Capítulo 18 - Eu amo vocês

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Oie!

Demorou, mas estou aqui ksksks

Boa leitura!

Lembrando que esse é o penúltimo capítulo!!!

....

Capítulo 18

 Tomioka Giyuu

 No carro, estou tenso. Parece que meu coração vai explodir em agonia. É como se fosse meu dever salvá-la. Todos estão contando comigo para trazer Shinobu de volta. Eu… Eu não posso falhar.

Seguimos com o carro para fora da cidade, até que encontramos uma estrada abandonada. 

— Sabito, onde será que dá isso? — pergunto para ele, que esta no banco de trás. O policial é que está dirigindo ao meu lado.

— Não sei, nunca vim pra tão longe da cidade. Delegado, o rastreador mostra que é por aqui? — assente. Continuamos pela estrada antiga. Passamos por algumas casas velhas e estranhas, com muitas rachaduras e limo crescendo por toda parte.

 Escutamos o barulho de um tiro, que nos assusta. Vem de mais ao fundo. Descemos do carro e caminhamos em silêncio até de onde vem o barulho. Um arrepio passa pela minha coluna. 

— Tomioka, não fique tão tenso, eu conheço a minha cunhada. Ela não deixaria eles acabarem com ela tão fácil. — murmurou Sanemi.

 Nos escondemos atrás de um muro para ficar vigiando o local. Meu corpo ferve quando vejo a Sakura caminhando do lado de fora. Minha vontade é de partir para cima dela, mas algo nela me assusta: está com as mãos sujas de sangue. 

 Os outros policiais começam a cercar a casa e quando eles menos esperam, conseguimos agarrar a Sakura, que não consegue gritar a tempo. Arrastamos ela para longe da casa.

— Fala, sua biscate, cadê a Shinobu? — Ela dá um sorriso inocente. Minha vontade é de socar seu rosto. 

— Nem adianta procurar mais, ela já era. — arregalo meus olhos. Com raiva, a puxo pelo colarinho da camiseta, que só então noto sangue nela.

— Vocês mataram ela? — pergunta Sabito. 

— Precisamos invadir lá o mais rápido possível! — diz o policial. Antes de tudo, ele amarram Sakura com uma corda grossa e a prendem no carro. Um dos policiais fica com ela para garantir que ela não fuja.

 Quando os policiais vão invadir a casa, nos impedem de ir junto. 

— Eu preciso ajudar! — digo quase desesperado.

— Vai ser melhor se você e seus amigos ficarem aqui. Nós já voltamos. Vai dar tudo certo.

 Depois tudo acontece muito rápido.

 Os policiais invadem a casa e posso ouvir tiros, mas então, consigo ver o loiro correr pelo fundo da casa com um corpo nos braços. Consigo reconhecer os cabelos do corpo.

— Shinobu! — corro atrás dele, deixando todo mundo de lado. Nunca corri tanto na minha vida. Chegamos em uma cachoeira.

— Olá, Giyuu. — sorri para mim. Ele está bem na ponta do penhasco, pode cair na cachoeira a qualquer momento. — Veio me visitar?

— Sem piadas, Douma. — noto o corpo ensanguentado da Shinobu. — O que fizeram com ela? — nunca senti tanto ódio na vida.

— Um tiro no ombro, apenas. Mas ela já perdeu tanto sangue, coitadinha. Se ela caísse dessa cachoeira, com certeza morreria.

— Você está insinuando jogar ela daí? Você não pode ser tão louco.

— Ah, eu sou, querido. Mas vou te dar uma chance de salvar ela. Tomioka, se jogue daqui e eu deixo a Shinobu no chão e fujo. Ninguém mais irá machucar ela.

— Como se eu pudesse confiar em você. 

— Ok. Você fez sua escolha. Um! — me deu as costas, caminhando até a ponta da cachoeira. — Dois! E…

— Espera! — grito desesperado. — Eu pulo no lugar dela! Só não a machuque, por favor.

— Se jogue, playboy. — trocamos de lugar. Olho para baixo. Há muitas pedras lá, se eu bater a cabeça será o fim. Mas se a Shinobu cair daqui, ela com certeza vai morrer.

— Giyuu! — vejo os policiais correndo na nossa direção. Eu apenas sorrio para o meu irmão.

— Diga a Shinobu que nunca amei alguém como ela. — então eu me jogo da cachoeira.

 …

 Shinobu Kocho

 Quando abro meus olhos, há um teto branco. Olho para os lados, vendo a Kanae.

— Você acordou! — Ela sorri e me abraça. Dou um gemido de dor. — Fiquei tão preocupada, minha irmãzinha.

— Você… tá me machucando… — respiro com dificuldade. 

— Desculpa! — se afasta. Faz carinho nos meus cabelos. — Isso foi tão assustador.

— O que aconteceu? 

— Você não se lembra? O Douma e a Sakura te sequestraram e te deram um tiro. Foi no ombro, mas poderia ter sido em um lugar mais fatal. Eu não sei o que faria se você tivesse morrido.

— Hum… Eu tô bem, eu acho. Quando posso ver o Giyuu? 

 Sua cara se contorce, o que me assusta. Forço-me a sentar. A porta do quarto de hospital é aberto e Sayuri junto de Isao aparecem.

— Mãe! — gritam juntos, chorando. Sayuri me abraça enquanto Isao agarra minhas pernas.

— O que… está acontecendo? — estou muito confusa. 

— O papai caiu daquela cachoeira e… e… — Isao não consegue terminar a frase, o que me faz pensar no pior.

— Não… não me diga que ele morreu?! — Sayuri me aperta mais.

— Não conseguiram achar ele ainda. Faz três dias… os policiais disseram que não há muita esperança. — diz Kanae, segurando minha mão. — Mas não é impossível.

— Isso é tudo culpa da minha mãe! — Isao grita. — Ela é um monstro!

— Maninho. — abraça o irmão. — Nosso pai vai aparecer, acredite nisso.

 Eu respiro profundamente, deixando minhas lágrimas caírem. Puxo as duas crianças para mim, dando um abraço apertado.

— Quem vai cuidar da gente se o papai morrer?

— Não diga que ele vai morrer! Ele vai ficar bem, Isao! — digo nervosa. — Eu vou cuidar de vocês até ele aparecer. Vamos ser uma família feliz, como desejamos, ok? Eu amo vocês, crianças.

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