Capítulo 14

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P.O.V MANU

Hoje é o dia do evento, cortei o meu cabelo rente ao meu pescoço deixando curto atrás e grande na frente, são 19 horas e eu marquei de buscar a Júlia as 20 horas, o relógio me maltrata. Estou vestindo um terninho que realça a cor da minha pele. 

Já são 19:40, saio para buscar a Júlia, entro no carro e então dirijo até a sua casa, chegando eu mando mensagem avisando que estou a sua espera. Depois de alguns minutos eu vejo a porta de sua casa abrir e a mesma sair, fico de boca aberta ao ver a ruiva, está com um vestido preto com detalhes em renda, com um decote em V nos seus peitos, realçando o tamanho deles, eu fico louca com a cena. 

A mesma entra no carro e me olha, eu não digo uma única palavra, apenas solto o meu cinto, olho para seus olhos, pro seu decote, pra sua boca e então beijo, mas beijo com tamanha vontade. E então seguimos para o evento. 

- Você está linda com esse cabelo e com essa roupa. - disse a Júlia enquanto eu estacionava o carro. - Eu que lute. - disse rindo. 

- Eu não vou nem falar de você porque a vontade que dá é de nunca mais parar de te beijar. - falei saindo do carro. - Espera ai. - falei. 

Saio do carro, dou a volta e então abro a sua porta. 

- Agora sim. - digo estendendo a mão. 

- Está sendo cavalheira é? - perguntou. - Nem parece que é uma ogra as vezes. - falou e caímos na gargalhada. 

Seguimos de mão dadas para o enorme restaurante que se fazia a nossa frente. Alguns entrevistadores pararam pra fazer algumas perguntas, parei pra responder e depois seguimos para o salão.

Chegando ao salão nos sentamos em nossas respectivas mesas e esperamos começar os comes e bebes. Depois de algum tempo comecei a sair para cumprimentar outros convidados.

- Como está Srta Cestari? - perguntou Alex.

- Bem e você? - perguntei.

- Bem. - disse ele sorrindo.

Alex é um colega de classe da aula de arquitetura. Quando olho ao redor procurando Júlia, vejo André quase se jogando em cima da Júlia, o que me consome de ciúmes, já que André não é nenhuma flor que se cheiro. respiro e então caminho até eles.

- Oi amor. - digo beijando o canto da sua boca.

- Oi mo, estava conversando com André, ele foi muito simpático. - disse a ruiva e logo encarei o mesmo.

- Conheço bem a simpatia dele. - falei arqueando as sobrancelhas.

- Está com algum problema Srta. Cestari? - perguntou ele.

- Não, você está? - debati. 

- Você não muda nunca né? - indagou. - Sempre a mesma Manuela de sempre, egocêntrica, acha que o mundo gira ao seu redor, se acha a dona de tudo. - disse rindo. 

- Parece até que a minha vitória foi fruto do teu esforço mas não, meu pai que botou a cara a tapa pra não morrer pobre, diferente de você. - falei. - Eu posso ser tudo menos egocêntrica. - acrescentei e então meu pai me chamou, Júlia me acompanhou mas depois acabou ficando em pé sozinha perto da mesa.

Depois de alguns instantes eu olho procurando a Júlia e vejo a mesma em pé, com seu vestido exuberante, sorrindo para mim, então vejo André indo até a Júlia e segurando seu rosto a beija enquanto Júlia tenta empurrar, fico puta, corro, puxo André e então acerto um soco em cheio no seu rosto, o mesmo revida e então caímos no chão, estou por cima dele socando ainda mais, ouço Júlia me gritar pedindo pra parar mas ignoro. 

- Isso é pra você nunca encostar suas mãos sujas na MINHA namorada. - falei. 

Meus dedos latejavam, nessa troca de socos parte do meu rosto havia sido acertado o que deixava quente e latejante. A imprensa estava fotografando tudo, sabia que ia dar merda, então parei e me levantei. Olhei ao redor e sai. 

- Amor. - disse Júlia se aproximando de mim. - Se acalma. - acrescentou.

- Se acalmar o que Júlia? - perguntei. - Aquele garoto beijou você e acha que vou deixar assim? - acrescentei. 

- Eu sei. - disse capisbaixa. - Mas não foi culpa minha. - disse ela. 

- Eu sei que não foi culpa sua, nunca falei que a culpa foi sua, só odeio aquele garoto. - desabafei. 

Júlia pegou as chaves da minha mão, entramos no carro e fomos para casa. Chegando em casa Júlia pega a caixa de primeiros socorros e então cuida dos meus ferimentos pelo rosto. 

- Você foi brilhante em me defender amor. - disse ela. 

- Eu amo você. - falei. - Ai! - exclamei de dor. 

- Eu amo você também. - disse. - Dói aqui? - perguntou. 

- Sim, dói. - falei e a mesma colocou gelo sobre meu rosto. 

Você só precisa me amarOnde histórias criam vida. Descubra agora