-Claro, claro. é que, não esperava que você realmente fosse.... -E Amélia ergueu a sobrancelha curiosa.-Real?! - falou ela me olhando seria.
-Tipo isso... - sorri envergonhado - E aí, eu nunca te vi por aqui, vocêé daqui? - perguntei curioso e com vergonha.
Ela sorriu e então disse:
-Evidente que não. Bem, sou das bandas do Norte, meu pai o General,me arrastou comigo, e eu evidentemente não pude negar. - Sorriu ela- sou da mesma tribo que você, mas, ficamos acampados para aguerra. -falou ela a mim.
-Puxa, e você luta? - perguntei realmente intrigado.
Ela sorriu e corou e disse:
-Mulheres também guerreiam sabia? - falou ela sorridente.
E o clima ficou mais leve e descontraído, e então disse:
-Eu estou realmente surpreso, poucas mulheres da nossa tribo concordam com isso. Jamais imaginei que, uma moça como vocêsoubesse lutar. - falei e ela sorriu e seus olhos ressaltaram sob a luzespenduradas.
-Eu não me surpreendo com isso, na verdade, é comum como homenscomo você, não reparem em mulheres como eu. - Sorriu ela a mim eeu a olhei.
-Acho isso, totalmente, impossível. - falei sorrindo.
-Quem sabe um dia, não lhe mostre os meus dotes. - falou elabrincando.
-Eu vou adorar conhece-los. - Sorri a ela e ela colocou os cabelos atrásda orelha.
-Então, desde sempre esteve aqui? - perguntou ela curiosa.
-Sim, desde que me entendo por gente. Nasci e cresci aqui. - falei.
-Deve ser bom ser filho do Líder do seu povo, deve ter privilégios. -Piscou ela a mim.
E eu parei, parei tão bruscamente que ela percebeu e disse:
- O que? falei algo de errado? - perguntou ela intrigada.
-Marçal disse o que para você e seu pai? - perguntei paralisado.
-Que você era filho legitimo dele, você sabe, biológico. Porque? - falouela erguendo a sobrancelha.
Então, era assim, Marçal havia mentido para um general e sua filha,sobre o meu passado. Eu não podia acreditar naquilo, tomei um goleda cerveja e então disse contornando o assunto:
-Bem, não há nada de errado. Só achei que ele não diria isso tão cedo.- Complementei rápido.
-Ué, mas, por que? - perguntou ela - é uma informação importante,meu pai, não quer que um qualquer me corteje. E quando, Marçaldisse que seu único filho precisava cortejar alguém, meu pai não viuproblemas. - falou ela sorrindo e pegou o copo da minha mão e tomouum gole.
Aquela atitude, me deixou mais relaxado, ela não era metida, e simbem descolada e então falei sorrindo:
-Como é viver em campo de guerra? - perguntei curioso.
-Intrigante, a cada 15 luas, tem um banho de sangue diferente. É....inspirador. - Ela disse em um tom de brincadeira.
-É, eu faço ideia. Deve ser um fascínio ver os corpos no chão. - E elasorriu a mim e eu a ela.
-Pelo visto, meu pai não é bom somente no campo de guerra, e sim,para escolher as pessoas certas. - falou ela sorrindo de um jeito diferente.
Espera... ela estava flertando comigo?! Eu realmente, não esperava por aquela garota.
-Gostou do nosso festival? - perguntei enquanto caminhamoslentamente.
- É incrível, eu imaginei algo menos agitado. - falou ela sorrindo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Espada Vermelha - Vol 1
RomanceEm uma realidade não muito distante da nossa, existe um mundo diferente. Onde povos e líderes têm a sua cultura própria cultura e terras, mas, com um único objetivo: Lutar pela Justiça. Dois jovens, diferentes com o objetivo de salvar o seu povo se...