Banho - Bang Chan

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S/N P.O.V.s

Estava eu, sentada no sofá de meu apartamento, esperando meu namorado chegar, estava aflita e amedrontada acerca de meu novo emprego, temia não ser boa o suficiente para trabalhar numa empresa de cinema. Estava usando um shorts jeans e uma blusa que havia pegado de Chan, estava com as mãos juntas e apoiadas em minhas pernas, olhando para o chão com uma expressão de preocupação.

Escutei a campainha tocar, me levantei mais do que depressa e fui até a porta:

ㅡ Cadê minha babygirl?ㅡ ouvi a voz de Chan do outro lado da porta.

ㅡ Estou aqui! ㅡ exclamei e abri a porta rapidamente.

Bang logo tratou de me abraçar apertado e me girar no ar, riu alto e deixou um beijo molhado em minha bochecha:

ㅡ Eu fiz pizza, deve estar quase pronta.ㅡ disse olhando o forno.

ㅡ Você teve o trabalho de me fazer uma pizza, S/N?

ㅡ Eu não fiz só para você.

O mesmo se sentou no sofá e tratei de começar a pôr a mesa, sem falar nada, Chan veio até a mesa, me ajudando a arrumar a mesa, sorri em agradecimento e logo o contador do forno apitou. Retirei a pizza e logo o cheiro da mesma invadiu toda a extensão de meu apartamento, Bang sorriu e jantamos conversando sobre o que havia nos ocorrido nos últimos dias:

ㅡ Eu vou lavar a louça, está bem?ㅡ Chan indagou se levantando da mesa.

Apenas assenti com a cabeça, sabia que se o contrariasse ficaria chateado, visto que eu já tinha feito o jantar e arrumado o apartamento para sua visita. Fiquei ao seu lado, observando cada movimento que o mesmo fazia, não havia namorado mais precioso do que Bang Chan, eu realmente não sei o que fiz para merecer o amor dele mas vou fazer o possível para nunca perdê-lo:

ㅡ Channie, podemos tomar banho juntos? ㅡ perguntei assim que terminou e secou suas mãos num pano de prato próximo à pia.

ㅡ Sua fedida, nove horas da noite e você ainda não tomou banho?

Rimos com o comentário do mesmo e logo balancei a cabeça dizendo que não:

ㅡ Está bem, iremos tomar banho juntos.ㅡ ele disse de forma tranquila.

Fui para o banheiro antes do mesmo e me despi, abri o chuveiro numa temperatura morna e me instalei lá debaixo, esperando pela presença de Chan. O mesmo logo adentrou o banheiro, de forma um pouco alardiosa, e entrou no boxe comigo, abraçando minha cintura:

ㅡ Você está quieta hoje, se fosse num dia normal, já estaria me provocando.ㅡ Chan disse baixo próximo ao ouvido.

ㅡ Eu só... quero um banho mais calmo, ficarmos abraçados, ok?ㅡ disse tentando ao máximo disfarçar meu timbre de choro.

Olhei para cima e ele assentiu com a cabeça, tinha uma expressão facial preocupada, pareceu se dar conta de que eu não estava bem. Deixei com que as lágrimas rolassem, estávamos debaixo do chuveiro então ele obviamente não iria perceber, comecei a lavar meu cabelo e Chan fez o mesmo. Enquanto me ensaboava, acabei deixando uma fungada escapar:

ㅡ S/N, você está chorando?ㅡ Chan segurou meus braços levemente e me olhou preocupado.

Não queria mentir, nem falar a verdade, então me calei, entretanto, Bang sabia que silêncio também era resposta; fez sinal para que me enxaguasse logo e deu licença de debaixo da ducha. Tratei de me enxaguar logo e Chan me abraçou, fazendo com que deitasse a cabeça em seu peito:

ㅡ Conte-me o que está acontecendo.

ㅡ Eu estou com medo Chan, medo de não conseguir trabalhar, medo de não ser o suficiente, tanto para ti quanto para mim mesma.ㅡ disse contra o peito dele, mas de forma que desse para ouvir.

O choro se intensificou e acabei deixando uns vários soluços escaparem de minha boca:

ㅡ Você vai conseguir, mesmo que não acredite em si, eu acredito, então vai conseguir. E sobre a insuficiência, você não tem isso, é até demais para mim.ㅡ o mesmo acariciou meus cabelos molhados ㅡ Não tenha vergonha de chorar na minha frente ou simplesmente chegar e me falar o que está acontecendo, eu nunca vou achar que é drama ou te menosprezar; estou aqui para cuidar de você, e não é nem questão de obrigação ou fidelidade, é questão de amor mesmo.

Sorri fraco com suas palavras e me aninhei em seu peito:

ㅡ Eu já acabei e você?ㅡ Chan perguntou e balancei a cabeça assentindo ㅡ Vamos nos vestir, vou cuidar bastante de você hoje.

Fechei o chuveiro e logo saímos, me sequei e vesti uma blusa preta de meu namorado, não coloquei short ou calça, apenas uma calcinha, escovei os dentes e sequei meu cabelo. Bang Chan vestiu uma das mudas de roupa que deixara aqui em casa para estes momentos em que resolve dormir aqui de última hora e borrifou perfume no pescoço, ele sabia que eu amava seu cheiro. Bang se sentou na cama com as pernas abertas e esticadas, logo deu dois tapinhas no colchão, indicando que era para mim me sentar ali no meio do maior.

Fiz o que ele pediu e me sentei no meio de Chan, ele logo tratou de me abraçar e distribuir beijinhos pelo topo de minha cabeça, logo ligamos a TV que há na parede de frente para a minha cama, vendo um filme qualquer na Netflix. Recostei a cabeça no peito de meu namorado enquanto ele acariciava meus braços:

ㅡ Podemos deitar? Estou ficando sonolenta.ㅡ pedi com voz baixa.

ㅡ Está bem!

Saí do meio de suas pernas para que ele se deitasse, Chan se deitou de lado e desliguei a TV, o rapaz logo abriu os braços e me deitei aninhada ali. Não havia lugar melhor do que os braços grandes e fortes de Bang Christopher Chan e foi exatamente ali que eu percebi que tinha tudo o que precisava e almejava para a minha vida: um emprego para me manter, um par de pés para me guiar, uma casinha para me abrigar da chuva e um par de braços fortes para me abrigar do meu próprio caos. Acabei adormecendo ali.

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Eu sei que o que direi abaixo não tem nada a ver com vocês, mas eu realmente preciso desabafar isso com alguém porque ninguém mais me aguenta falando daqueles oito meninos.

Sim, é do meu conhecimento que o nível de clichê do que eu vou dizer agora é grande, mas o Stray Kids salvou minha vida e eu nem estou dizendo da boca para fora. Eu juro que me cortava toda semana ano passado, tinha milhares de crises de ansiedade, mas aí as crianças perdidas entraram na minha vida e agora eu nem posso imaginar o que vai ser quando o contrato acabar.

Eles são todo o meu porto-seguro e para onde eu corro quando tenho um dia ruim, aqueles meninos são tudo o que eu mais amo na vida, eles são o que tiram o peso da minha vida e a deixam mais feliz. Aquele trecho "Você é a razão pela qual eu estou aguentando" (Get you the moon) nunca fez tanto sentido na minha vida quanto quando eu conheci esses meninos, porque realmente eles são o motivo de eu não ter desistido de nada ainda, quando o Chan fala "Faça o que você quiser" é aí que eu não desisto de escrever, é aí que eu lembro que estou aqui por um propósito.

O Stray Kids é o motivo de eu me olhar no espelho e dizer "eu consigo", eles são o motivo de eu andar dançando e cantarolando pela casa, eles são o motivo dos meus sorrisos bobos e das minhas lágrimas de orgulho ou até mesmo de amor. Tá legal, foi clichê pra c******, mas eu precisava dizer isso ;-;.



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