Você só precisa me amar

Capítulo 6

P.O.V MANU

Acordo e sinto a indisposição correr pelo meu corpo, não levanto, permaneço inerce, não irei à aula, nem nos próximos dias, cansei disso.

Ouço todas as palavras da Júlia na minha cabeça, penso em me arrumar e bater de frente com isso, agir com maldade, fingir que isso não me afetou. Só que afetou, então volto a dormir.

algumas horas depois.

Pego o meu carro, e dirijo até o interior da cidade, desligo o celular, procuro algum hotel para que eu possa me hospedar. Entro no quarto, deixo minha mochila e por fim me deito olhando a janela que mostra a lua linda lá fora.

Penso na ruiva, penso no beijo, penso no que fiz com a Sara, penso nas palavras, penso na ruiva, seu sorriso tão hipnotizante.

Ligo a TV, abro o canal do TVZ, Day está cantando clichê, aumento e então me deito na cama.

"O mundo é dos loucos
Se perdem por pouco
Mas eu me encontrei em você
Não sei te dizer se foi destino
Ou algum outro clichê
Alguma coisa dentro de mim dizia
Que a gente ficaria junta
Fugi dos sinais, tarde demais
Como que faz se
Eu e você é quem nem déjà vu
E, se pá, é de arrepiar
Tipo coisa de vida passada
Te vejo e não vejo mais nada
Te escrevo um clichê romântico do tipo John Green
Tu sabe bem tudo que rola no fim
Então me deixa mais de lado
Que se for muito chegado
A gente casa, te levo pra casa
Baby, não me espere ou preste conta
Mais pra frente 'cê me encontra e a gente vaza
Mais que Red Bull, 'cê me dá asas
Leva o coração, mas deixa uma metade
Que se for tudo de uma vez, não sobra pra mais tarde
Deixa mais de lado, que se for muito chegado
A gente vaza, baby, a gente casa
(...)"

Ao acabar a música desligo a televisão, determinada a quando voltar ir até a ruiva e dizer tudo o que está se passando na minha cabeça, dizer que gosto dela.

5 dias depois..

Acho que foi o suficiente pra me colocar no controle de mim mesma sem ter que me machucar, respirar novos ares.

Pego o carro e dirijo ouvindo e cantando as músicas no carro, dirijo com empolgação até a casa da ruiva.

TRRRIIMMMM! - o telefone toca.

- Alô? - digo atendendo o telefone.

- Aonde você se meteu cabeção? - perguntou Matheus.

- Apenas vim espairecer. - falei.

- Que susto garota, seu telefone estava dando caixa postal. - disse rindo. - tô te esperando hein, ta aonde. - perguntou.

- To indo na casa da ruiva dizer que estou gostando dela. - falei.

- Iiih que isso, vou deixar você na sua então. - disse ele desligando.

Dirijo ainda mais empolgada, chegando perto do quarteirão da ruiva sinto um nervoso, eu gosto dela, não digo amor, mas gosto da sua presença, preciso dizer.

Chegando à casa dela, abaixo o vidro do carro, olho sorridente para fora, paro o carro e então vejo Júlia aos beijos com o menino da turma ao lado, ela me vê de relance, mas eu canto pneu, acelero com tudo fazendo o maior barulho, o garoto não fazia a menor noção mas a Júlia sai até a calçada na esperança que eu volte, mas eu não volto.