CAPÍTULO DOZE

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Eu queria matar Kyle

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Eu queria matar Kyle.

Ele estava malditamente atrasado. Atrasado para uma viagem que era para casa dele, com a família dele.

Tudo bem, eu e Justin não tínhamos saído de casa exatamente no horário e consequentemente Savannah também não, por ter sido meu irmão a buscá-la em sua residência. Isso se deu ao fato de Dona Jenna ser paranóica em relação a arrumação e querer se certificar que não faltava nada em nossas malas. Tentei explicar que era uma viagem de apenas um final de semana e não uma mudança, então não havia necessidade de transportar a casa toda, mas mamãe não me ouviu. Como sempre.

No entanto, Kyle conseguiu nos superar. Faltavam exatos quatro minutos para o nosso vôo e o garoto não estava aqui.

Antes que eu mandasse mais mensagens xingando-o de todos os nomes possíveis, vi, finalmente, sua silhueta no aeroporto.

— Finalmente, caralho! — Praguejou Justin. — A merda do seu relógio quebrou?

— Fui tirar um cochilo e perdi a hora. — Explicou-se, nos fazendo revirar os olhos em conjunto.

— Eu só não te bato, porque temos que ir até o local de embarque. Já fizeram a última chamada. — Eu disse.

Em seguida, eram quatro adolescentes correndo como o Ursain Bolt até o maldito avião. Felizmente, não perdemos o vôo. Caso acontecesse, Acroix seria o responsável por pagar nossas novas passagens. Sem brincadeira.

— Eu queria sentar na janela. — Kyle resmungou, tomando o assento ao meu lado.

Bufei, irritada, trocando de lugar com ele.

— Acho bom você me pagar um jantar em um restaurante cinco estrelas de Nova York por todo o estresse que está me fazendo passar.

Sorrindo estupidamente, respondeu:

— Seu relacionamento mal começou e voce já quer trair Caleb? Sinto muito, linda, mas chifres não colocamos nem no nosso pior inimigo. Por melhor que seja a oferta, terei que recusar.

— Cala essa boca. Não estou em relacionamento nenhum, idiota. Somos apenas amigos.

Era verdade. Eu e Caleb havíamos nos beijado ontem, quando ele foi até a minha casa me desejar uma boa viagem, mas não significava compromisso sério. Apesar de colocá-lo como pretendente em potencial e eu gostar pra caramba da sua companhia, não nos conhecíamos nem a uma semana. Seria bizarro pular etapas dessa forma.

De qualquer maneira, era apenas implicância e provocação barata de Kyle, visando que ele sequer sabia que havia acontecido. Não era como se eu me sentisse super confortável em contar que beijei o seu inimigo.

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