Meu Último Ano Fora de Série

Capitulo 1

Santa Mônica , Califórnia - EUA

                        Megan Mckenna

    Infelizmente as férias de verão haviam acabado e hoje seria meu primeiro dia de volta às aulas na Berkeley High School, não era uma das melhores no quesito acadêmico contudo ela se destacava muito nos esportes por termos variados tipos, mas o que todos amavam era o futebol americano. Os Eagles (nosso time) era o mais aclamado por ser o que mais ganhava troféus, qualquer um poderia ver que eles eram realmente bons, mesmo não entendendo nada sobre o esporte, assim como eu.

     Contávamos também com as Eagle Girls nossas líderes de torcida, que são ótimas...até porque a capitã é minha melhor amiga, modéstia à parte.

    Faziam alguns minutos que eu havia acordado e tentava tomar coragem para levantar da cama, graças a Deus não estava no inverno pois de modo algum eu levantaria da minha cama quentinha.

    Resolvo me levantar, reunindo forças de não sei onde caminho até o banheiro e começo minha rotina diária de higiene.     

     Eu tenho apenas uma amiga naquela escola que é Maya Mendes. Até hoje não entendo o por que de ela andar comigo já que é tão popular, mas ainda assim eu sou um tanto invisível, bom pelo o menos é a impressão que eu tenho pois todos fazem questão de falar com Maya mas quando me vêem me ignoram, sou conhecida como: amiga da Maya ou Mel,
não entendo como erram meu nome já que é Megan, fala sério, Megan não é um nome difícil para não ser lembrado.

    Durante as férias eu estive pensando muito sobre esse meu último ano, mesmo que já tenha se passado metade dele, eu queria fazer valer a pena, criar memórias e pela primeira vez aproveitar minha adolescência já que nesses últimos anos minha vida se resume em: ir para o colégio e ficar em casa trancada no meu quarto, me empanturrando de salgadinhos e doces enquanto maratono filmes clichês e séries. Não que eu não gostasse mas fazer algo além disso seria bom não é?

    Nunca me importei muito com minha aparência, mas depois que entrei no ensino médio parece que isso era a única coisa em que eu e grande parte das meninas pensavam. Me sentia muito insegura com o meu corpo, ainda mais por diariamente me deparar com as meninas que são "referência" de beleza no meu colégio e nem me surpreende do por que, já que são magras, sempre estão arrumadas e usando roupas super estilosas.

    Depois de tomar meu banho, visto uma calça jeans larga com uma blusa escura de manga longa, calço meu all star e arrumo meu cabelo, opto por prender em um coque, pego minha mochila e desço indo para cozinha tomar meu café da manhã.

    Entro na cozinha e me deparo com um bilhete deixado por minha mãe:

    "Bom dia Meg, fiz seu café da manhã favorito já que é o primeiro dia de aula. Queria estar presente mas infelizmente tive uma emergência no trabalho, quando voltar me conte como foi tudo.
    Beijinho a mamãe te ama."

   Acabo sorrindo, minha mãe é uma fofa.
    Vejo as panquecas que ela havia preparado, por deus, como eu amo as panquecas da dona Melissa, vulgo minha mãe. Sinto meu celular vibrar, o pego vendo uma mensagem de Maya.

Maya:
Já está indo para a Berkeley? Se sim, me espera no HardRock Café.
Aquele perto do ponto de ônibus,quero ir com você.
          
Me:
Ainda não mas daqui a pouco estou saindo, te espero lá então.
Chega em quanto tempo?             

Maya:
Ok.
5 minutos.

    Arregalo os olhos, meu deus como ela me avisa assim? Me levanto terminando de comer, pego minha mochila e saio correndo por morar longe da cafeteria.

    Não tem como você morar aqui em Santa Mônica e não conhecer essa cafeteria, além de uma decoração retrô incrívelmente linda que eu e Maya amamos, tem um dos melhores donuts que eu já comi. Fora que as pessoas mais descoladas que já vi frequentam lá.

    Acabo despertando de meus desvaneios ao ver que já havia chego na cafeteria e um carro buzinava para mim, olho para o motorista e arregalo os olhos, era a Maya com um lindo Mercury 1954 vermelho.

       — Gostou do meu novo bebê? — diz ela ao sair do carro e se aproximar.

       — Meu Deus Maya! — digo animada ao pensar que agora não iria mais pegar aquele ônibus fedido do colégio — Quando ganhou? O que você fez para acabar ganhando, já que nem é seu aniversário?

    Eu estava mais surpresa em ela ter ganhado um carro do que o modelo do carro em sí, Maya era bem de vida então sua mãe tinha condições de dar o carro que ela quisesse, mas ela não tinha um comportamento...tão bom assim, na verdade ela aprontava bastante.

     — Amiga eu comprei mesmo — ela ri — trabalhei nessas férias e juntei dinheiro, vou comprar um café quer? — diz ao adentrarmos na cafeteria.

      Havia me esquecido que Maya não é como esses adolescentes bem de vida que recebe tudo de mão beijada, ela não gosta de depender dos pais então ela trabalhava em uma livraria no centro, bem conhecida até.

      — E você ainda pergunta? Claro, mas quero um cappuccino — ela assente e faz os pedidos, logo os pagando ela me entrega o cappuccino e saímos indo em direção ao seu carro.

      — Posso confiar minha vida em você dirigindo essa coisa aqui? — coloco o cinto ao entrarmos no carro e ela começa a dirigir.

      — Pode confiar na mãe, aqui é piloto — diz ela orgulhosa — Preparada para voltar para a Berkeley?
      Suspiro

     — Nem tanto, minhas férias estavam boas e eu não precisava acordar cedo.

     — Meg, larga de ser preguiçosa, poxa esses são nossos últimos meses juntas como estudantes do colegial, logo vamos ser universitárias...pensou no que eu falei sobre aproveitar mais esses meses?

     — Sim, na verdade eu passei as férias inteiras pensando sobre isso e eu realmente quero.

      — Finalmente está dando ouvidos para o que sua melhor amiga fala, olha você não vai se arrepender ok? Eu estava pensando em você começar a ir nas festas que a galera faz, seria um ótimo começo, além de que podíamos dar uma repaginada no visual e conquistar vários gatinhos — diz dando uma piscadela.

      Maya nunca se refere aos populares como "populares" ela sempre diz "galera", segundo ela a palavra popular além de ultrapassada, não tem graça.

     — Eu não sei May...você sabe que não curto muito festas.

     — Meg, como pode falar que não gosta sendo que nunca foi? Eu entendo que tenha receio de ir por conta do pessoal — ela diz em um tom de compreensão — mas você vai estar comigo.

       Sorrio e percebo já havíamos chegado no colégio.

    — E não chama meu bebê de "coisa", se chamar ele assim de novo você vai andando — diz lembrando do que eu havia dito à conversas atrás.

    — Maya, você é inacreditável — disse rindo — ok ok, foi mal aí bebê.

    — Vamos?

    — Vamos

Comentei o que acharam.
Até o próximo capítulo...