A Confusão - Livro 1 | Off Campus (COMPLETO)

Capítulo 16

DYLAN

Enquanto eu estava pensando a melhor maneira de fazer tudo que ela pediu na lista, Julie estava bem impaciente no volante, ela batucava no volante como se fosse um tambor, se eu não estivesse totalmente calmo, eu já estaria bem nervoso – sério, ela não parava de bater o dedo no volante, e nem era no ritmo da música do rádio, que adivinha, era Zayn Malik, zero surpresa. Olhei bem para ela, Julie é tão linda quando está nervosa e ansiosa, ela fica mordendo os lábios inferiores a cada dez segundos, e eu acho sexy, porque me lembra de quando eu a beijava e mordia o lábio dela – porra que saudades da boca dela contra a minha, de pegar na bunda dele.

— Ok, agora eu tô ficando nervoso – falei segurando a mão dela, finalmente ela não estava mais batucando. Segurando a mão dela, eu comecei a imaginar nós dois andando pelo campus da Briar de mãos dadas. — O que foi? – perguntei preocupado, Julie não era muito de demonstrar nervosismo.

— Tem certeza que essa lista não vai te atrapalhar? – franzi o cenho, confuso. — Nos jogos, na faculdade, na terapia, no CACC, não vai te atrapalhar? – eu achei fofo, Julie estava preocupada comigo. — Não quero te deixar com mais tarefas – ela suspirou baixinho, tão fofinha. Eu comecei a rir. — Porque você tá rindo idiota?

— Você tá preocupada comigo – apertei as bochechas dela.

— Tô nada – Julie deu um tapa bem forte nas minhas mãos, cara eu tinha esquecido de como a mão dela doía. — Eu não vou me preocupar com você, você já é bem adulto – ela revirou os olhos, mas eu não conseguia tirar o sorriso enorme do meu rosto. Julie estava preocupada comigo, e minha mãe sempre diz que quando alguém se preocupa, quer dizer que ela se importa. Julie se importa comigo. Estou no céu, tenho certeza.

— Ah, mas você se importa comigo sim – sorri, ela provavelmente definiria meu sorriso como arrogante, e eu nesse momento também acho meu sorriso bem arrogante, não é todo dia que a garota da sua vida se preocupa com você. — E se importa muito – enfatizei o muito.

— Ai que ódio – Julie bufou, não sei porque ela estava se fazendo de difícil. — Eu não posso gostar de você – ela disse, e não posso dizer que não, mas me afetou um pouco o que ela disse.

— Porque? – perguntei meio receoso.

— O motivo? – ela riu, sem humor. — Você me fez chorar por uns quatro dias! Seguidos! – eu não podia me sentir pior, a dor na voz de Julie era evidente, e eu não a culpo, fui um babaca com ela. Os olhos de Julie estavam marejados, e eu não quero ser o motivo dela chorar de novo. — Só o Nico me animava – ela disse, triste. E triste eu também estava ficando, me dói saber que fui motivo do choro de Julie, quero ser o motivo de outros sentimentos, bons sentimentos. — E aqui estou eu… – riu de novo, sarcástica. — Dando uma outra chance pra você.

— Uma chance que não vou estragar – assegurei a ela, olhei no fundo dos olhos de Julie, ela precisava ver que eu estava falando com bastante certeza, e em todos os meus planos, eu estou com Julie, não separado de Julie. — Te prometo – juntei nossas mãos, e fiz um carinho circular na palma de sua mão. Então ela riu. O riso mais lindo de todos. — O que foi?

— Nada – só que ela continuou rindo, e cada vez que eu fazia mais carinho na palma da mão dela, ela ria mais. 

— Ok, o que foi? – perguntei confuso, arqueei as sobrancelhas, mas Julie não conseguia me responder, ela estava morrendo de rir. — O que é? – perguntei com um pouco de raiva, eu também queria saber o motivo da piada e rir junto.

— É que – ela enxugou o canto dos olhos e voltou a rir. — O Lucas me disse – a cada frase ela começava a rir mais ainda. — Que isso – então ela fez o mesmo carinho circular na palma da minha mão. — É quando alguém quer – ela continuou rindo. — Transar com você – então eu sorri, eu não sabia desse significado, mas agora vou fazer questão de usar sempre com ela.