Capítulo 12

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                            Megan Mckenna

    Depois de ter trocado de roupa, pego minhas coisas e vou até o carro do Dylan para esperá-lo
porém vejo que havia alguém ali.

Madison.

— Olha só se não é o novo pitstop do Dylan — ela diz seca.
  
      Já vi que vai ser uma conversa nada amigável.

— Não sou o novo "pitstop" dele, até porque não estamos ficando, somos apenas amigos mas eu nem deveria estar dando satisfação à você — suspiro.

— Ainda bem que sabe seu lugar pois logo iremos voltar e ele irá te esquecer, assim como no fundamental — ela sorri debochada e arregalo os olhos.

— Como assim? O que quer dizer com isso? — falo chocada.

— Não interessa. Enfim... só queria te lembrar e ressaltar que eu e dylan iremos voltar, então é melhor não criar sentimentos por ele.

— Madison? O que faz aqui? — ouço a voz de Dylan e percebo o mesmo se aproximar.

— Nada de mais amor, tchauzinho — ela dá um beijo em sua buchecha e sai.

— Ela falou alguma coisa para você?

Não sei porque pergunta, já que é óbvio que sim.

— Nada que vá influenciar ou mudar alguma coisa na minha vida — dou de ombros — vamos? — ele assente sorrindo e entramos em seu carro.

— Desculpa a demora, estava pesquisando o endereço do cinema — ele liga o carro e começa a dirigir.

— Como você não sabe onde é o cinema daqui?

— É que esse cinema não é tão famoso sabe? Acho que você não deve conhecer, eu só fui lá umas duas vezes e faz tempo.

— Você não está me enrolando para me levar pra alguma cilada né? — pergunto brincando — porque se estiver, saiba que sei defesa pessoal e se eu sumir por pelo menos 2 minutos Maya vai saber que algo aconteceu.

— Relax Baby, pode confiar em mim, não há possibilidade nenhuma de eu fazer algo de ruim com você — diz me encarando — gosto demais de você pra isso.

    Tá talvez eu tenha congelado neste momento sem saber como prosseguir.
    Passado algum tempo observo o caminho, era uma parte familiar pois era o bairro que Maya trabalhava. O vejo estacionar em frente ao cinema antigo e saio do carro ainda confusa.

— Esse cinema passa filmes antigos, clássicos na verdade e hoje um dos que está em cartaz é Clube dos Cinco — ele sorri indo comprar os ingressos enquanto eu ainda me encontrava atordoada, como nunca reparei nesse lugar?

   Fomos até a fila da pipoca, compramos duas e alguns docinhos, entramos na sala logo nos sentando em nosso lugares.

— Ainda não estou acreditando que nunca reparei nesse lugar — rio desacreditada — venho para essa parte com uma boa frequência e nunca o vi.

— Nem eu, descobri quando minha irmã mais velha veio aqui e me contou.

— Não sabia que tinha uma irmã mais velha também...

— Ela mora em outro estado por conta do trabalho — assinto — e a sua? Ela é bem popular mesmo formada.

— Nem me fale — suspiro — ela está no intercâmbio da faculdade, ela faz moda e mora na França — ele me olha surpreso — pois é — rio — nada a ver comigo.

— Por que? O que quer fazer? — ele pergunta comendo pipoca.

— Bom, não é nada grandioso como medicina, engenharia ou direito mas eu gosto sabe? — o vejo atento a cada palavra que digo e acho sua atitude fofa!? — Quero fazer algo relacionado a fotografia mas não necessariamente ser apenas fotógrafa e fazer ensaios fotográficos, quero trabalhar na área da criação entende?

— Eu acho grandioso sabia? Ser criativo e fazer edições e Photoshop é bem complicado, já vi vários "antes" e "depois" de fotografias e é impressionante, é algo trabalhoso mesmo. Um dia pode me mostrar suas fotos?

— Claro — sorrio — mas e você? Quer fazer o que?

— Ainda não sei, acho que criar jogos.

— Sério? — falo surpresa.

— Não — ele ri — mas queria, só que requer muito tempo e criatividade. Quero fazer arquitetura.

— Uau, arquitetura é legal, já pensei em fazer...

— Podemos fazer um acordo, eu crio sua casa e você faz a propaganda do meu trabalho, o que acha? — ele sorri

— Impossível — ele me olha surpreso.

— Por qual motivo?

— Não iremos lembrar um do outro até lá, quer dizer eu irei lembrar de você mas você de mim não tenho tanta certeza...

— Irá lembrar de mim? Como pode me garantir isso?

— Você foi meu primeiro encontro — o vejo sorrir — é difícil esquecer o primeiro encontro.

— Pois eu digo que você está errada — agora é minha vez de o olhar surpresa — nunca falei sobre mim com as meninas com quem saí, você é a primeira.

— Como pode me garantir que é verdade?

— Vou deixar em suas mãos, você que escolhe se vai ou não acreditar e outra um gentleman não mente.

— Só porque você disse isso, agora tenho que acreditar em você — sorrio.

— Nossos planos para o futuro estão de pé então?

— Negócio fechado — ele estende a mão e à aperto assentindo, nos viramos para assistir o filme que acabara de começar.

     O filme é bem legal, eu já havia assistido, esse é aquele tipo de filme que você assiste várias e várias vezes e nunca enjoa. Na minha opinião são os melhores.
     O vejo espreguiçar passando um dos braços envolta do meu ombro, então ele está usando a velha tática de paquera? Não vou criticar e nem rir, por mais que eu queira irei me manter indiferente a tal ato.
    E ele não parou por aí, quando eu pegava a pipoca ele fazia questão de pegar ao mesmo tempo e tocar em minhas mãos e sempre que podia me encarava sorrindo.
    
    Até que estava tudo correndo bem, fazíamos comentários sobre o filme, riamos e encaixávamos tais situações do filme em nossas vidas. Não foi tão difícil sobreviver à esse encontro. Graças à Deus.

                         ¥

     O filme havia acabado e no momento estávamos indo até seu carro para irmos a lanchonete.

   — O que achou do filme? — ele pergunta enquanto entramos no carro.
  
   — Eu gostei, na verdade eu já tinha assistido antes — coloco o cinto e o vejo dirigir.

— Qual foi a melhor parte na sua opinião?

— Difícil escolher mas teve uma que acho que superou — seguro o riso — foi você espreguiçando para passar o braço por meu ombro.

— Ah qual é — ele ri — isso foi e é uma sacada de gênio.

— Isso foi um clichê, já perdi as contas de quantas vezes já vi esse truque velho — rio.

— Velho!? É um truque clássico — ele exclama — mas tem que admitir que funciona.

— E os toques em minha mão enquanto pegava a pipoca? — começo a rir — só faltou dividir o refrigerante — achei que fosse mais criativo Dylan Davis.

— Droga, esqueci de pegar um refrigerante só — mas quer ver criatividade? — assinto.

— Sabia que eu ouço vozes? — o encaro confusa — quando estou com você elas dizem "beije-a logo seu idiota!" — ele me manda um sorriso malicioso.

— Ah não — rio mais — não acredito que está citando "do mundo nada se leva".

— Mas foi boa, não foi? Te conquistei?

— Não e não — rio — vai precisar se esforçar mais, Dylan.

— Sem problemas, posso ser muito criativo e paciente quando quero — ele sorri e percebo que ele estava estacionando na lanchonete.

— Essa lanchonete tem o melhor hambúrguer que você vai comer na sua vida — ele diz enquanto saíamos do carro.

   
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Meu Último Ano Fora de SérieOnde histórias criam vida. Descubra agora