A mulher puxava Isa até a porta, ela não queria ir, não estava entendendo nada, mas sabia que estaria bem perto de Felipe. Ela morde a mão da moça e corre em direção de Felipe.
- papai... E ele a pega no colo.
- meu amor...
- solte essa garota imediatamente ou eu vou ligar pra polícia.
- não deixa ela me levar papai, não quero ficar longe de você.
- oh meu amor.
- Felipe, solte ela já.
- desculpa... E Felipe olha pra Isa. - desculpa... Ela olha pra Felipe. - desculpa... Mas não vou fazer isso.
- você entende o que está fazendo? Está agravando ainda mais a sua situação.
- eu sei... Mas eu a amo, não quero vê-la partir... Não quero vê-la sofrer.
- deveria ter pensado nisso antes.
- por favor, não leva a minha filha... Eu suplico.
A mulher já não sabia mais o que dizer...
Algum tempo depois.
- isso não está certo, senhor Felipe. Olha pra ela... Acha que essa vida de vocês pode continuar assim?
- diretora, acho que a senhora entende que... Quando as crianças saem daqui, elas procuram por uma forma de amor, uma ligação que possam ter com os pais. Essa é a minha forma de amor com a Isa.
- vamos por todas as cartas na mesa. O senhor levou pra dentro da sua casa, uma criança com a qual não tinha nenhuma relação. Ficou com ela dentro de sua casa durante 3 dias sem comunicar nenhuma autoridade. A forçou a usar essas roupas ridículas que não fazem sentido pra alguém da idade dela. A expôs ao ridículo com essas roupas e fez usar uma fralda, não por necessidade, mas porque sim... Então nós diga Felipe, onde está a vida boa e maravilhosa que disse que iria dar a Isa, a vida que o senhor disse pra diretora do orfanato?... Faça a coisa certa e a deixe aqui, responda pelos seus crimes de abuso ao menor... Será mais fácil pra você.
Felipe não sabia o que dizer, ele apenas sentia Isa... Sua bebezinha extremamente triste e assustada em seu colo.
- eu... Eu... Não queria essa vida... A Isa ter aparecido... Transformou tudo, me transformou. Nós começamos a viver assim por que... Queríamos dar um início... Ela perdeu seus pais ainda muito pequenininha...
- senhor Felipe, nós poupe dos detalhes, eu e a assistente social sabemos do passado dela, mas isso não justifica esse tipo de vida.
- nós queríamos um início... Ela se molhou na primeira noite em que dormiu na minha casa... As fraldas foram um jeito de resolver o problema... Mas ela demonstrou interesse nelas... Ver essa garotinha feliz é a minha vontade, e se pra ela sorrir ela vai querer as fraldas, então eu vou trocar todas as fraldas que forem necessárias.
- mas fazer o que o você está fazendo é abuso de menor... Força lá...
- o papai não me obriga...
- Isa...
Os 3 naquela sala olhavam a pequena criança tímida.
- eu quis... Ser a bebê do Felipe... Ele foi um pouco contra,mas... Eu fiquei tão feliz... A gente gosta de viver assim... O papai é... A pessoa mais bondosa e legal desse mundo... Ver ela realizar o meu... Sonho... É tão legal... Eu não poderia pedir um papai melhor...
- isso não muda os fatos minha querida, ele só está...
- senhorita Martinez, pode parar...
- senhora Cruz, entende o que está...
- não, não entendo. A vida que eles tem não é comum, mas sei reconhecer quando uma criança fala a verdade, a Isa que morava aqui nesse orfanato, se transformou nessa garotinha feliz... Não posso dizer que apoio 100% vocês, mas que desejo felicidades e boa sorte pra vocês...
Era esse tipo de apoio que os 2 queriam e não olhares e comentários maldosos... Finalmente Felipe assinou os últimos papéis que precisava pra tomar Isa totalmente pra ele. Com um sorriso no rosto, os 2 saíram da sala com a assistente social.
- vai ver até onde isso vai levar vocês.
- pra felicidade moça... O papai gosta de mim como bebê e eu gosto de ser uma bebê.
Felipe apenas da um beijo em Isa, fazendo ela rir e sentir cócegas.
De volta a casa.
- que foi? Essa bebezinha não quer sair do colinho?
- uh hum... Nhaum queio sota o papai...
- então acho melhor deixar esse passeio ao parque pra outro dia... Né neném.
- uhum...
Felipe se sentou no sofá, Isa estava totalmente encolhida em seus braços... Durante a tarde, após um almoço bem tranquilo, tirando uma bebê que fazia birra pra não comer, de brincadeira é claro, bem tranquilo. Felipe volta pra sala, Isa estava quase dormindo em seu colo.
- tá com soninho né.
- uhum...
- é... Bebezinhas pequenas sempre ficam com soninho depois... Depois de comer. Acho que os pais também ficam.
Felipe se deita no sofá, Isa fica ao seu lado, totalmente encolhida e fechada. Não demorou muito até ela dormir, Felipe sorriu, se aproximou ainda mais dela, deu um beijo em sua testa e dormiu também... Afinal, bebês dão muito trabalho...
Continua... Espero que tenham gostado desse capítulo. Votem e comentem o que acharam.
Desculpem os erros de ortografia. Leiam essa e as outras historias também.