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POA
00:30 pm
Eduardo

Haviam passado algumas semanas desde o pedido de namoro de Pyerre à Giulia. A famigerada e esperada noite de natal de todas as famílias reunidas havia chego. Eu, Matheus e Pyerre combinamos com as meninas de dar uma passada no salão de festas depois, mas passaríamos o natal separados.

Gio me convidou mas eu preferi recusar por estar tudo muito fresco ainda e eu sabia que ela não queria misturar tanto sua família com a minha ainda. Eu conhecia seus pais e ela os meus e já estava bom por enquanto.

A verdade é que nem eu estava pronto para conhecer tanto da família dela e também não via necessidade. Mas nós dois estávamos tranquilos quanto a isso, não queríamos apressar mais nada.

Matheus e Vitória estavam mais amadurecidos depois que Gio fofocou para os pais dos dois tudo o que estava acontecendo. Quando descobriram que seriam avós, obrigaram os dois a agirem como os adultos que eram e se resolver.

Vitória estava deixando Matheus a ajudar, mas não tinha segurança em voltar com ele ainda e tudo bem, ela estava com todo direito de ter medo.

Pyerre e Giulia eram o casal mais normal de todos. Não tinham mentiras, estavam tranquilos, apaixonados e sem problemas. Típicos boiolas.

Mentiras.

Droga.

Eu ainda não tinha tido coragem de falar para Gio o que todos decidiram por ela. Ninguém tinha tido. Tínhamos combinado de não falar, na verdade.

Giordana não havia escolhido sobre fazer ou não a cirurgia para lembrar de tudo corretamente. Ninguem a contou que ela tinha a oportunidade porque sabíamos que poderia escolher fazer e o risco não valeria a pena.

Não mentimos...

Omitimos!

Ouvi o celular vibrar e presumi ser uma mensagem, o peguei de meu bolso.

derrota

Morreu no caminho, corno?

corno?

Pelo menos assim responde né, vai vir ou tá ruim

Tô indo, só estava dando tchau pros meus pais, né?

O embuste vem junto?

Seu namorado?

Meu ex, pai do meu filho*

Vai inferno
Tá na hora de vocês voltarem
Muleque errou mas merece seu amor, pô.

Uau, vc eh meu psicológico desde quando?
Eu não contratei ngm, viado

grosseira, vou buscar os preto de vocês

O Matheus eh um palmito branco


E ele é seu?

Tchau, Pepê.

Bloqueei o telefone, me despedi de minha família e fui em direção ao meu carro. Passei na casa de Matheus Henrique e depois da de Jean. Combinamos de passar o início das férias aqui pelo o aniversário de Gio ser no início do ano, depois viajaríamos juntos.

— Caras, eu não acredito que tudo está bem? — Jean soltou enquanto estávamos a caminho do salão.

— Como assim? — Matheus pergunta.

— As patroas estão tranquilas, ninguém tá com o relacionamento afundado, isso tá estranho.

— Está.... bom? — Completei confuso.

— Exatamente, estranho. — Matheus termina e nós três rimos.

Assim que chegamos no salão, descemos e encontramos as meninas na porta nos esperando. Desejamos feliz natal uns aos outros, cumprimentei os pais delas e nos separamos no meu carro, no de Martín e no de Vitória para que coubessem todos os presentes.

Gio, eu, Vitória, Matheus, Giu, Pyerre, Llyanna, Martin, Gabi e Medina fomos para a orla que estava lotada. Ainda teria uma queima de fogos e estávamos todos dispostos a assistir e terminar a noite ali.

Estranhamente bem e tranquilos.

(...)

POA
23:30 pm
Narrador.

Giordana estava inteiramente concentrada em alcançar as notas na faculdade. Pelo tempo inativa perdeu muito das matérias e mesmo em férias queria colocá-las em dia.

Estava sozinha em casa, os pais estavam viajando a trabalho mais uma vez, mas agora ela não se importava, precisava terminar com aquele conteúdo e não estava preocupada. Não havia convidado nem as meninas, nem Eduardo para não abalar sua concentração.

Viu um e-mail incomum chegar na sua caixa de entrada enquanto pesquisava algo no Google e abriu. E-mail da clinica em que tinha sido internada. Achou estranho, era algum tipo de confirmação automática.

Passando os olhos pelo email entendeu que se tratava de um tipo de confirmação para cancelar qualquer tipo de vontade da família e dela para uma cirurgia de recuperação da memória. Sabia que seu problema era exatamente esse mas não esqueceria de um detalhe tão peculiar.

Sentiu os olhos encherem de lágrimas e só uma coisa passava por sua cabeça naquele momento.

Havia sido enganada.

Pegou o celular em cima da mesa onde estava o computador e discou o número de Vitória.

É pecado acordar gestante de madrugada. — Atendeu sonolenta.

— Você sabia que mentiram para mim? — Perguntou com a voz trêmula.

O que? — Vitória devolveu pasma — Sobre o que? — Engoliu em seco.

— Sobre uma cirurgia para recuperação da minha memória, tu sabia, Vitória? Tu faz medicina, não tem como me mentir.

Gio... Vamos conversar com calma, eu vou até aí...

Desligou no meio da frase. Não queria a presença de ninguém, todos a enganaram e ela não conseguia confiar mais neles, pelo menos não no momento. Precisava chorar e agradecia por estar sozinha e conseguir fazer isso sem interrupções.

Como já havia dito Matheus, tudo dando certo para eles normalmente é confuso.

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Holaaaa mais amores! To aqui pra encerrar essa fanfic, provavelmente terá mais um capítulo e finaleeeee, obrigada a todxs que esperaram e acompanharam, amo vocês.

𝙸𝚗𝚜𝚝𝚊𝚐𝚛𝚊𝚖 | 𝙴.𝙰 (𝙿𝚎𝚙𝚎)⁽ᶠᶦⁿᵃˡᶦᶻᵃᵈᵃ⁾Onde histórias criam vida. Descubra agora