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Laura

Quatro meses se passaram depois da morte do Pt, ainda continuo recebendo ameaças do Jonathas, o fudido tá jurado de morte em todos os morros do Rio e também na BOPE e isso é o que me acalma mais.

Eu e o João? Depois que ele confirmou pra mim que aquilo o que o Pt disse era verdade eu pensei comigo mesma...Aquilo foi a muito tempo atrás mas mesmo assim machucou, sabe? Eu tô dando mais uma e última chance pra ele...Não vou ficar alguém que não saiba do meu valor.

Por causa do Jonathas eu tive que me mudar pro Vidigal, eu não tinha segurança aonde eu morava, mesmo com ninguém sabendo aonde era. Eu me sentia vigiada e isso é aterrorizante.

- -

Depois que terminei de pentear o meu cabelo eu prendo ele em um coque e pego a minha bolsa de trabalho nela eu coloquei tudo que precisaria e saio da minha casa, indo até o postinho.

Laura: Bom dia.-falei abraçando a Keyla
Tudo mec?

Ela riu.

Laura: Que foi?-falei sentando na minha cadeira

Keyla: Eu ainda não sou acostumada com tu falando assim.-riu
Tu falava tudo certinho e hoje em dia é: Tudo mec?

Laura: Enfim, qual o caso de hoje?

- -

Tava saindo do horário de almoço quando eu vi o Índio do outro lado da rua, ele tava lá com os braços cruzados conversando com uma mulher.

Eu ajeitei a bolsa no meu ombro e fui até ele, ele logo percebeu a movimentação e me olhou dando um sorrisinho.

Índio: Oi gostosa.-falou me puxando pra perto dele e me dando um selinho

Laura: Oi princeso.-falei retribuindo o selinho
Tô com fome.-fiz careta e olhei para a mulher

Índio: Então vamo meter o pé.-falou me puxando
Falou aí Maria, qualquer coisinha é só acionar.

Ele me puxou pra moto e eu subi na garupa e ele deu a partida pra algum barzinho.

A gente desceu e fomos pra alguma mesa, ele me olhou e pediu o cardápio.

Índio: Como foi?-Falou colocando cerveja no copo dele

Laura: Normal.-Falei seca

Eu tava com sono e fome, só queria comer.

Índio: Seca pra caralho.-falou já sem paciência
A mina lá...

Laura: Nem termina João, eu apenas tô com sono e fome e fico de mau humor quando eu tô assim.-falei bebendo um pouco da minha água
Tô nem aí pra quem você conversa ou não, eu confio em você e isso me basta.

O safado queria dar um sorrisinho mas continuou com a cara de bandido mau.

Ficamos em silencio mas depois ele me olhou e soltou um sorrizin cafajeste.

Índio: Então quer dizer que cê confia em mim?-falou baixinho

Laura: Ala, muito emocionado.-zoei e depois mandei beijinho

Aquela Noite - Vol.1 [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora