Romances Na U.A.

Capítulo 22

Todoroki on.

- Que foi? É tão ruim assim encontrar com seu paizinho?- Quase sinto uma leve ânsia ao olhar pra cara nojenta desse maldito

- Prefiro a morte.- Disse mais frio do que meu próprio gelo. Não conseguia tirar meus olhos dos seus, o ódio pulsando por todas as minhas veias. Eu o odiava mais do que qualquer coisa nesse mundo.- Já viu, agora pode ir embora.

Quando estava quase pelo seu lado para sair dali junto de Momo, ele segura em meus ombros com suas duas mãos e me empurra contra a parede. Fico impossibilitado de sair dali, só me resta ouvir esse merda.

- Olha aqui, eu também não queria ter que vir aqui. Mas achei melhor que você ouvisse da minha boca do que pela de seus irmãos. Aquela coisa que você chama de mãe e...- Antes que ele conseguisse terminar a frase, cuspi na sua cara. Eu não conseguia mais ficar calado apenas escutando-o como sempre fazia. Eu sentia que precisava fazer algo, mas acho que esse algo que fiz foi um tanto quanto um erro.

Ele tirou uma de suas mãos de meu ombro e deu um tapa na minha cara. Não sei dizer o que me dói mais: meu rosto ou minha alma. Por que eu não poderia ter simplesmente um pai em vez de um monstro. Olhei para o lado e Momo piscava de tão nervosa, cada vez andando mais pra trás. Estava com medo e sem saber o que fazer. Antes que ele conseguisse me bater mais uma vez, uma voz ecoando de trás dele o fez parar.

- Se eu fosse o senhor não faria isso mais uma vez. Não vou permitir que você bata em um dos meus alunos aqui.- Aizawa para á alguns metros de distância com as mãos nos bolsos de sua calça preta, encarando esse homem desprezível sem se mexer.

- E quem é você pra dizer como eu devo educar meu filho?

- Você NUNCA vai ser meu pai. É só um suposto herói que, mesmo depois de ter conseguido o que mais queria, ainda continua sendo um babaca com todos. Você nunca vai ser o herói número um, NUNCA!- Cuspo as palavras na sua cara com um ódio do qual eu nem sabia que eu possuía por ele. Chego a ficar vermelho de tanto falar. Meu lado direito do corpo arde de ódio, me segurando para não soltar esse maldito fogo que herdei dele.

Ele se me joga antes de se afastar de mim, me fazendo quase cair no chão se não fosse por Kirishima e Bakugou que estavam ali. Levanto após alguns segundos quando ele já estava até mesmo mais longe do que nosso professor.

- EU NUNCA MAIS QUERO QUE VOCÊ APAREÇA AQUI!

- Só não esquece que um dos principais motivos de você estudar aqui sou eu. Do mesmo jeito que você entrou nessa escola, eu TIRO você daqui.- Ele disse sem nem mesmo se esforçar para virar e me encarar.- É só você parar de ser um peso na minha vida, seu infantil. Eu não to nem aí se você não gosta de mim, mas eu sempre vou estar aí. Seja no seu sangue ou na sua mente, eu NUNCA vou sair.

Assim que ele foi embora, entrei no dormitório e subi as escadas correndo em direção ao meu quarto. No caminho ainda consegui ouvir Momo sendo empedida de me seguir pelos outros dois.

- Deixa, Yaoyorozu! Melhor ele descontar isso tudo sozinho...- Tive de concordar com Bakugou. Era melhor eu ficar longr dela do que acabar descontando tudo nela e brigarmos.

Me tranquei dentro do quarto, batendo a porta do quarto com toda a força. Sentei na cama e me joguei pra trás, batendo de leve com a cabeça na parede. Chorei tudo o que conseguia naquele momento. Passei a mão no lado do rosto em que levei o tapa de leve, estava doendo demais.