❥ Capítulo Oito - Uma Sexta-feira Muito Louca: Parte Dois.

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Caralho!
Um morto-vivo sem cabeça!

Balancei minha própria perna, fazendo o cadáver soltar a mesma.
Caminhei em direção da "viúva", que havia sido claramente baleada na cabeça.
O disparo havia acertado seu cérebro em cheio, ela já estava parcialmente neutralizada.

A imensa nuvem sob o sol foi se desfazendo aos poucos, enquanto os corpos dos maridos foram derretendo até virarem pequenos vestígios mortais. Quase imperceptíveis. 

Mesmo derrotada, a viúva ainda se rastejava pelo calçamento, relutando por seu direito de viver. Me desculpe, vadia. Talvez na próxima reencarnação.
Eu e Kate nós aproximamos, analisando bem nossa ex oponente.

Ela murmurava alguma coisa. Não dava pra entender muito bem.

Ergui a arma novamente, apontando para a testa da mesma.

— V... – Ela continuava tentando dizer algo.

— Espera! Espera! Não mata ela agora! – Pediu Kate. Tão curiosa.

Porquê...?

— Pode ser algo importante! – Mas Kat estava certa, podia ser uma última mensagem, ou uma outra charada para resolver, ou até mesmo pior...

Vão... – Vão!? Ela quer que a gente vá para algum lugar!?

Nós deveríamos anotar! Devo ter alguns blocos de anotações no carro... Eu só tenho que--- – A morta interrompeu Kat.

— Vão se fuder! – ...É, no fim as coisas mais importantes, não são tão importantes assim.

Atirei novamente, dando três disparos  em sua cabeça, e encerrando aquele maldito caso de uma vez por todas.

Felizmente, conseguimos neutralizar a cretina antes que o horário das aulas começassem. Com a ajuda de pequenas garrafas de água benta, diluímos os restos mortais da viúva e de seus maridos. Foi uma batalha interessante.
Deixamos o estacionamento limpinho, sem nenhum vestígio de mortos. É isso! "E mais uma vez o dia foi salvo graças As Meninas Super Poderosas."

— Então...? Acabou? – Perguntei.

Depois da limpeza, nos encostamos sob o Peugeot e observamos o estacionamento vazio. Ótima hora pra bater um papo.

— Sim, acabou. Não vai ter mais mãos ambulantes, bilhetes esquisitos, nem paqueras virando zumbis! Acabou tudo! – Disse Kat, cruzando os braços. É, eu espero que tenha acabado mesmo.

— Mas Kate, você não acha isso tudo muito estranho...?

— Max, nossa família caça mortos-vivos há gerações... A gente acabou de lutar contra uma viúva cheia de silicone que conseguia invocar seus ex-maridos. Nossa vida sempre vai ser estranha, bebêzinho. – Kate tem razão. A maioria das pessoas vivem e morrem sem saberem que esse tipo de coisa existe, e viver dentro de um filme de horror dos anos 80, faz cada simples aspecto da minha vida ser estranho pra caralho.

Kate esperou o horário das aulas começarem, e partiu assim que o sinal tocou. E eu, já estava praticamente pronto para mais um dia.

Adentrei no prédio da escola, indo até o meu armário para organizar meus livros. Me senti aliviado ao abri-lo, e não me deparar com nenhum bilhete esquisito.

Talvez Kat realmente tenha razão, acabou tudo.

— Urgh... Cérebros... Comer... – Disse Chuck, se aproximando de mim, enquanto fazia uma imitação vergonhosa de um possível morto-vivo.

❥ 𝐌eu 𝐂oração 𝐏odre.Onde histórias criam vida. Descubra agora