Capítulo 14 - Beijo

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Capítulo 14


Próximo andar - se apaixonar   


Shinobu   


Meu corpo está congelado no lugar quando Douma me prensa contra o carro começa a deslizar as mãos por mim. Eu dou um grito de medo, então ele coloca o canivete na minha garganta.


— Se gritar vai ser pior, boneca. — sorri maldoso. Estou com tanto medo. Alguém precisa aparecer, ou será que ele deu um jeito de trancar a entrada do estacionamento depois que passei?   


Socorro, por favor, alguém me salve.  


Começo a chorar. 


— Pare. — Murmuro. — Por favor, pare.


— Quieta, Shinobu. — com as duas mãos, rasga minha camiseta com facilidade. Fico desesperada, nunca nenhum homem me viu assim. Eu não quero que o Douma seja o primeiro.  


Nos próximos segundos, sinto o Douma ser jogado longe de mim. Meus olhos se encontram com o de Tomioka, que ferve em ódio.


— Eu vou te matar! — grita com ódio. Douma ri e mostra o canivete. Olho para trás e vejo Sayuri e Isao. — Entrem no meu carro e não saiam de jeito nenhum! É uma ordem. — Não me mexo por causa do medo, então Sayuri me puxa para dentro.  


Fico vendo eles brigaram. Muitos socos e chutes. Eles vão acabar se matando desse jeito.


— Sayuri, me empresta o seu celular. — entrega o aparelho para mim. Digito o número do porteiro e digo rapidamente o que está acontecendo. Não demora muito para que os seguranças apareçam. Mas digamos que não é mais necessário, Tomioka detonou o Douma. O loiro está todo surrado, como merece depois de tentar me abusar. 


— Você está bem? — pergunta assim que saio do carro. Toca meus ombros. 


— Estou. Você me salvou, Tomioka. — lhe dou um abraço. Lágrimas me envolvem. — Eu fiquei com tanto medo...


— Ei, acalme-se. Ficou tudo bem, certo? Ele não conseguiu o que queria.  


— Eu sei, mas... foi assustador. Se você tivesse demorado um pouco mais, não sei o que iria acontecer. — minhas lágrimas molham seu terno amassado, por causa da briga.


— Mas eu não me atrasei. Agora esse maldito vai ser preso e nunca mais vai chegar perto de você. Só fique calma. — beija o topo da minha cabeça. 


— Então você me trocou por esse milionário?! — grita Douma, que está sendo segurado por dois seguranças. — Sua vadia! Vai rodar bolsinha nesse prédio? Biscate!   


Estou horrorizada pelos xingamentos, que tem como resultado, um Tomioka cheio de ódio acertando um soco no nariz do loiro. 


— Tome cuidado ao falar da minha mulher.   


Meu corpo se arrepia.  


Minha mulher...  


...  


Estou deitada na minha cama, são duas da manhã e não consigo dormir. Toda vez que fecho os olhos, lembro do Douma me atacando.  


Depois que fomos à delegacia, prestar queixa pelo meu quase abuso, Tomioka me deixou em casa. Tomei um bom banho para tirar as sujeiras deixadas pelo filho da puta.  


Rolo na cama e pego o celular. Ainda falta muito para amanhecer. Não consigo dormir de jeito nenhum... 


Me levanto e pego meu roupão. Em passos leves, vou até o apartamento do Tomioka, abro a porta e entro. Vou para o quarto principal, entro de fininho e fecho a porta. Depois, me aproximo para acordá-lo. Quando acorda, parece surpreso.


— Shinobu? — Se senta na cama. Eu me sento ao seu lado. — O que faz aqui? 


— Eu não consegui dormir, então vim ver meu herói. — Dou um sorrisinho. — Eu... Eu estava com um pouco de medo de dormir sozinha, por isso queria perguntar se posso dormir no quarto da Sayuri.  


Que mentira mal contada. Eu quero deitar-me com ele. Apenas deitar, nada mais. 


— Por que não deita aqui comigo? — Abre espaço na cama. Um pouco envergonhada, tomo o lado esquerdo na cama. Ficamos olhando um para o outro. — Você é tão bela.


— Obrigada. — Minhas bochechas coram.  


— Shinobu, sabe o que eu senti quando vi aquele desgraçado te tocando? Eu senti ódio como nunca. O mesmo ódio que senti quando a mãe do Isao disse que iria abortar o meu filho. Sabe, eu nunca tive uma parceira, uma mulher para sempre estar ao meu lado... Eu só tive amantes. Mas quando te conheci, algo em mim despertou. Talvez eu esteja apenas admirado, ou encantado com você, mas sinto que estou me apaixonando. Um amor crescendo dentro de mim toda vez que te vejo. Você é minha parceira, a mulher que vai ser a mãe dos meus dois filhos e de mais alguns que teremos. Eu... Eu te amo, Shinobu. — Ao terminar de dizer, me puxa para um abraço. Sem palavras, apenas roubo um beijo seu.  


É um beijo calmo, tranquilo como ondas do mar. Seus lábios estão um pouco rachados, mas mesmo assim são macios. 


— Tomioka, eu te amo. — Intensifico o beijo. Depois de minutos aos beijos, Tomioka segura minhas duas mãos e as beija.


— Quer casar comigo?  


Meu coração quase explode, então para responder, grito:


— Sim! Sim! Sim!

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