Capítulo 12

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DYLAN

Dez horas da manhã, eu já estou desperto, todas partes do meu corpo, especialmente meu amigo de baixo, a culpa era toda de Julie. Ela não ficava quieta de noite, Julie tinha dormido sem sutiã e só de calcinha, ela sempre ficava mudando de posição, e toda posição aumentava o contato com meu pênis – quando ela pediu para eu ficar de conchinha, eu achei que ia ser super de boas, mas porra, a calcinha dela era minúscula e ainda de renda. Eu precisei ser muito forte durante a noite toda, tinha momentos que eu até pensei em implorar para ela transar comigo, mas eu não queria acelerar as coisas e deixar ela desconfortável.

Julie estava totalmente abraçada em mim, o moletom dela não era tão grosso – e deveria ser grosso, principalmente quando está dormindo sem sutiã – ou seja, eu posso sentir os mamilos dela na minha pele, e cara, eu só posso estar numa seca enorme, ou essa garota é a mais excitante e gostosa de todos – acredito fielmente na segunda opção. Além disso, as pernas dela ainda estavam enroladas na minha, e querendo ou não, acabava que meu pênis recebia uns carinhos involuntários – muito autocontrole. Me desvencilhei dela, me levantei calmamente, eu estava duro feito uma pedra. Comecei a pensar em coisas aleatórias. Roda gigante. Urso de pelúcia. Bunda da Julie. Porra cérebro de merda. 

Comecei a andar pelo quarto de Julie, era muito organizado, organizado demais. A cor das paredes azul pastel, era um tom interessante e diferente se você não fosse um bebê recém nascido. Os móveis dela eram de diversas cores, que iam do branco até amarelo, e eu gosto muito da diferença de cores – a prateleira de livros da cor laranja é tudo. Continuei vagando pelo quarto, me aproximei da escrivaninha dela, muitos textos, muitos post-its e marca textos, tinha papéis que estavam quase todos marcados. Do lado esquerdo do quarto, tinha um armário enorme na cor amarela e branca, havia um post-it grudado nele – estou começando a pensar que ela tem alguma obsessão por post-its. "Não abra, são minhas tralhas" era o que dizia. Eu não deveria abrir, certo? Mas sou um curioso nato.

— Lucas corta menor! – escutei Somin gritar, o susto me fez a começar pensar no que eu estava fazendo, invadindo a privacidade de Julie, não era certo. 

— Eu tô tentando! Mas Deus não me fez pra cozinha! – Lucas argumentou gritando. Olhei para Julie, ela ainda estava dormindo, como ela conseguia dormir assim? Os gritos de Somin e Lucas eram bem estridentes. — Somin para de me olhar assim – Lucas parecia realmente chateado de não conseguir cortar do tamanho certo.

— Então corta certo! – a Somin calma e quieta que eu conhecia, parecia não ser a mesma quando estava cozinhando. Eu precisava ver isso, saí do quarto de Julie até a cozinha. — Lucas! – Somin esbravejou, ela pegou a faca da mão de Lucas e começou a cortar a salsicha. — É assim! – Somin é assustadora quando está na cozinha.

— Pois corta tu então – Lucas cruzou os braços emburrado. — Vou cortar os pães – ele foi em direção a umas cinco sacolas de pães pequenos. Eles iam comer tudo isso? Ou sabiam que eu estava aqui? — A gente comprou muito pão para três pessoas – caralho, cinco sacolas para apenas três pessoas. — Bem que a Julie podia chamar Dylan e os amigos dele pra comerem aqui – Lucas falou. — Jogadores de hóquei comem feito condenados – e nós realmente comemos muito, precisamos nos manter nutridos, mas pelo que eu estou vendo, não tem muita diferença entre a quantidade que eu e os meninos comemos, e o que Julie e os amigos comem.

— Como deve ter sido o encontro deles? – Somin estava bem mais calma. Perfeito, essa era a única palavra que eu conseguia caracterizar o encontro. A noite de ontem foi perfeita, todo segundo, todo minuto. Com certeza era por causa da presença de Julie. Quando eu estou com Julie é tudo diferente, eu me sinto tão bem perto dela. Caralho, eu estou virando cadelinha dessa garota, em palavras delas.

A Confusão - Livro 1 | Off Campus (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora