Capítulo 5 - Douma

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Capítulo 5

Escuto a campainha tocar pela décima vezes nessa manhã.

- Já vou! - grito calçando os chinelos. Pego meu roupão e me enrolo nele, indo até a porta, quando abro, tenho uma surpresa. - Douma?

- Olá, minha borboleta. - pega minha mão esquerda e deposita um beijo nela. - Sentiu saudades? - fico sem saber o que falar. Douma me puxa pela cintura e cola nossos lábios, eu, sem saber o que fazer, resolvo retribuir. Suas mãos param sobre o meu bumbum, o que me deixa completamente vermelha.

- Douma, calma aí. - me afasto dele. - Você sabe que eu não gosto disso.

- Você continua tão pura e inocente. - puxa meu corpo novamente, bate a porta e entramos. - O que acha de matarmos a saudade?

- Espera, espera. Ei! - caio no sofá e ele se joga em cima de mim. - Você é pesado!

- Como é linda. - toca meu rosto, fazendo carinho. - Deve ficar mais linda ainda sem roupas... - tenta abrir o meu roupão, mas eu sou mais rápida e pego sua mão, dando uma mordida dolorosa. - Shinobu!

- Só depois do casamento, querido. - jogo ele no chão. Fico sentada no sofá, o encarando. - Antes de tudo, não acha que eu mereço um pedido de desculpas?

- Desculpas? Pelo o quê?

- Você sumiu nesses últimos dias, não me deu notícia, nem mandou uma mensagem sequer. Isso é muito estranho. O que ficou fazendo todo esse tempo?

- Fiquei pensando em nós dois, em como estamos brigando por nada ultimamente. Também pensei em quanto você é insegura para dar o próximo passo no nosso relacionamento, por isso…

- Então a culpa é minha?! - digo indignada. - Não sei se sabe, Douma, mas não tem nada de errado em não querer transar com o seu namorado com apenas dois meses de namoro.

- Você é tão certinha. - se senta no sofá. - Tem que liberar essa tesão presa em você. Vamos, vai ser divertido. - tenta me beijar, mas eu me afasto. - Shinobu, não pode fugir de mim pra sempre.

- Não estou fugindo, só não estou querendo fazer sexo. Deu pra entender? - começo a elevar um pouco a voz.

- Ok, Shinobu. Vou tentar entender esse seu problema, porque eu te amo. - com essa frase, meu coração se derrete.

- Obrigada por entender, amor. Agora eu preciso me trocar e tomar café, tenho uma aula para encarar. - levanto e vou até o quarto, com ele me seguida por ele. - Douma, sai do meu quarto. - ele se joga na cama.

- Por quê?

- Porque eu vou me trocar. Então, sai.

- Nem pensar. Sua cama é muito macia.

- Droga. - pego minha roupa e vou para o banheiro, para me trocar. Tranco a porta para garantir que esse tarado não vai vir atrás de mim.

Não gosto de como o Douma me pressiona para fazer sexo. Sexo para mim é uma coisa íntima e muito importante, que eu só vou fazer com a pessoa que eu mais confiar. Atualmente eu não confio o suficiente no meu namorado para que possamos fazer, mas sei que um dia vou estar pronta e vamos nos amar. Também sei que ele vai me esperar até esse dia chegar.

Já pronta, saio do banheiro. A campainha toca. Mais uma pessoa? Só falta ser a Kanae que não conseguiu ficar dois dias sem mim.

Quando abro a porta, vejo três figuras paradas me olhando.

- Bom dia! - Isao diz sorrindo.

- Opa, bom dia, pessoal. - acaricio os cabelos dele. Sayuri está usando uma saia vermelha e uma camisa de botões brancas, por cima, um casaco preto. Sua cara está coberta de pó branco e muito lápis de olho. - Vocês precisam de algo?

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