A Espada Vermelha - Vol 1

Capitulo Dezenove: "Mentiras"

-Muito bem guerreira, ou melhor, meia Guerreira, você está ótima. - comentou Rick sorrindo para mim e me vendo testar outro golpe.

-Você acha? Achei que por causa das dores eu estaria pior. - comentei suspirando de cansaço.

-Veja bem, para uma princesa que jamais segurou uma espada na vida, pular três barris, subir uma escada de cordas e por último aprender golpes que exige força e destreza, você é maravilhosa. - comentou Rick sorrindo abertamente - A minha melhor aluna. - disse ele piscando para mim.

-Ué eu não era a única? - perguntei colocando as mãos na cintura.

-Não, você é a primeira de muitas que virão. Por isso, chega de papo e vá treinar. - falou Rick sorrindo e sendo contrariado.

Eu dei uma risada longa, era estranho não estar mais próximo das bandas da porta da cidade, ir a outros vilarejos ao invés daquela, fazia poucas horas que eu tinha saído dali e já me sentia em outro lugar, e até mesmo mais confiantes. Rick me contou sobrea a história de cada canto da vila, e era surpreendente a forma como eles eram organizados, e de repente, isso me fez sentir em casa, completamente em casa, ainda treinando, um Guerreiro se aproximou e disse:

-Ariela, tem umas visitas a você, nos portões da cidade. - Informou o guerreiro.

Eu olhei com um olhar de pidona para Rock, e ele então, suspirando disse:

-Ótimo, vai lá. Mas, quando voltar, quero 100 flexões. Não vou pegar leve com você só porque é uma princesa e a salvação de todos os reinos. - Piscou ele para mim e sorriu.

-Obrigada, você é incrível. - Sorri e dei um beijo na bochecha dele.

Sai seguindo o Guerreiro até o rio, era um caminho cheio de pedras, a extensão de campos deles eram longas, por isso, eram vilas dentro de vilas, e em volta, havia o centro de todas, formando a cidade em círculos perfeitos. Meu sonho era ver a cidade de cima, para ver qual desenho formava.
Desde que parti, não vi Martin ou Rick comentou sobre ele, certamente e viam no centro de treinamento avançado, um lugar que em breve, eu estaria participando, e estava confiante com isso. Eu estava orgulhosa por mim, fazia um tempo que vim para o sul, e esse tempo todo não tinha pensado em Martin, o que era um grande avanço para mim, fazia três horas que eu havia parado de chorar, e três horas que eu tinha chegado na vila, ou seja, um ótimo avanço.

-Você sabe quem é que está querendo falar comigo? - perguntei curiosa.

-É dois feiticeiros. Um é Zaya e outro é Albert, acho. - comentou o Guerreiro.

Aquela noticia alegrou a minha vida, o meu coração que estava triste se renovou, espero que ele fique até o jantar, tenho tanta coisa para dizer a eles. Foi então, que eu sorri um sorriso doce, e fui caminhando firmemente, até que, eu ouvi uns gritos de alegria, era uma moça sorrindo, eu achei curioso, mas não dei bola, continuamos o caminho. Mais para frente, ouvimos uns passos e uma corrida entre a mata, e eu virei para trás, e me surpreendi com quem era. Martin estava todo molhado, quando ele me viu, congelou, logo atrás dele, Amélia veio e me vendo abriu um sorriso falso, eu sorri de volta e então, Martin disse:

-Ariela..... o que está fazendo aqui? - perguntou ele curioso.

-Indo ver uma visita. - falei sério - Aqui é o lado sul, esqueceu? - falei cética.

-Visita?! - quem? - perguntou ele curioso.

Eu respirei fundo, e então disse com uma voz calma:

-Zaya e Albert. Eles vieram para falar comigo. - Eu disse firme.

-Puxa, caramba! que maravilha. - Exclamou ele - quer que eu vá com você? - falou ele animado.

Amélia puxou ele pelo braço e disse:

-Ei! Estamos curtindo nossa tarde né? e já temo compromisso. Cinderela já é bem grandinha para resolver e atender suas visitas, e nós temos um jantar para irmos. - falou ela segurando-o pela mão.

Ele ficou paralisado, e foi concordando com a cabeça, e eu prossegui o meu caminho, o soldado Guerreiro que estava ao meu lado disse depois que nos afastamos:

-Engraçado, nunca vi Martin sem ter o que falar, sem palavras. Você deve deixá-lo encabulado. - comentou ele me olhando.

-Que nada, nem conheço ele. - Dei de ombros.

Continuamos a caminhada, saímos daquela área e chegamos no centro, tudo estava exatamente como estava antes, o soldado me levou até os portões e então disse;

-ABRAM OS PORTÕES! - Gritou ele e os soldados abriram.

Assim que as portas se abriram, Albert veio ao meu encontro com os braços abertos, e eu corri para abraça-lo:

-Albert! - eu falei sorrindo - Que bom que você está aqui! - olhei a Zaya e disse: - Zaya! - e fui abraçar ela.

-Ariela, como está inda. - comentou Zaya me admirando.

Albert olhou para trás de mim e disse:

-Está sozinha? - perguntou ele curioso - onde está Martin? Treinando? - perguntou ele sorrindo a mim.

Eu suspirei e disse:

-É uma longa história, vocês não vão querer saber agora. E então, vão ficar até o jantar? - perguntei olhando para eles.

Zaya e Albert se entreolharam e então, Zaya respondeu:

-Bom, Marçal não sabe da nossa presença, então, presumo que teremos que perguntar para ele. - Sorriu ela piscando.

-Ah ele vai deixar, certeza! - afirmei sorrindo e segurei nas mãos dos dois e disse: - Estou no lado sul da vida, mas, podemos marcar um jantar com Marçal. - comentei sorrindo.

-E Martin? - perguntou Albert.

-Não está mais me monitorando ou treinando, nos separamos. - falei dando de ombros - E ele tem outros compromissos. - falei normalmente.

-Bom, então, seremos só nós e Marçal. - falou Zaya sorrindo.

Eu fui conduzindo-os até a casa de Marçal, bati na porta e ele abriu, ao ver nós três ele deu um largo sorriso de boas-vindas e disse:

-Zaya, Albert, Ariella. - comentou ele abertamente - Que surpresa adoralve! - exclamou ele sorrindo.
-A honra é nossa. - comentou Zaya sorrindo.

-Quando que vocês chegaram? - perguntou Marçal curioso.

- Bem, agora mesmo. Fomos chamar Ariela. - comentou Albert sorrindo.

-Que maravilha! - exclamou Marçal sorrindo - Ariela, viu Martin por aí? - perguntou ele para mim.

-Ah, vi. Ele está no Rio com a sua futura noiva. - comentei sorrindo.

-Hã?! Martin vai se casar? - perguntou Albert surpreso.

-Foi surpresa para mim também. - comentei dando de ombros.