wow- zara larsson.
"MAS NADA PARECIA CERTO"
*
— Não! — Marlene cochichava entrando em um pequeno quarto do St.Mugnus. Tinham prateleiras de remédios e a luz estava queimada.
Ela chorava pela notícia da morte de Emmeline Vance, uma garota da grifinoria. Ela era conhecida por todos em Hogwarts pelo seu talento com desenhos e pinturas. Ela era iluminada e agora, estava morta.
Pelos rumores que se espalhavam pelo hospital, Mucimber e Avery, dois comensais, foram em sua casa. Todos da família Vance estavam mortos.
"Foi usada a maldição imperdoável."
"Uma morte indolor e rápida."
"Em um estalo, Emmeline estava morta."
Lene tentava respirar fundo para não surtar, mas suas crises de pânico se tornavam cada vez mais comuns. Era desesperador. Ela sentia que podia se afogar dentro de si mesma. Queria apagar.
Seria como dormir em um mar tranquilo.
Tudo ficaria preto e ela respiraria aliviada.
A garota limpa suas lágrimas, sabendo que hoje não seria um bom dia para morrer. "Mas quando seria?"
Sua chefe, Ayla Clarke, a esperava com mais tarefas, e é isso o que ela faz. Ocupa sua mente e seus pensamentos até desistir de suas mórbidas ideias.
Lily e Lene haviam se mudado para um apartamento próximo a Hogwarts, mas Lily quase nunca dormia por lá. Ela ficava na casa de James em Godric's Hallow todas as noites.
O pequeno apartamento de número 7 tinha um chão de madeira que estralava quando Lene pisava. As paredes eram beges e tinham 2 quartos, um pequeno e um grande, que inicialmente era de Lily.
Mas como ela nunca estava por lá, Lene havia roubado.
Sua relação mais próxima no momento era com Sirius, mas apenas de amizade. Eles não se beijavam desde o primeiro dia da Ordem da Fenix. Sirius parecia tão destruído quanto ela.
Ele se preocupava todos os dias com tudo e todos. Passava o dia com Dumbledore tentando pensar em jeitos de contra atacar.
O maroto estava cada dia mais profundo e intenso.
Lene sentia falta do Sirius galinha e babaca da escola. Ela o achava mais feliz.
Seu uniforme hospitalar azul marinho estava fedendo quando Lene o tirou. Ela entra no banho e se permite chorar um pouco, nada parecia muito certo.
— Lene? — Uma voz grita na sala. Era Sirius. Ele tinha uma chave.
Marlene detestava tanto que ele chegasse enquanto ela tomava banho ou então enquanto ela dormisse que passou a chave de Lily para ele.
— Já vai! — Ela fala vestindo uma blusa preta e enrolando a toalha no cabelo.
Sirius estava sentado no sofa com a cabeça enfiada nas mãos.
— O que foi? — Lene pergunta.
— Você estava chorando? — Rebate.
— Você também estava.. — A garota se senta ao seu lado.
— É.. coisas aconteceram hoje
— Emmeline?
— E mais outros vinte bruxos — Ele suspira — Por Merlin, Mar, não tenho ideia de como parar isso. Não aguento mais.
— Sei que você está triste agora. Sinta a dor, mas não se agarre a ela. A dor sufoca a vida — Lene sorri sem mostrar os dentes — Se lembre de mim, de James e de Lily. Você tem uma vida incrível pela frente, não dá para desistir agora. — Ela segura sua mão.
— Acho que estamos invertendo os papéis, não? — Ele ri fraco. — Você me aconselhando de forma tão otimista.. Parece piada.
— Assumimos personalidades para nos ajudar — Ela diz — Às vezes não é isso que penso, mas é o que falo.
— É.. A gente se ajuda — Ele a encara — A gente parece.
— Nós dois estamos quebrados, Black — Sorri
— Lene.. — Ele fala depois de um silêncio constrangedor — Sinto que todo mundo finge ser quem é, que, no fundo, somos todos igualmente ferrados. Alguns apenas escondem isso melhor que outros.
— Não acho um pouco de reserva ruim — avalia Lene — Nem sempre as verdades nuas e cruas são bonitas.
— E daí? — O Black responde — Todos tem verdades escondidas, elas nunca são bonitas.
— Sinto que ninguém nunca ia gostar de mim se eu revelasse as minhas — Lene diz sincera
— Eu gosto — Ele responde
— Você gosta de todo mundo — Ela se levanta rindo
— Não igual eu gosto de você — Ele se levanta também.
— Você acha que gosta de mim — Lene caminha até a cozinha — Porque sou sua amiga, te dou bons conselhos. Mas você não me conhece.
— Então me conte quem você é?
— Você não quer saber isso, Black — Ela bufa — Você só quer me beijar.
— Você não entende? — Exclama — Quero sentir sua pele pegar fogo. Quero sentir seu coração acelerado junto ao meu e quero saber que está acelerado por minha causa, porque você me quer. Porque você nunca — Ele fala suspirando — nunca quer que eu pare. Quero cada segundo. Cada centímetro seu. Quero tudo.
O coração da loira dispara. Ela não sabia o que acontecia com seus sentimentos. Sabia que estava quebrada mas também sabia que cada caco de seu coração pertencia a ele.
— Me beija — Ela grita soltando o pano que segurava — Agora.
Sirius se aproxima de uma forma calma, mas o beijo logo assume um caráter selvagem. Era intenso, o choque de seus lábios era quente e energético.
— Eu sei o que isso significa para mim. Quer me dizer o que isso significa para você? — Ele diz em meio a beijos.
— Significa que todas as outras garotas têm que sumir. Você é meu — Sirius vira os olhos brilhantes para Lene. — Sua vez.
— Significa que todos os caras tem que passar longe. Você é minha.
A Mckinnon ri e o beija novamente. O marotos desce suas mãos para sua coxa e a puxa para cima, a colocando na bancada de mármore da cozinha.
— Não devíamos voltar para o quarto? — Ela diz.
Lene estremece, pressionando o corpo contra o dele. O gemido de Sirius reverberou por toda a cozinha.
— Não, não consigo. Eu preciso de você. Agora.
Em um movimento fluido, Sirius passa um dos braços por trás dos joelhos de Lene e a suspende.
— Mas.. Black, nós estamos na cozinha!
— Ótimo — Seu olhar era apenas fogo ao sorrir — Estou faminto.
*
120 days before.
*
— Oioi gente, tudo bem? Queria que vocês me dessem um feedback sobre o que estão achando da fic?
— E também quero matar uma curiosidade pessoal, como vocês enxergam a Lene?
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Visions - Blackinnon.
Fanfiction[CONCLUÍDA] 𝐕𝐈𝐒𝐈𝐎𝐍𝐒 | Onde Marlene Mckinnon sabe que sua morte está próxima e mesmo assim encontra um motivo para viver. Onde Sirius Black se apaixona por Mckinnon, a garota estranha da grifinória, que o faz desistir de morrer.