Capítulo 25 Você É O Meu Filho, E Nada Vai Mudar Isso!

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O sol já estava se escondendo quando entramos no hotel, e lá estava meu pai descansando em uma das poltronas da recepção, meio sem jeito fui cumprimentá-lo beijando o seu rosto, Martim sorrindo lhe apertou a mão em um "boa tarde!" 

— Gostou do restaurante Martim? — perguntou meu pai me deixando vermelho feito pimentão... 

— Excelente indicação. Sr. Gustavo! — respondeu sorridente. 

— Por favor, apenas Gustavo já está bom! Não quero me sentir mais velho do que já sou! Você já é de casa, não precisa tanta formalidade! — disse meu pai parecendo contrariado! — Mas agora, me diga! Está gostando do hotel e de sua estadia por aqui? 

— Me desculpe, Gustavo! Não foi a intenção! Eu já até comentei com o Flávio, que te achei uma pessoa muito inteligente, culta e muito longe de ser um velho! E sim estou gostando muito de tudo aqui! A cidade é linda! E eu estou muito bem hospedado por aqui! As minhas férias estão sendo as melhores que eu já tive! — disse isso e me deu uma rápida olhada! 

— Obrigado, meu filho! Você é um jovem extremamente gentil e educado! E eu quero você saiba que será sempre bem-vindo! — disse de forma sincera. 

Pensei, agora pronto! Martim e meu pai de conversinha e eu todo constrangido por ter ficado de fora da conversa resolvi dar o fora: 

— Vou ali descansar... — falei já saindo. 

— Oh, meu filho! Senta aqui um pouco e conversa com o seu pai! — protestou ele. 

— Tá bom, pai! Algum problema com o hotel? — perguntei. 

— Não meu filho! Apenas eu queria passar um tempinho com você! Se importa? — respondeu me indicando a poltrona do seu lado. 

Acredito que essa foi a deixa o que Martim queria: 

— A conversa está muito boa! Mas me desculpem, eu vou descansar um pouco! — falou meio sem jeito. 

— Tá bom! — respondi. 

Mas meu pai protestou: 

—Por que não fica com a gente? Gosto da sua companhia! — disse demonstrando uma cordialidade sincera! — convida meu pai. 

— Obrigado! Realmente fico muito lisonjeado! Mas fica pra outra hora! Ainda vou passar mais um tempo aqui, pouco tempo, mas ainda teremos outras oportunidades! — respondeu educadamente. 

— Quando pretende voltar pro seu país? — perguntou meu pai. 

— Terça-feira de manhã pego o avião! — disse pensativo. 

— Mas já? — Perguntei engolindo em seco. 

— Infelizmente... — foi só o que ele conseguiu responder. 

— Ah, mas é assim mesmo! Infelizmente as férias não são eternas! Mas Agora que Martim já conhece o caminho, eu insisto em lhe dizer que sempre será bem-vindo pra voltar quando quiser! — disse o meu pai salvando a situação... 

— Fico muito feliz com todo esse carinho e recepção! Pode deixar, Gustavo eu volto sim e quem sabe um dia vocês não vão me visitar? — sorri Martim. 

— Será um prazer! — falou meu pai sorrindo! 

— Bom, então eu vou subir! Uma boa tarde a todos! — disse Martim apertando a minha mão e a do meu pai. 

Martim se afastou e eu fiquei louco de vontade de ir atrás! Eu não estava preparado pra escutar aquilo tudo! Meu pai ficou calado pensativo, e pra não ficar os dois mudos resolvi puxar assunto, até para ver se eu me acalmava! 

Pelo Mar e Por AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora