Capítulo 16 Apenas Um Tupiniquim Selvagem!

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Às vezes as maiores tempestades estão dentro do nosso próprio peito!

Mal cheguei no quarto e me joguei na casa, estava muito cansado e um pouco triste! Meu coração estava com uma intuição ruim, sei lá! No fundo, estava um pouco preocupado com aquela cena de ciúme do Martim, ele devia estar nos observando de longe e acabou entendeu tudo errado! 

Havia um aperto no peito que eu não sabia explicar... Fechei os olhos tentei cochilar, mas eu estava muito agitado, mas, mesmo assim, de olhos fechados por um bom tempo, quem sabe assim o tempo passa mais rápido e as coisas se resolve logo! 

Me levantei e resolvi tomar um banho caprichado, me perfumei e escolhi uma roupa simples, desanimado! Ainda faltava alguns minutos pra hora marcada, mas resolvi descer e esperar lá fora um pouco, fechado naquele quarto eu estava me sentindo abafado, então fiquei dando voltas em frente ao hotel, a noite estava quente, porém muito agradável, céu limpo e com muitas estrelas! Quem diria que um dia eu ainda admiraria tanto a noite! Martim se aproxima um pouco apressado e me cumprimenta: 

— Boa noite! Está me esperando muito tempo? 

— Boa noite! Cheguei a pouco tempo! Aproveitei para tomar um ar! — falei tentando parecer espontâneo... 

— Eu estou com fome, pensei em comer um sanduíche! Vamos? Conhece algum bom lugar pra indicar? 

— Tem várias opções, Martim! Gosto muito de um quiosque bem perto daqui de frente para a praia um bom visual! Lá tem muitas opções de sanduíche do leve ao mais gorduroso! E os sucos que eles fazem lá são da melhor qualidade! Na verdade, são melhores que os do hotel! Mas não conte pro meu pai! — falei tentado ser engraçado. 

— Gostei dessa opção! Aí depois a gente dá um passeio na praia pra queimar a gordura! — falou sorrindo pela primeira vez naquele dia! 

— Vamos lá então! Fomos em direção ao quiosque! O ambiente era muito agradável! O local não estava muito vazio, mesmo em dia de semana! Sentamos em uma mesa um pouco mais afastada, logo chega o garçom, pedi aquele sanduíche grande e que destrói qualquer dieta, com uma Limonada Martim pediu a mesma coisa. Assim que o garçom se afastou, eu então percebi que era hora de falar, mas falar o quê? Então resolvi falar de coisas banais pra ver no que ia dar: 

—A noite está bastante bonita! Como aproveitou o seu dia hoje Martim? — perguntei puxando assunto. 

— Hoje eu saí um pouco de manhã depois do café, caminhei na praia! E depois do almoço te procurei, mas como não te encontrei acabei passando a tarde no quarto dormindo! Tava me sentindo cansado! Acho que foi as emoções da noite anterior! — falou meio pensativo. 

— A noite de ontem foi muito complicada mesmo! Eu nem sei o que deu em mim naquela hora sabe? — falei tentando me desculpar. 

— Na verdade, você foi ofendido e partiu pra agressão, foi isso o que aconteceu! — falou sendo extremamente sincero. Me deixando constrangido e sem reação. 

— Mas na boa, o que você queria que eu fizesse? — perguntei pressentindo que o tempo ia fechar naquela hora. 

Mal ele abriu a boca para responder e o garçom se aproxima, senti uma pontada de alívio, eu não me sentia preparado para o que Martim tinha pra me dizer! Assim que fomos servidos mordi um pedaço do sanduíche tentando ganhar ainda mais tempo... Mas Martim nem toca na comida e me encara de uma maneira muito séria e começa a falar: 

— Honestamente, o que eu mais queria é que você não tivesse reagido daquele jeito! — falou de maneira calma e pausada em um tom de voz firme, isso me amedrontou um pouco, mas não me deixei intimidar e revidei: 

Pelo Mar e Por AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora