fifteen 🦋

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They took you away on a table
I pace back and forth as you lay still
They pull you in
to feel your heartbeat
Can you hear me
screaming: Please don't leave me?
- hold on, chord overstreet

noah urrea,
noite anterior.

Tinha acabado de sair do restaurante que Any mais amava em Nova York, como Anne estava com Sabina, nós poderíamos curtir a noite toda. Entrei no carro e dei a partida, o som foi ligado e a música 18 do One Direction ecoou pelo carro, eu passei a amar aquela música ainda mais por conta de Any.

— to be loved and to be in love... — cantarolei enquanto o sinal estava vermelho.

A música acabou e eu ainda estava na metade do caminho até a casa de Any, em seguida tocou-se Hold On, perto do fim dela eu já estava na frente da casa. Algo parecia estranho, não conseguia ver ninguém na sala, a TV estava ligada e a luz da cozinha agora estava acesa também. Antes de abrir a porta ouvi um barulho forte, tinha algo errado, acelerei os passos e ao entrar na cozinha o meu mundo desabou: Josh, Josh estava ali, estava em cima de Any.

A minha garota chorava e não parecia ter mais fôlego ou força pra se defender, não consegui pensar em nada olhando aquela cena, eu não estava mais agindo por mim mesmo, deixei as sacolas no chão e parti pra cima do babaca que agredia a mulher da minha vida, me doía ver Any encolhida e sangrando, mas ele precisava aprender que não se bate numa mulher, ainda mais a minha.

— Seu desgraçado, você tinha que agir como um idiota não é, Beauchamp? — eu mais batia do que apanhava, Lamar me ensinou muita coisa e eu era tão grato a isso naquele momento. Não demorou até que ele apagasse, larguei-o no chão e corri até Any, ela respirava, mas com muita dificuldade. Estava desacordada e eu quase não sentia o batimento cardíaco dela. Minhas mãos começaram a tremer e o choro não demorou a vir, fiz a única coisa que achei totalmente certa naquele momento: liguei para a emergência.

— Por favor... vocês podem vir até aqui? A minha namorada... ela foi agredida, por favor, ela está desacordada — minha voz tremia a cada palavra dita, e eu agradeci pela ambulância e a polícia terem chegado rápido.

— Onde está o agressor? — um dos policiais perguntou, eu já não conseguia responder nada, apenas apontei com o dedo em direção ao Josh desacordado no chão ao lado da ilha.

— Não se preocupe, ele vai pagar por isso. Vá para o hospital e acompanhe a moça, ela vai precisar de você — com dificuldade levantei e vi Any ser levada na maca por duas enfermeiras, no caminho tive que ser acalmado por uma das mulheres, já que meu batimento estava mais alto do que deveria ser, parecia que a qualquer momento eu teria um ataque ou desmaiaria, mas eu precisava me manter firme e Any desacordada com uma máscara de oxigênio no rosto me lembrava disso.

Pensei em Anne, e em Sabina, eu precisava avisar as duas. Mas o que Sabina iria pensar se eu ligasse agora no estado em que eu estava? Provavelmente iria deduzir que Any estava morta, eu teria que esperar. Pelo menos por Anne, ela não merecia sofrer tanto, era só uma garotinha e precisava ser protegida do mundo. Eu não pude proteger a mãe dela, mas iria protegê-la.

— Por favor, não me deixa aqui sozinho — em determinado momento consegui pegar a mão de Any, eu a segurava com tanta força que tive medo de machucá-la ainda mais. — A Anne precisa de você, não vai embora agora... — levei a delicada mão da mulher que eu amava até minha boca e a beijei.

Chegamos rápido ao hospital, Any foi levada as pressas até a sala de trauma e eu fui obrigado a esperar. Os minutos pareciam horas, e o tempo parecia nunca passar, mas depois de uma hora e meia fui finalmente chamado por um médico.

𝘴𝘪𝘯𝘨𝘶𝘭𝘢𝘳 | noanyOnde histórias criam vida. Descubra agora