.𝟐𝟕.

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— No que está pensando? — perguntou ele, a voz ainda áspera. Eu só sacudi a cabeça, sem saber se conseguiria falar. Podia sentir o olhar dele em meu rosto, mas mantive os olhos na estrada. — Está chorando?

Ele pareceu apavorado. Eu não havia percebido que a umidade em meus olhos tinha transbordado. Rapidamente esfreguei a mão no rosto e é claro que as lágrimas traiçoeiras estavam ali, entregando-me.

— Não — eu disse, mas minha voz falhava. Eu o vi estender a mão direita para mim, hesitante, mas depois ele parou e a recolocou devagar no volante.

— Desculpe. — Sua voz ardia de arrependimento. Eu sabia que ele não estava se desculpando só pelas palavras que me entristeceram. A escuridão deslizava por nós em silêncio. — Diga uma coisa — pediu ele depois de outro minuto, e pude ouvir que ele lutava para usar um tom mais leve.

— Sim?

— O que estava pensando hoje à noite, pouco antes de eu aparecer na esquina? Não consegui entender a sua expressão... Você não parecia tão assustado, parecia que estava se concentrando muito em alguma coisa.

— Tentava me lembrar de como incapacitar um agressor... Sabe como é, defesa pessoal. Eu ia esmagar o nariz dele com uma cabeçada — Pensei no homem de cabelo escuro com um surto de ódio.

— Você ia lutar com eles? — Isto o aborreceu. — Não pensou em correr?

— Um deles estava armados. — admiti.

— E gritar por ajuda?

— Eu ia chegar a essa parte, mas tinha uma mulher que deveria estar com uma faca ou algo assim.

Ele sacudiu a cabeça.

— Você tem razão... Definitivamente estou lutando contra o destino ao tentar manter você vivo.

Eu suspirei. Estávamos reduzindo, passando pelos limites de Forks. Levou menos de vinte minutos.

— Vou ver você amanhã? — perguntei.

— Vai... Também tenho que entregar um trabalho. — Ele sorriu.

— Vou guardar um lugar para você no refeitório.

Era uma idiotice, depois de tudo pelo que passamos esta noite, que essa pequena promessa tenha feito meu estômago palpitar e me deixado incapaz de falar. Estávamos diante da casa de Charlie. As luzes estavam acesas, minha picape no lugar dela, tudo completamente normal. Era como acordar de um sonho. Ele parou o carro, mas eu não me mexi.

— Promete estar lá amanhã?

— Prometo.

Considerei isso por um momento, depois assenti. Olhei pro mesmo, e ousei tocar em seu rosto.

— Eu te odeio Park Jimin — Disse me lembrando de quem estávamos falando.

— Eu sei que sim... eu também me odeio por isso... — Ele sorriu.

Eu me afastei dele, e coloquei minha mão na maçaneta da porta, tentando prolongar o momento.

— Tae? — perguntou ele num tom diferente, sério, mas hesitante.

— Sim? — Eu me virei para ele ansioso demais.

— Me promete uma coisa?

— Prometo — eu disse, e de imediato me arrependi de minha aquiescência incondicional. E se ele me pedisse para ficar longe dele? Eu não ia poder manter a promessa.

— Não vá à floresta sozinho.

— Por quê?

Ele franziu o cenho, e seus olhos estavam semicerrados ao fitar pela janela.

— Nem sempre eu sou a coisa mais perigosa por lá.

Estremeci um pouco com a súbita frieza na voz dele, mas fiquei aliviado. Pelo menos esta era uma promessa fácil de honrar.

— Como quiser.

— A gente se vê amanhã — ele suspirou, e eu sabia que agora ele queria que eu saísse.

— Amanhã, então. — Abri a porta do carro sem vontade nenhuma.

— Tae-ah? — Eu me virei e ele se inclinou para mim, o rosto pálido e glorioso a centímetros do meu. Meu coração parou de bater. — Durma bem — disse.

Seu hálito soprou em minha face, estonteando-me. Pisquei, completamente tonto. Ele se afastou. Fui incapaz de me mexer até que meu cérebro de algum modo se regularizou. Depois saí do carro desajeitado, apoiando-me.

Pensei ter ouvido Jimin rir, mas o som era baixo demais para que eu tivesse certeza. Ele esperou até que eu cambaleasse para a porta da frente e depois ouvi o motor acelerar baixinho. Eu me virei e vi o carro prata desaparecer na esquina. Percebi que estava muito frio. Peguei a chave mecanicamente, destranquei a porta e entrei.

Charlie chamou da sala de estar.

— Tae? — chamou meu pai da sala.

— É, pai, sou eu. — Tranquei a porta e fui até lá para vê-lo. Ele estava no sofá favorito, com um jogo de basquete na TV .

— O filme acabou cedo?

— Está cedo? — Parecia que eu tinha ficado dias com ele... ou talvez só alguns segundos. Não tempo suficiente.

— Ainda não são nem oito horas — disse ele. — O filme foi bom?

— Hã, não muito, na verdade.

— Está tudo bem? Você está meio pálido.

— Estou é?

— Acho que sim.

Na verdade, minha cabeça estava girando, e eu ainda estava com frio, apesar de saber que a sala estava quente. Não seria a minha cara acabar entrando em choque? Controle-se puta.

— Eu, hã, não dormi muito bem ontem — falei para Charlie. — Acho que vou cair na cama cedo.

— Boa noite, garoto.

Subi a escada devagar, um estupor pesado nublando minha mente. Eu não tinha motivo para estar tão exausto e nem com tanto frio. Escovei os dentes e joguei água quente no rosto; isso me fez tremer. Não me dei nem ao trabalho de mudar de roupa, só tirei os sapatos e subi na cama de roupa, a segunda vez em uma semana. Enrolei-me no cobertor e lutei contra uma série de pequenos tremores.

Minha mente girava como se eu estivesse tonto. Estava cheia de impressões e imagens, algumas que eu queria ver melhor, algumas que não queria recordar. A estrada passando rápido demais, a luz amarela e fraca do restaurante cintilando no cabelo rosa dele, a forma dos lábios quando ele sorria... quando franzia a testa...

Os olhos de Jared se esbugalhando, os faróis vindo na minha direção, a arma apontada para o meu rosto enquanto o suor frio cobria minha testa. Minha cama tremeu junto comigo. Não, havia coisas demais que eu queria lembrar, queria cimentar na mente, para perder tempo com as coisas desagradáveis.

Imaginei o rosto dele, cada ângulo, cada expressão, cada humor. Eu tinha certeza de algumas coisas. Primeiro, Jimin era um vampiro de verdade. Segundo, havia uma parte dele que me via como alimento. — Não estou totalmente Ok com isso, mas vida que segue. — Mas, no final, nada disso importava mais. Terceiro nem por isso menos importante, é que eu estava perdidamente e irrogavelmente apaixonado por Park Jimin.





𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨:

Finalmente né, um pouco do fogo no cu dessas gays acabou kkkkk.
Sim 27 capítulos pro Taehyung aceitar que ele estava apaixonado pela POC do Jimin.
Demorou bastantinho, eu sei, e ainda nem tivemos o primeiro beijos deles que vai ser olha 10/10.

Agora eu queria saber, no livro crepúsculo não tem cena de sexo, vocês querem que eu mantenha isso... Ou eu inclua uma cena de nessa versão. #Comentem...

Gente eu fiz um twitter me sigam lá @heylozy  e comentem sobre a fanfic com a #TwilightVminVersion quero ver se esse rolê realmente funciona kkkk.

Obrigado pelo carinho...

𝐓𝐰𝐢𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 | 𝐕𝐦𝐢𝐧 𝐕𝐞𝐫𝐬𝐢𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora