Aquela Noite - Vol.1 [M]

17

Tomei um gole do whisky e acariciei a coxa da mina que tava sentada no meu colo fazendo a mina me olhar e sorrir, ela era bonitinha mas eu só quero comer e tchau.

Olho pra entrada do camarote e vejo a Laura subindo perdida e indo até o bar, pegando uma água e depois sentando em um dos bancos daqui.

Volto o meu olhar pros cara e a gente volta a jogar dominó.

Comecei a contar as peças e vi que o Perigo tava com a carroça de quarto então eu bloqueei ele fazendo o mesmo tocar e o Pt bater fazendo a gente ganhar.

Sorri vitorioso e peguei o dinheiro da mesa, dividindo entre eu e o Pt.

Voltei a olhar pra a Laura que dessa vez tinha um cara do lado dela, eles conversavam mais eu via que ela não tava interessada não.

Me levantei e a mina que tava o meu colo logo começou a dançar me chamando pra eu ir até ela.

Índio: Tô querendo hoje não Fernanda.-falei no ouvido dela atiçando a safada

— É Vanessa amor.-começou a rebolar na minha frente

Índio: Quando eu tiver afim eu te convoco.-ela me olhou chateada e eu saí de perto

Fui até o bar e passei pela Laura e pelo cara fazendo os dois me olharem mas eu segui o meu rumo.

Peguei outra dose de Whisky e vi a Laura vindo até mim.

Laura: Cê sabe aonde estão as meninas?-me olhou com um olhar totalmente desconfortável

Olhei pra pista lá em baixo e não encontrei elas.

Índio: Acho que tão pegando gente por aí doutora, por quê?-me encostei na parede balançando o copinho de whisky e metendo a minha marra

Laura: É que eu quero ir embora mas não tava conseguindo.

Índio: Tão mexendo contigo?-tomei um gole do whisky e ela acompanhava cada movimento teu

Laura: Isso também.-coçou o braço
Não sei andar tanto por aqui.-assenti

Tomei o ultimo gole do whisky e deixei o copo no bar e olhei pra a Doutora.

Índio: Bora que eu te levo.-ela concordou e eu comecei a andar mas ela pegou em meu braço e me fez parar, olhei pra ela e ela assentiu me fazendo voltar a andar mas agora com ela segurando o meu braço

Parecia que era algum famoso na favela pow, geral olhando não porquê eu sou o dono dessa porra mas porquê eu to com a doutora do meu lado, ela escondeu o rosto se encostando mais em mim e a gente piou pra fora, entrando no meu carro.

Eu liguei o carro e depois também liguei o ar, olhei pra a Laura que tava colocando o cinto e prendendo o cabelo.

Índio: Tava querendo ir pra um lugar aqui no morro aonde não tem ninguém tá ligada?-fiz ela me olhar
Mas se cê não quiser eu te levo pra casa.

Laura: Tanto faz, só me tira daqui.-riu se encostando no banco

Dei partida pro alto do morro aonde a vista era top e com o friozinho que tava fazendo aqui no Rio ficava ainda melhor.

Estacionei e saímos do carro, subindo um pouco e chegando no alto.

Ela olhava tudo atentamente e parecia apaixonada, mas na moral mesmo era lindo até porquê era de madrugada e as luzes do morro tavam tudo ligadas fazendo a vista ficar linda de mais e de quebra a gente via a praia.

Ela se sentou no sofá e eu fiquei mais atrás, fui na pia que tinha aqui e lavei as minhas mãos indo até o sofá e sentando do lado dela.

Laura: Aqui é muito lindo.-concordei pegando um cigarro de maconha do bolso e acendendo, ofereci a ela e a mesma negou fazendo eu colocar na boca e puxar e depois soltar

Índio: Tu tá de boa?-ela assentiu e eu ri
Eu sei que não tá.-coloquei as minhas mãos entre as pernas e olhei pra ela

Laura: É que é muita pressão tu não entenderia.-me olhou
Eu sou foda e totalmente realizada, faço o que eu sempre quis fazer e eu deveria tá satisfeita com isso mas sempre vem algo pra não me deixar satisfeita.-olhei pra ela atentamente
Eu era feliz com ele, me sentia preenchida e ainda não acredito que a gente terminou sabe?-assenti
Eu pensava que ele era a pessoa certa.

Índio: Pessoas certas não existem, somos todos errados procurando alguém que aceite as nossas imperfeições.

Ela me olhou e eu apaguei o cigarro, encarando ela.