Capitulo Onze

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CAPÍTULO ONZE

PARTE UM:

Benjamin Scott POV

Ouvi o barulho do despertador, me remexi na cama e senti um corpo pesado pulando em cima de mim para desligar o barulho. Abri meus olhos e dei de cara com o couro cabeludo de Ayla. Ela estava deitada em meu peito, com a respiração tranquila e vestida apenas com uma calcinha de renda.

Finalmente deixou de ser sonho. Realmente acordei do lado da mulher mais gostosa do mundo.

— Não podemos enrolar mais um pouco? — ela resmungou, escondendo o rosto no meu pescoço.

— Infelizmente não, temos que ir agora se não vamos nos atrasar para o jantar dos meus avós.

Ayla resmungou alguns palavrões antes de levantar da cama e se espreguiçar. Abri um sorriso admirando a beldade que era aquela mulher. Os cabelos escuros estavam bagunçados e o rosto amassado, com os olhos inchados de sono. Poderia fazer uma escultura dela assim.

— Está tudo pronto já? — perguntou indo em direção ao banheiro.

— Sim, as malas estão no carro.

Meus avós decidiram fazer um jantar, aproveitar que era feriado. Eu, os meninos e Ayla – que foi intimada pelos pais dela a ir – decidimos passar uns dias por lá. Não iríamos contar a ninguém ainda que estávamos saindo, muito menos que estávamos tendo um caso, seria loucura disparar isso. Com certeza viraria fofoca e a última coisa que queremos é olho gordo em cima do nosso relacionamento.

Dois meses ficando com Ayla eu tinha certeza de tudo que queria para a minha vida. Nunca tive uma mulher que me apoiasse tanto, me desse tanto prazer e topasse tudo. Nossa relação foi muito além do sexo, felizmente. Ela me acompanhava em festas da empresa onde eu estava estagiando e todos babavam a mulher linda que estava ao meu lado. Porra, como eu era um cara sortudo pra caralho.

Ayla saiu do banho com uma toalha enrolada no corpo. Seria o momento perfeito para jogá-la na minha cama e foder até não poder mais, mas tínhamos hora. Fui em direção ao banheiro para me arrumar.

Desde que terminei meu noivado com Sabrina, achei impossível achar alguém que me fizesse bem como ela fazia. Fui apaixonado por ela anos, quando a pedi em casamento tinha certeza de que queria passar o resto da minha vida ao seu lado. Sempre fui muito romântico, sempre quiser achar amor e amar de verdade. Mas ela acabou com a visão positiva sobre acreditar realmente em alguém.

Até que dei de cara com Ayla. No início era apenas um sexo gostoso para me satisfazer e ela deixava claro que também queria apenas isso, sem compromisso e sem obrigações. Parecia algo bom para os dois. Mas depois de um tempo, vi que não desejava mais ninguém, que só pensava nela e que ela era a única mulher que me deixava excitado. A morena foi me conquistando aos poucos sem nem perceber e me ganhou com facilidade.

Vesti uma roupa fresca para dirigir horas ouvindo a playlist de Ayla e a ouvindo falar sobre tudo o que passasse na mente dela. Desci as escadas vendo a morena ajeitando o cabelo em frente ao espelho.

— Podemos passar em algum drive para comprar um café da manhã, o que acha? — perguntou.

— Acho perfeito.

Estranhamente me entendia muito bem com ela. Sempre conseguíamos entrar num acordo e não tinha nenhuma discussão, claro que o fato de não estabelecer uma relação tipo "somos amigos" "somos namorados" "somos ficantes" ajudava muito. Éramos apenas Ayla e Benjamin e isso dava certo.

Saímos em direção a casa dos nossos pais. Era umas três horas de viagem, mas eu juro por tudo que é mais sagrado, passou voando enquanto estava com Ayla. Vez ou outra me pegava fitando-a com certa admiração. Puta que pariu, tá acontecendo de novo.

Amor em chamas || Original Onde histórias criam vida. Descubra agora