CAPÍTULO VINTE E UM

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Meia noite em ponto, Kyle estava em frente à casa de Thomas

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Meia noite em ponto, Kyle estava em frente à casa de Thomas.

Se eu quisesse fugir no meio da madrugada, na minha própria residência isso não seria possível. Meus pais certamente escutariam o barulho do carro saindo da garagem. Por isso, menti que iria dormir fora.

Pensei muito durante o dia se deveria aceitar o convite de Kyle. Por mais que eu quisesse demonstrar isso, não o odiava. Estava magoada com ele, mas certamente não nutria esse sentimento ruim. Se ele quer a chance de reparar as coisas, espero que se esforce de verdade, porque não sou a favor daquela ideia de que você tem que fazer de tudo para uma pessoa se manter na sua vida, apesar de todos os erros dela. Acredito que quando você simplesmente perdoa tudo e não impõe limites nas suas relações, você da passe livre para fazerem o que quiserem com você. Óbvio que todo mundo erra, o ser humano é falho, mas isso não é justificativa para poder destruir a confiança de alguém várias vezes seguidas.

Eu não estava disposta a entrar para Kylenation e ignorar todas as merdas de Acroix. Não mesmo.

— Pronta para nossa aventura? — Ele perguntou, encostado na porta do motorista. — Passa as chaves pra cá!

— Prontíssima! — Ironizei. — E só vou te dar as chaves quando me disser aonde diabos estamos indo.

— É supresa! Não seja estraga-prazeres. — O encarei, claramente hesitante. — Qual é, Max, você não confia em mim?

— Confiei uma vez. Não deu muito certo.

Achei que Kyle fosse fazer alguma piadinha ou soltar alguma provocação, mas ele não respondeu de imediato, apenas suspirou. Eu estava pronta para mudar de assunto, afim de não pesar o clima — mais do que já estava pesado —, mas Acroix pegou em meu braço, puxando-me levemente para frente. Sua mão foi até a minha nuca, enquanto ele olhava no fundo dos meus olhos e dizia:

— Eu realmente sinto muito, minha linda.

O seu toque me deixava tensa e estranhamente calma ao mesmo tempo, além de ridiculamente excitada. Eu não poderia ficar tão confortável com ele me tocando dessa maneira, de um modo tão íntimo. Mas eu ficava, e isso era um inferno.

Balancei a cabeça em negação, lhe entregando a chave e me afastando.

— Eu já disse que não sou a sua linda.

Kyle molhou os lábios, sorrindo enquanto destratava as portas.

— Não é ainda.

— Cala a boca! — Murmurei, afundando no banco do passageiro. Minhas bochechas queimaram.

— Desde quando você fica envergonhada ao meu redor? — Seu tom era zombeteiro.

— Não estou envergonhada, idiota.

— Não, imagina. Sua cara só ficou da cor do cabelo da... — A frase morreu na metade quando ele se deu conta à quem iria se referir. — Bem, não importa.

DELICIOSO ÓDIOOnde histórias criam vida. Descubra agora