Olá, rabias 🗼 ! Como cês tão ??
O Wattpad tenta me tombar desde ontem, mas aqui é blindada e att finalmente saiu !
Divirtam-se !
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POV BIANCA ANDRADE
O homem é regenerável. Em maior ou menor grau, cada pedacinho do ser humano é regenerável. Afinal, cicatrização é um processo intrínseco ao homem. É possível faze-lo sozinho com alguma dose de autocuidado, limpeza e proteção. Entretanto, cuidados médicos não só aceleram esse processo como também o tornam menos doloroso, mais agradável e mais estético. Suturar nada mais é que aproximar as bordas de uma ferida e uni-las em um nó, não muito frouxo para que não se desprenda, nem muito apertado para que não torture ainda mais o frágil tecido. A sutura por si só não é a cura, apenas catalisa a melhora. E por isso, talvez o amor seja a melhor sutura de todas. Ele ata as pessoas, entrelaça suas histórias e personalidades, permitindo assim que o tempo preencha aquelas falhas e faltas com segurança, carinho, respeito, estabilidade e compreensão. À medida que a ligação e a coesão entre os amantes se fortalecem, os traumas e as inseguranças são superados e as feridas cicatrizadas.
Bianca Andrade era bela como uma deusa. Refinada como uma majestade. Imponente como uma guerreira. Porém, abaixo de sua capa de impecabilidade, o âmago de Bia era tão ferido e machucado como de qualquer pessoa. Talvez a grande diferença era que a carioca era excepcionalmente boa em cicatrizar-se. Foram muitos tombos, muitas decepções, muitas injustiças, muitas batalhas e Bianca superara cada uma delas, guardando suas cicatrizes com orgulho. Entretanto, também como qualquer ser humano, Bia tinha suas feridas mais profundas e dolorosas. Aquelas feridas que se recusam a sarar, que permanecem ali latentes, sangrantes e imunes à ação do tempo. Aquelas feridas que não parecem ter cura. E Bianca lidava com essas da maneira que podia: seguia a vida tentando ignora-las e quando já a não era possível paliava com sintomáticos.
E talvez uma das suas maiores feridas crônicas era a incapacidade de lidar com o amor. Compreendia-se incapaz de ser boa amante. Sentia-se inapta a trazer bem-estar e contentamento a quem amava. Possuia uma medo exacerbado de machucar os outros, especialmente no âmbito romântico. E de fato, Bianca foi um grande agente de sofrimento dentro dos relacionamentos que viveu e isso parece ter a marcado de maneira permanente. Bianca temia o amor por ter já ter provocado muito infelicidade e Rafaella temia o amor por já ter sofrido muito pelas ações dos companheiros. Parece uma combinação perigosa, não é ? Talvez uma união fadada ao fracasso. Entretanto, aquele incipiente e improvável namoro lutava contra lógica e desafiava as estatísticas. Ali Bia e Rafa pareciam dispostas a juntas remontar seus pedaços e talvez cicatrizar o que outrora parecia irrestaurável.
- Prin, eu não sei que caralho é uma "pack" ou "header", mas eu já entendi que meu Twitter tá feio e preciso ajeitar. Tu pode entrar lá e arrumar isso pra mim ? É algo que eu realmente não tenho como lidar agora - falava ao telefone com Bianca Venturotti, seu braço direito, suas mãos, suas pernas, seu tudo... Não fazia ideia como pôde viver tanto tempo sem aquela mulher na sua equipe. Não só por ser uma profissional competente pra caralho, mas também por ser uma amiga companheira e fiel. Com o lançamento da nova coleção da Boca Rosa Beauty e a estreia da segunda temporada do Boca a Boca, B2 era uma das responsáveis pela preservação da saúde mental de Bia. Com certeza, sem ela, a carioca já teria enlouquecido - Tenho outros BOs para resolver. Inclusive precisamos marcar uma nova reunião com a Payot sobre o lançamento da nova coleção, eles fizeram umas mudanças que não autorizamos - bufou impaciente enquanto revirava os olhos. Seu humor estava especialmente péssimo aquela noite e nem mesmo a imagem de Rafaella vestida apenas uma camisa larga aproximando-se da cama foi capaz de melhorar seu estado de ânimo - Ok, ok. Conversamos melhor amanhã. Tchau, tchau. Boa noite.
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RaBia: Je suis ici
FanfictionApós o BBB20, Bianca e Rafaella conduzem suas vidas em direções opostas. Entretanto o destino insiste em colidir seus caminhos, suas personalidades e suas convicções.