CAPÍTULO VINTE E QUATRO

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Eu era uma confusão ambulante

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Eu era uma confusão ambulante.

Um problema sob botas de combate. 

No meio de tanta merda, eu era bom em duas coisas: transar e dar tchau. Era ótimo em descartar as tentativas das garotas de me "transformarem" — afinal, nada mais romântico do que o clichê bad boy que, após descobrir o amor, fica de quarto pela mocinha. Eu não vou mentir, muitas meninas em Reign já tentaram assumir esse posto de casa de reabilitação para caras como eu, complexos como o inferno e com uma vida sexual ativa. Ah, não podemos esquecer das relações familiares fodidas. Elas amavam isso. Como se fosse super atraente os meus problemas de confiança e autoestima criados pelo meu sádico pai.

De qualquer forma, não importava o quão filho da puta eu fosse, desde que ainda as colocasse na garupa da minha moto e mostrasse todas as tatuagens do meu corpo entre quatro paredes.

Não me entendam mal, eu nunca dava falsas esperanças para ninguém. Sempre deixava claro minhas reais intenções. O que fodia tudo era essa confiança de que, mesmo deixando claro que relacionamentos não estavam no meu vocabulário, algo magicamente mudaria e eu e abriria uma brecha para que acontecesse. Não iria acontecer.

Por mais batido que isso soe, o problema não era nenhuma delas ou fato de não serem boas o suficiente. O problema era unicamente comigo. Eu não era bom o suficiente.

Na verdade, era o que eu pensava até Maxine Jones entrar na minha vida, querendo que tudo fosse do seu jeito e colocando pessoas debaixo das suas asas. Eu continuava não me achando bom o suficiente, mas Max fez surgir em mim uma vontade de ser bom. Bom para ela.

Entretanto, o medo de que as coisas terminassem catastróficas fizeram com que eu reprimisse todas as visões de futuro que eu tinha para nós dois, até porque eu possuía bastante potencial para estragar as coisas. E não podíamos esquecer que Justin era muito importante para mim, eu amava o cara como um irmão, ferrar com a irmã dele não seria algo que melhores amigos fazem.

Maxine é sua melhor amiga, lembre-se disso.

Amiga. Essa palavra deixava um gosto amargo na minha boca.

Amigos podem transar, claro, mas não tinham a conexão que eu e Maxine tínhamos. Aquilo foi de outro mundo, e eu estava fodido se pensasse que conseguiria esquecer fácil do que tivemos em Los Angeles. Nem em um milhão de anos eu iria esquecer daquele corpo e do modo como se encaixava perfeitamente no meu.

Inferno.

— Cara, eu estou falando com você!

A voz de J.J me despertou, fazendo-me encara-lo. Eu estava com muitas coisas na cabeça e podre de cansado, precisava dormir o mais rápido possível.

— Você engoliu a porra de um rádio hoje. Não consigo acompanhar.

Ele me mandou um dedo do meio.

DELICIOSO ÓDIOOnde histórias criam vida. Descubra agora