Caralho!
Um morto-vivo sem cabeça!Balancei minha própria perna, fazendo o cadáver soltar a mesma.
Caminhei em direção da "viúva", que havia sido claramente baleada na cabeça.
O disparo havia acertado seu cérebro em cheio, ela já estava parcialmente neutralizada.A imensa nuvem sob o sol foi se desfazendo aos poucos, enquanto os corpos dos maridos foram derretendo até virarem pequenos vestígios mortais. Quase imperceptíveis.
Mesmo derrotada, a viúva ainda se rastejava pelo calçamento, relutando por seu direito de viver. Me desculpe, vadia. Talvez na próxima reencarnação.
Eu e Kate nós aproximamos, analisando bem nossa ex oponente.Ela murmurava alguma coisa. Não dava pra entender muito bem.
Ergui a arma novamente, apontando para a testa da mesma.
— V... – Ela continuava tentando dizer algo.
— Espera! Espera! Não mata ela agora! – Pediu Kate. Tão curiosa.
— Porquê...?
— Pode ser algo importante! – Mas Kat estava certa, podia ser uma última mensagem, ou uma outra charada para resolver, ou até mesmo pior...
— Vão... – Vão!? Ela quer que a gente vá para algum lugar!?
— Nós deveríamos anotar! Devo ter alguns blocos de anotações no carro... Eu só tenho que--- – A morta interrompeu Kat.
— Vão se fuder! – ...É, no fim as coisas mais importantes, não são tão importantes assim.
Atirei novamente, dando três disparos em sua cabeça, e encerrando aquele maldito caso de uma vez por todas.
Felizmente, conseguimos neutralizar a cretina antes que o horário das aulas começassem. Com a ajuda de pequenas garrafas de água benta, diluímos os restos mortais da viúva e de seus maridos. Foi uma batalha interessante.
Deixamos o estacionamento limpinho, sem nenhum vestígio de mortos. É isso! "E mais uma vez o dia foi salvo graças As Meninas Super Poderosas."— Então...? Acabou? – Perguntei.
Depois da limpeza, nos encostamos sob o Peugeot e observamos o estacionamento vazio. Ótima hora pra bater um papo.
— Sim, acabou. Não vai ter mais mãos ambulantes, bilhetes esquisitos, nem paqueras virando zumbis! Acabou tudo! – Disse Kat, cruzando os braços. É, eu espero que tenha acabado mesmo.
— Mas Kate, você não acha isso tudo muito estranho...?
— Max, nossa família caça mortos-vivos há gerações... A gente acabou de lutar contra uma viúva cheia de silicone que conseguia invocar seus ex-maridos. Nossa vida sempre vai ser estranha, bebêzinho. – Kate tem razão. A maioria das pessoas vivem e morrem sem saberem que esse tipo de coisa existe, e viver dentro de um filme de horror dos anos 80, faz cada simples aspecto da minha vida ser estranho pra caralho.
Kate esperou o horário das aulas começarem, e partiu assim que o sinal tocou. E eu, já estava praticamente pronto para mais um dia.
Adentrei no prédio da escola, indo até o meu armário para organizar meus livros. Me senti aliviado ao abri-lo, e não me deparar com nenhum bilhete esquisito.
Talvez Kat realmente tenha razão, acabou tudo.
— Urgh... Cérebros... Comer... – Disse Chuck, se aproximando de mim, enquanto fazia uma imitação vergonhosa de um possível morto-vivo.
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❥ 𝐌eu 𝐂oração 𝐏odre.
Paranormal"Morto-vivo", palavra usada para designar seres mitológicos que apesar de já terem perecido fisicamente continuam em meio aos vivos. Enquanto adolescentes normais bebem bebidas alcoólicas, vão a festas nos finais de semana, e dão uns amassos por aí;...