Maniac // Aidan Gallagher

Capítulo 6

Esse capítulo ficou bem curtinho, mas ele é importante. ✨

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P.O.V S/N

Segui Noah até um canto vazio da biblioteca e o olhei confusa.

-E então, o que você queria conversar? -Digo tentando ao máximo parecer normal. Eu não tinha falado muito com ele depois do dia que Aidan foi na minha casa me dizer tudo aquilo na primeira vez. Claro que ainda falava uma coisa ou outra quando estávamos juntos.

-Eu sei que Aidan deve ter falado alguma coisa estranha sobre mim pra você, mas S/N, você não pode confiar nele. -Noah diz sério e as palavras que saíram de sua boca me deixaram assustada.

-Como assim, Noah? O que quer dizer com "você não pode confiar nele"? -Digo fazendo aspas com a mão. -Aidan não me falou nada sobre você. -Falo, tentando evitar que ele descobrisse.

-Aidan anda falando com uma galera estranha e ele está passando muito tempo em uma mansão lá no centro. Fui falar com ele um dia na casa dele e vi várias fotos suas saindo de baixo da cama dele. Eu não sei o que ele estava planejando fazer com elas, mas achei estranho. Ele me ameaçou e disse pra eu ficar longe de você e não comentar sobre, então estou arriscando aqui e espero que ele não descubra, mas por favor, confia em mim. Ele provavelmente inventou qualquer coisa minha pra te manter longe de mim e perto dele. -Noah fala com a voz um pouco trêmula e pega em minhas mãos.

Olho em seus olhos e ele parecia estar dizendo a verdade. Eu abro e fecho minha boca várias vezes, sem saber o que dizer, e tento assimilar as frases ditas. Algum dos dois, ou os dois, estavam mentindo pra mim, e eu não sabia o que fazer agora. Meu coração bate mais rápido e eu começo a ficar sem ar, eu estava prestes a ter uma crise de ansiedade. Saí do lugar rapidamente, deixando Noah pra trás sem dizer nada, e corri até o banheiro. Me tranquei em uma das cabines e sentei no chão, abraçando meus joelhos.

Minhas lágrimas molhavam a calça jeans que usava e meus soluços podiam ser escutados facilmente se as metidas não estivessem escutando músicas na frente dos espelhos. Começo a passar minhas unhas por meus braços até deixar marcas vermelhas, e em seguida coloco minhas duas mãos em meus cabelos, os puxando um pouco. Minha respiração estava descontrolada e eu sentia que iria desmaiar a qualquer segundo.

Levantei da cabine e passei pelas meninas ignorando os olhares e fui ao bebedouro mais próximo, bebendo um pouco de água. Tentei me controlar, mas parecia que nada em mim funcionava ou me obedecia. Sentei no chão, no meio do corredor, e olhei para um ponto fixo na parede. Meu corpo tremia e eu não conseguia escutar ou ver muito menos sentir nada direito, era como se eu estivesse em estado vegetativo, algumas pessoas perguntavam se eu estava bem, mas iam embora ao não receber resposta ou reação.

Minha visão começa a escurecer e meu coração se aperta um pouco, tombo para o lado e escuto gritos ao meu redor, até tudo ficar completamente preto e eu não estar mais consciente.