Capítulo 7 - Babá

3.3K 298 346
                                    

Próximo andar: se apaixonar

Capítulo 7

Assim que chego da faculdade, a primeira coisa que vejo, são os Tomioka's descendo do carro. Sayuri olha para o celular e me ignora, já o Isao pula para me dar um abraço.

- Vai ser tão legal te ter como babá! - pega minha mão. - Você vai brincar comigo?

- Claro que sim. Vamos nos divertir muito.

- Shinobu, você acha mesmo que dá conta? - Tomioka pergunta chegando perto de mim. Olho bem para os dois. Eu dou conta?

- Não custa tentar, não é mesmo? - encolho os ombros.

- Então, ok. Boa sorte. Preciso voltar ao trabalho. Ah, a cozinheira está de atestado por duas semanas, pode pedir comida com o cartão que deixei na mesa. - não espera minha resposta, volta para o carro e sai. Se fosse tão gentil quanto é lindo…

Subo para o apartamento deles com a mochila nas costas.

- O que querem comer? - pergunto deixando minha mochila em cima do sofá de couro.

- Não tô com fome. Vou pro meu quarto, não me incomodem ou eu lhes jogo pela janela. - Vai até seu quarto e bate a porta. Suspiro. A Sayuri é uma menina bem complicada.

Mas vamos lá.

Tudo está tranquilo por aqui. Isao está assistindo televisão na sala, enquanto eu olho o caderno de atividades dele. Ele acabou de fazer a lição de casa, então deixei-o assistir um pouco de televisão. Eu também já deixei a louça lavada e estudei um pouco pelos meus resumos que deixo feito. Amanhã tenho prova e preciso ter aprendido toda essa matéria.

Vejo Sayuri andar até a cozinha e pegar um copo de água. Ela toca sua barriga e geme de dor.

- Sayuri, está tudo bem? - me levanto e vou até ela.

- Importa? - guarda o copo.

- Você me parece com dor. Quer algum remédio? - ela fica quieta. Faz careta de dor e abraça a barriga. - Ah, eu entendi. Senta aqui. - aponto para o sofá. Ela recua, mas logo se senta.

Pego uma garrafinha de água pequena e coloco água quente. Enrolo em um guardanapo e levo até Sayuri.

- O que eu faço com isso? - me agacho ao seu lado.

- O calor dominoi as cólicas menstruais, relaxa o corpo também. Coloca onde está doendo, vai ajudar. - parece surpresa.

- Como você sabe que eu estou…

- Eu sou mulher também, Sayuri. - levo a mão até seu cabelo e tiro uma de suas mechas negras da frente dos olhos. - Você sente muitas cólicas?

- Eu… sim. - desvia o olhar. - Eu falo para o meu pai, mas ele acha que é frescura. E também nunca tem um remédio bom para dor aqui.

- Seu pai é homem, não é nenhuma novidade ele não entender. Faz muito tempo que você virou mocinha? - me sento ao seu lado.

- Três meses.

- Faz sentido já que você não possui seios grandes ainda… - digo sem pensar, isso faz ela ficar vermelha de raiva. - Calma, não é como se eu não tivesse passado por isso. Eu também não tive seios por boa parte da adolescência, só quando fiz dezessete que, bem… - aponto para meus peitos. - Eles cresceram.

- Você é tão sortuda. - suspira. - Eles são enormes. Você também tem bunda, os homens devem ser doidos por você. - joga a cabeça no sofá e bufa.

- Não vou mentir, eu chamava um pouco de atenção de mais antes e isso me incomodava, alguns olhares são nojentos. Mas agora que namoro, só ligo para o olhar do meu namorado. - quando percebo que estou entrando num assunto muito íntimo, fico quieta.

- Shinobu, é legal ter namorado? - pergunta enquanto eu coloco a garrafinha perto do ventre dela.

- Por que quer saber?

- É que… tem um menino… Esquece, eu não vou falar disso com você. - desvia o olhar.

- Hum… então já está pensando em namorado. Qual o nome dele? - pergunto curiosa. O rosto branquelo de Sayuri fica rosado.

- Zenitsu… ele é um nerd, mas que dá em cima de muitas meninas. Ele já deu em cima de mim, até pediu pra ficar…

- Oh, que interessante. Você ficou com ele? - balança a cabeça para os lados freneticamente. - Não quis?

- A minha amiga gosta dele também, então eu não tive coragem de beijá-lo.

- Faz sentido. Mas isso não muda o fato de que você sente algo por ele. - encolhe os ombros. - Você já deu o seu primeiro beijo?

- Eu…

- Já? - Sayuri e eu gritamos de susto quando Isao se mostra escutando nossa conversa. - Estou curioso, mana. Conta tudo.

- Para de ser chato, Isao! - tenta se levantar, mas faz careta de dor. - Se eu não estivesse como estou, eu…

- Sem brigas, crianças. Vamos nos distrair juntos. O que acham de fazermos um bolo de chocolate? - os dois assente. Sussurro no ouvido da Sayuri: - Meu remédio especial para tpm.

- Valeu…

Enquanto fazemos o bolo, nos sujamos todos de farinha e de chocolate em pó, mas não nos importamos, é até divertido. Assim que colocamos para assar, começamos a preparar uma cobertura de calda de chocolate.

- Shinobu, o que é isso? - pergunta Sayuri com minhas fichas de papel, onde faço meus resumos.

- É o que eu uso para estudar. Amanhã tenho uma prova importante, então tenho que saber tudo isso.

- Mas são muitas fichas… e são tão bonitas, bem decoradas.

- Assim fica mais fácil de decorar a matéria.

- Você faz faculdade de que? - É Isao quem pergunta.

- Medicina.

- Que legal! Você pode cuidar de todo mundo, isso é muito legal. - enquanto ele fala, Tiro o bolo do forno e espero ele esfriar para tirar da forma e jogar a cobertura. Coloco o bolo na mesa. - Ficou com uma cara boa!

- Sayuri, pegue os pratos para mim. Isao, pegue a garrafa de suco. Eu vou pegar os copos. - com cada um fazendo sua função, logo estamos sentados juntos na mesa comendo o bolo. - Uau, e não é que ficou bom?

- Está gostoso. - diz Sayuri. - Você devia virar nossa cozinheira e babá, seria bem melhor.

- Então você quer isso, pequena? - sorrio de lado.

- Não quero. É questão de necessidade. Não estou afim de passar fome e aguentar esse pestinha sozinha.

- Entendo. Se você diz. - dou risada. Quando vou beber o suco, acabo me atrapalhando e molho minha camiseta inteira. - Droga. - resmungo.

- Você é desastrada de mais! - Isao ri. - Vou pegar uma camisa do meu pai pra você, já volto! - sai correndo antes que eu possa argumentar. - Aqui! - me entrega a camisa azul quando volta.

Sem ter como negar, vou para o banheiro e coloco a camisa. Ela fica um pouco apertada nos meus seios, por isso deixo dois botões abertos. Meus seios estão estão bem marcados, acho que isso é sexy.

- Sayuri, Isao, vocês ficam quietinhos aqui até eu trocar de roupa no meu apartamento? - os dois assentem. -Então eu vou indo… - quando vou abrir a porta da saída, me deparo com dois homens lindos, um é o Tomioka e outro… nossa, que homem lindo.

- Caramba, que gata. - O que não conheço diz.

- Nem me fale... - quando escuto Tomioka dizer isso, lembro que estou com camisa dele e fico vermelha. Cubro meus seios com as mãos, deixando eles bem escondidos. - O que aconteceu aqui?

Próximo andar: se apaixonar Onde histórias criam vida. Descubra agora