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Eduardo

- Eu conheci vocês porque tu tava fazendo merda, será que agora a gente vai achar outra amiguinha? - Giu solta depois que eu disse que o acidente aconteceu porque eu fiz merda.

- Ia ser uma boa, porque o Jean já arrumou uma namoradinha dai agora ia ter uma pra mim! - Luan brinca e e eu reviro os olhos.

- Meu, vocês tão brincando mas ninguém entendeu que a Gio tá ali dentro porque sofreu um acidente graças a mais uma merda do Eduardo? - Vitória pergunta indignada. Até que demorou pra uma delas querer me socar.

Llyanna levanta devagar, ela era a única que não havia falado nada desde chegaram.
Se aproximou de mim e ficou me olhando, de repente começou a me  estapear e me dar socos que não doíam muito mas expressava bastante de sua raiva.

- Para. - Eu tentava segurar as mãos dela enquanto ela chorava.

- Eu quero te matar, Eduardo. M A T A R! - Engoli seco. Essas meninas estavam sempre querendo me matar. Luan puxou ela para trás e a abraçou.

Ela o abraçou e chorou baixinho enquanto ele passava as mãos no cabelo dela e sussurrava "tudo vai ficar bem, shh".

Eles eram amigos então tudo bem ele fazer isso com ela. Isso não fazia o Martin ser traído porque era só amizade e é esse tipo de coisa que eu não consigo por na minha cabeça.

Eu e Gio começamos do nada e fomos rápido demais com tudo. Acontece que eu era pirado e não entendia que apesar de rápido ela estava apaixonada por mim e eu por ela.

Não era uma foto que ela tá com a mão no ombro de outro homem que me faz corno. Cara, eu sou doente, não é possível.

- Eu te pedi só pra não ser um bosta. - Vitória me olha - E tu continuou sendo um bosta. - Ela concluiu. - E convivência entre vocês que fazem cada dia todos ficarem mais bosta. - Ela diz e vejo Matheus revirar os olhos. Eles estavam distantes.

Estranho.

- Desculpa. - Eu digo baixinho. Não tinha o que eu podia fazer agora. Já tinha errado. Vejo ela negar com a cabeça e por o rosto entre as mãos e os cotovelos nos joelhos.

Engulo seco e me sento ao lado de Matheus. Ele estava na última cadeira da sala de recepção muito sério. 

- Mano, preciso falar contigo, acho que fiz merda. - Ele fala assim que eu sento e solto um riso baixo.

-Quer pedir conselho pra mim? Cara, olha onde estamos! - Eu respondo óbvio e ele revira os olhos. Ele faz sinal para sairmos e assim eu fiz.

Assim que chegamos na porta do hospital ele me olhou sério e depois baixou o olhar. Ele estava mais fodido que eu.

- Descobrir que a Vitória tá grávida e pedi pra ela abortar. - Ele falou tudo muito e eu arregalei os olhos.

- Você o que? - Perguntei para ter certeza.

- Isso que você ouviu.

- Você é um lixo maior que eu. - Conclui.

- O que eu faço? - Pergunta em dúvida.

- Se mata.

- É sério, Pepê. - Ele cruza os braços e eu o encarou sério. - Me ajuda!

- Vou ajudar como? Perguntando se a Vitória deixa eu assumir o filho no teu lugar? Tu é burro, Matheus Henrique? - O olhou indignado e ele encolhe os ombros. - Cara, tu e a Vitória tão bem, ela não é uma encostada e não tá nem ai pro teu dinheiro, ela te ama, vocês tem condições. - Encolho os ombros - Se ela tá bem com isso tu só tem que assumir, não pedir para abortar. - Eu concluo como se fosse óbvio.

- Te coloca no meu lugar, Eduardo. Põe um filho na tua vida agora. - Ele passa a mão nos cabelos.

- Sabe o que eu faria com um filho agora? - Pergunto e ele me olha esperando resposta. - Assumiria, porque também ia ser minha responsabilidade, não mandaria a Giordana abortar porque ia tá com medinho. - lhe as costas e volto para sala de acompanhantes. Não devia bem ter saído de lá.

Fiquei muito bravo com a idéia do Matheus recusar um filho. Ele mesmo que ajuda a fazer e agora quer sair correndo que nem um babaca?

Sento ao lado de Vitória e vejo ela cruzar os braços e emburrar mais ainda o rosto.

- Você... tá bem? - Pergunto um pouco preocupado. Qual é? Ela precisa do apoio de alguém, nem que não seja o do Matheus.

- Sim, tô ótima, minha melhor amiga acabou de ser atropelada, eu tô grávida e meu namorado não me apoiar e... - Ela faz uma pausa. - Droga, eu sou muito burra!

- Eu já sabia. - Dou de ombros. - Sei lá, qualquer coisa que precisar, eu tô aqui, ok? - Sorrio e ela sorri de volta.

- Af, eu te odeio, cara! - Ela me abraça. Estávamos de bem novamente. Ufa!

- Acompanhantes de Giordana Brown? - Uma senhora pergunta e todos fazemos algum sinal.

𝙸𝚗𝚜𝚝𝚊𝚐𝚛𝚊𝚖 | 𝙴.𝙰 (𝙿𝚎𝚙𝚎)⁽ᶠᶦⁿᵃˡᶦᶻᵃᵈᵃ⁾Onde histórias criam vida. Descubra agora