sorriso travesso. Se ela não tiver um
ataque cardíaco primeiro.
"Tedros, acorde", ela havia sussurrado. Ele continuou imóvel em seus braços
com a capa negra da Prova, e os únicos sons vinham de alguns corvos que
ciscavam, bicando as minhocas dos túmulos, e de uma tocha fraca que crepitava acima do portão. Ela agarrou seu príncipe pelos cordões da camisa para sacudilo, mas suas mãos ficaram manchadas com algo morno e pegajoso. Agatha ergueu-as lentamente sob a luz da tocha.
Sangue.
Ela tinha disparado freneticamente por entre as sepulturas pontiagudas, pelo
mato cortante, pela neve fofa, antes de ver a casa adiante, sem nenhuma das
velas habituais acesas na varanda. Agatha virou a maçaneta da porta com
cuidado, mas as dobradiças rangeram e um corpo saltou da cama, embrulhado
nos lençóis, como um fantasma desajeitado. Enfim, Callis pôs a cabeça para fora, piscando os olhos arregalados. Por uma fração de segundo, ela pareceu feliz ao reencontrar a filha que ficara longe por tanto tempo. Mas, em seguida, viu o pânico no rosto de Agatha e empalideceu.
"Al-alguém a viu?", Callis gaguejou. Agatha sacudiu a cabeça. A mãe sorriu
com alívio e correu para abraçá-la, antes de ver que o rosto da filha não tinha mudado. Callis gelou e seu sorriso sumiu. "O que foi que você fez?", ela
resfolegou.
Juntas, desceram Graves Hill, Callis vestindo a camisola preta e larga, e
Agatha à frente, liderando o caminho de volta até Tedros. Arrastando-se pela
neve, elas o levaram para casa, cada uma delas de um lado, segurando-o pelos braços. Agatha deu uma olhada para a mãe, apenas uma versão mais velha de si mesma, com os cabelos negros e a pele clara, esperando que ela se enrijecesse diante da visão de seu príncipe da vida real, — mas Callis manteve o olhar fixo na cidade escura, abaixo. Agatha não podia se preocupar e perguntar o motivo.
Naquele momento, salvar seu príncipe era a única coisa que importava.
Assim que elas o puxaram porta adentro, sua mãe deitou Tedros no tapete e rasgou-lhe a camisa molhada, com o príncipe inconsciente e coberto de capim, enquanto Agatha acendia a lareira. Quando a garota virou-se de volta, quase desmaiou. O ferimento feito pela espada no peito de Tedros era tão profundo que quase dava para ver seu coração pulsando.
Os olhos de Agatha se encheram de lágrimas.
"E-ele vai ficar bem, não vai? Ele tem que ficar..."
"É tarde demais para anestesiá-lo", disse Callis, remexendo a gaveta em
busca de linha.
"Eu tinha que trazê-lo, mãe... eu não podia perdê-lo..."
"Depois conversamos", Callis disse tão bruscamente que Agatha se encolheu
junto à parede. Agachada acima do príncipe, sua mãe deu cinco pontos, mal fechando o ferimento, antes que Tedros subitamente recobrasse os sentidos, dando um grito de dor ao ver a agulha na mão daquela estranha, agarrando uma vassoura próxima, ameaçando atingi-la na cabeça se ela se aproximasse mais.
Depois disso, ele e Callis nunca mais se olharam olho no olho.
De alguma forma, Agatha convenceu Tedros a dormir e, na manhã seguinte,
enquanto ele dormia um sono agitado, com os pontos ainda pela metade, Callis
levou a filha até a cozinha, pendurando um lençol preto no cômodo para fechar o quarto. Agatha logo sentiu a tensão.
"Olha, da primeira vez que nós nos encontramos, ele também ameaçou me
matar", ela disse, tirando dois pratos de ferro do armário. "Ele vai melhorar com você, eu prometo."
Callis despejou um cozido do caldeirão numa tigela.
"Vou costurar uma camisa nova pra ele, antes de ele partir."
"É... mãe, tem um príncipe de verdade, de um conto de fadas, deitado no
nosso chão, e você está preocupada com a camisa dele?", disse Agatha, sentando
numa banqueta. "Esqueça que a visão de mim a menos de cem metros de um
menino possa ser motivo para uma passeata na cidade, ou que você vem me dizendo que os contos de fadas são reais desde o dia em que eu nasci. Você não quer saber quem ele é...", os olhos de Agatha se arregalaram. "Espere. Antes de ele partir? Tedros vai ficar em Gavaldon... para sempre."
"Ninguém gosta de sopa de bode fria", Callis pousou a tigela diante de
Agatha.
Agatha continuou falando.
"Olha, eu sei que a casa está lotada com ele aqui, mas Tedros e eu podemos
arranjar trabalho na vila. Pense nisso, se nós economizarmos o suficiente, talvez a gente possa se mudar para uma casa maior, talvez até algum lugar nas ruas com casinhas", Agatha sorriu. "Imagine, mãe, talvez a gente possa até ter vizinhos vivos..."
Callis encarou-a fixamente de um jeito frio, e Agatha parou de falar. Depois,
seguiu o olhar da mãe na direção da janela suja de limo, acima da pia. Agatha empurrou a cadeira para trás, levantou sem tocar a tigela e pegou um pano de prato molhado no escorredor. Ela o esfregou no vidro, tirando a sujeira cinzenta, uma mistura de poeira, gordura e mofo, até que um raio de sol entrou. Agatha recuou surpresa.
Abaixo, na colina coberta de neve, bandeirinhas vermelhas tremulando em todos os postes da praça.

A escola do bem e do mal 3 Infelizes para sempre - Soman ChainaniOnde histórias criam vida. Descubra agora