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Eu acordei tossindo que nem um filha da puta.Fiz nebulização,tomei remédio,fiz o caralho a quatro e nada mudou.

Dai a linda ta internada por que pegou a porta de um resfriado.

Uma rola batendo na minha cara!

Não,vadia,não estou exagerando quando digo que eu deveria ficar em uma daquelas bolinhas de hamster.Se bem que existe algo do tipo né?Huuum gastar gastar gastar.

Ou eu posso economizar dinheiro e,simplesmente,aplicar uma injeção letal em dose cavalar,achei uma ótima idéia.

MAS AGORA NÃO.

Antes de morrer eu tenho que perder o cabaço,não quero morrer virgem!

Eu amo a expreção "cabaço",pode ser usada pra tudo,até como xingamento "Oh seu cabaço".Incrível.

Mas voltando o assunto,é incrível como eu conectado vinte coisas ao mesmo tempo.

Em meus planos,eu e Pedro podemos Ficar juntos outras vezes né?Ele tem cara de ter um pauzão,chega.

Mas é foda né!

Nada é por acaso,acho que eu e Pedro estamos pré-destinados e eu sou uma puta emocionada.

Não me chama de puta,sua puta!

Crise existencial foda.

Observo Raquel arrumar meu soro e verificar meus batimentos cardíacos,ela estava com uma expressão duvidosa.

—Seus batimentos estás fracos.—Fala e eu suspiro.

—Vou ter uma parada cardíaca.—Coloco a mão no meu peito,fingindo dor.

—Para de ser idiota,menina!—Me repreende.

Rio dela e a mesma revira os olhos.

Verifica o tubinho que tem de baixo da minha clavícula o da minha barriga,sorri pra mim.

—Vou vir aqui daqui a pouco verificar seus batimentos.—Faço um joinha pra ela.

Só queria que aquele loiro safado estivesse aqui,me sinto tão sozinha nesse quarto.

Ela é carente ela.

Pego meu notebook.Vou comprar uns bagulho,to no tédio.

...

Fiquei horas gastando dinheiro da minha mãe e acabei a mimir.Dai acordei na noite do outro dia,parece até que eu to morta eu hein.

Pego meu celular e vejo algumas mensagens da Daia,mas a ignoro,meus irmãos pedindo se eu melhorei,por que não vem aqui????

Sebosos.

Vejo alguém entrar no meu quarto e logo identifico ser o Pedrinho pvp,salveee.

—Ta parecendo um defunto.—Fala se aproximando.

—Novidade?—Ri de canto.

Dá um bijinho na testa,dou espaço pra ele deitar ao meu lado,deito minha cabeça não seu peito e ele me abraça pela cintura.

—Você tem medo da morte?—Pergunta quebrando o silêncio.

—Não,eu me acostumei em ficar nessas brisa de ta com o pé na cova.—Brinco. —E você,Pedrinho pvp gamer,tem medo do que?

Dá de ombros.

—Perder quem eu amo.—Suspira.

—"Quando você perde alguém que você ama,esse amor e essa pessoa continua vivo,há então uma morte anormal.O nunca mais de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter nunca mais quem morreu.E dói mais fundo,porque se poderia ter, já que está vivo."—Cito uma frase que li em algum livro.

—Que isso hein.—Fala impressionado e eu rio.

—Caio Fernando de Abreu,baby.

Ficamos nos olhando,ambos com sorrisos no rosto.Passa uma mecha do meu cabelo pra trás da minha orelha e segura minha nuca.

CUIDADO PEDRO HENRIQUE,EU POSSO FICAR PELADA AQUI A QUALQUER MOMENTO.

Brincadeira,sou pura de Deus,vivi até meus 15 anos em um convento,servindo ao meu senhor Jesus Cristo...Menos né,beeem menos.

Me beija logo seu gostoso.

Ele leu meus pensamentos,uau.

Começamos uma perfeita trocação de saliva,bem devagarzinho...não vou narrar isso,é nojento,fica na mão da sua imaginação.

Sinto sua mão deslizar até a Tainazinha,faz um leve carinho nela me fazendo soltar um gemido bem baixinho entre os beijos.

Ouço a porta se abrir e afasto Pedro dando tapas no seu ombro.Vejo Raquel na porta.

—Não sabia que tinha namorado,Tainá.—Sorri pra mim.

—Mas nã...—Interrompo ele.

—Meu namorado,isso ai.—Entrelaço nossos dedos mostrando pra ela.

—Tenho minhas dúvidas.—Espreita os olhos.—Levanta dai garoto.—Fala cheia de marra.

Pedro se levanta e pega seu celular.Ta falando com quem?Idiota.

Raquel faz os bagulho...nossa agora eu fiquei paranóica!Certeza que ele mais mil antes que eu,outras opções saudáveis,literalmente.

Eu tenho que largar de ser emocionada,afinal,a gente não tem nada,ainda.

AINDA.

Me aguarde Pedro Henrique Bendia.

Parece idiota ela né?Sem noção.

—Tudo certo,só tem que curar bem esse refriado.—Assinto.

Ela sai do quarto.Olho para Pedro e ele permanece vidrado no seu celular.

—Cof cof né.—Ele me olha com um sorrisinho.

—Desculpa,nem tinha percebido que ela saiu daqui.—Se senta ao meu lado e guarda o celular.

—Vou te tirar o celular.—Brinco fingindo estar brava.

—Mané,ta doidona.—Faço cara de tedio.

Me abraçava pelo pescoço e beija minha testa.

—Vou ter que ir,tão me chamando.—Assinto.

Ele sai do quarto me deixando completamente sozinha.

Vou mandar fazer uma capa com a foto do pk e colocar em um travesseiro de 1,68.Dai ele nunca vai me deixar sozinha.

Pescopata ela.

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